Os três grandes da natação brasileira se alternam durante anos, mas nestas últimas temporadas Minas, Corinthians e Pinheiros são os mais poderosos da natação nacional. O título do Troféu José Finkel 2014 ficará nas mãos de um dos três.
O Minas é o atual tri campeão, aliás, o título do ano passado foi o mais fácil da história da competição em 43 anos. Foram mais de 600 pontos de vantagem sobre o Corinthians, vice campeão. Campeão pela primeira vez em 1988, o Minas acumula nove títulos do Finkel.
Na sua frente está o Pinheiros, 12 vezes campeão do Finkel, junto com o Flamengo são os maiores vencedores da competição criada em 1972. O primeiro título do Pinheiros foi em 1979, o último em 2010 quando se sagrou octa campeão consecutivo. Aquele 2010 foi inesquecível, onde o Pinheiros foi campeão de tudo, vencendo todas as competições nacionais em todas as categorias, no inverno e no verão.
Entretanto, depois do Finkel de 2010, o Pinheiros tem penado na competição. Caiu para quarto lugar em 2011 somando metade dos pontos do Minas campeão e repetiu a quarta posição em 2012. No ano passado, subiu para o terceiro lugar.
O Corinthians nunca foi campeão do Finkel. A equipe que venceu o Maria Lenk depois de 48 anos, luta agora por uma conquista que jamais teve.
Em número de atletas, os três clubes se equivalem. Pinheiros e Corinthians vão levar 56 nadadores para Guaratinguetá contra 51 do Minas. O time do Pinheiros tem 36 homens e 20 mulheres. No Minas, a proporção é a mesma 32 homens e 19 mulheres. E no Corinthians é onde existe mais equilíbrio, 30 homens, 26 mulheres.
Apenas o Minas traz nadadores estrangeiros para o Finkel deste ano. A equipe mantém a conexão que tem com as nadadoras estrangeiras e traz de volta Femke Heemskerk para o seu terceiro Finkel consecutivo. Ela também estava contratada para o Maria Lenk de abril, mas retornou para a Holanda no meio do caminho ao não se sentir bem na viagem que lhe trazia para o Brasil.
Heemskerk vai nadar as provas de 50, 100 e 200 livre, mais os 200 medley. Ela é acompanhada por Moniek Nijhuis que vai nadar as provas de 50, 100 e 200 peito, e também os 200 medley. As duas tem boas chances de vitória e principalmente recordes.
Para Femke, os 50 livre parece ser o mais difícil. Ela tem 24:26 e o recorde sul-americano é 24:36. Nos 100 livre, ela tem 52:18 e a marca continental é 53:19 e o mais fácil, os 200 livre onde ela tem 1:52:25, recordista holandesa que é, e o recorde sul-americano é 1:56:43.
Nos 200 medley, Femke não nada a prova em piscina curta há vários anos. Seu melhor é 2:09:78 e o recorde sul-americano 2:09:03. Apenas para referência, seu tempo em piscina longa é 2:10:21.
Os recordes sul-americanos de peito para Moniek Nijhuis estão todos acima das suas marcas. Nos 50 ela tem 29:68 contra 30:50 do recorde, nos 100 peito é 1:04:56 contra 1:06:41, e nos 200 peito 2:22:88 contra 2:26:17.
Lembrando que os recordes sul-americanos dão uma bonificação de 70 pontos. Os recordes brasileiros 35 e os recordes de campeonato 18 pontos.
O Minas não é só as estrangeiras. O seu técnico Scott Volkers passou a temporada toda em Belo Horizonte, não esteve fora do país com a Seleção Brasileira. Junto com ele, César Cielo que abriu mão de disputar o Pan Pacífico em busca de boas marcas para o Mundial de Curta. Cielo está nas provas de 50 e 100 livre e 50 borboleta. Sua participação no Mundial na prova dos 100 livre está condicionada a boa marca que espera fazer no Finkel.
Outro reforço do Minas para o Finkel vai ser Henrique Martins. O nadador ficou doente e nadou apenas o revezamento 4×100 medley no último dia do Maria Lenk. Agora, está em plena boa forma.
O Corinthians, campeão do Maria Lenk, desta vez nada com o time da casa. É o único dos três que possui toda a sua equipe treinando na mesma piscina no país. Tem Leonardo de Deus, talvez o mais regular nadador da elite nacional. Desde o Finkel do ano passado, Leo tem sido o nadador mais eficiente em todos os campeonatos nacionais. Em Guaratinguetá é o favorito para as provas dos 200 costas e 200 borboleta e vai em busca de desafiar os fundistas nos 400 e 1500 livre.
Fernando Ernesto Santos é outro nome de destaque no time corintiano. Por um drama pessoal, Fernando teve a sua preparação afetada para o Maria Lenk, mas agora está de volta em busca de uma vaga na Seleção Brasileira que vai ao Mundial de Curta.
No time campeão do Maria Lenk, Evandro Vinicius Silva teve a sua performance afetada. Vítima de dengue, o nadador esteve ameaçado de não competir e acabou fazendo sem estar nas suas melhores condições.
O Pinheiros também ganhou dois reforços em relação ao Maria Lenk. Daniel Orzechowski e Henrique Rodrigues estiveram de fora em intervenções cirúrgicas.
Daniel volta para nadar os 50 e 100 costas apenas, mas Henrique já está totalmente recuperado e vai nadar as provas de 100 e 200 livre, 100 borboleta e a sua principal, os 200 medley.
Um nadador que inspira cuidados é Raphael Rodrigues. O nadador esteve algumas semanas afastado e em fase de recuperação. Ele faz parte do grupo de trabalho do treinador Arilson Soares da Silva em Vitória, no Espírito Santo, que desde maio também tem a presença de outro nadador do Pinheiros, João Gomes Jr.
Alex, você acredita que o Peito será prova de destaque no Maria Lenk? Seria interessante seus comentários a respeito, temos grandes atletas que com certeza estarão na Competição.