É o tipo de prêmio que todo mundo quer levar. E ficou ainda melhor, agora também vale grana, e mesmo que seja uma boa bolada de 30 mil reais, o prêmio fica para sempre, enquanto a grana é um bom presente de Natal.

A Best Swimming já fez um levantamento de possíveis oito concorrentes ao prêmio deste ano (link).

Pela minha impressão, este vai ser o primeiro ano em que a natação não vai ter nenhum entre os seis melhores. O melhor resultado individual foi o ouro de Bruno Fratus no Pan Pacífico, mas nem foi o melhor tempo do mundo na temporada e a competição não tem a dimensão mundial.

Os resultados do Mundial de Curta ficarão de fora da análise, pois os nomes já estarão definidos antes da competição comecar no Catar. Sobraria o ouro de Matheus Santana nos Jogos Olímpicos da Juventude e dois recordes mundiais júniors batidos, mas não tem como comparar os resultados júniors com absolutos.Talvez um bom candidato para o Atleta da Torcida.

Se a natação não tem o que tem conseguido consecutivamente desde 2007, estar sempre entre os seis melhores, as águas abertas estão sobrando neste ano.

Tivemos o feito inédito de conquistar os títulos da Copa do Mundo tanto no feminino com Ana Marcela Cunha como no masculino com Allan do Carmo. Ana Marcela chegou ao seu terceiro título, desta vez subindo ao pódio em todas as provas e ainda teve um desempenho excelente na Travessia Capri-Nápoli com novo recorde da prova.

Allan do Carmo é a novidade, primeira vez que chegou ao título mundial,  temporada onde venceu a sua primeira prova no circuito, mesmo participando dele há sete anos. Os dois ainda estão concorrendo ao prêmio de melhor do mundo pela FINA.

Não sei se o COB vai dar a oportunidade para os dois estarem entre os seis melhores do mundo. Isto porque apenas um será escolhido como o melhor das águas abertas.

Se os dois chegarem a esta fase final, um pelo menos leva. O difícil vai ser chegar entre estes da fase final.

Analisando as conquistas do esporte brasileiro em 2014, no feminino o título inédito da dupla Martina Grael e Kahena Kunze no iatismo me parece ser o mais expressivo. Elas também já foram escolhidas como as melhores do mundo no esporte pela Federação Internacional.

Entre os homens, mesmo com títulos mundiais de Mauro Vinicius no salto em distância, do Isaquías Queirós na canoagem e Allan do Carmo nas águas abertas, o fenômeno Marcus Vinicius de Almeida e sua prata no tiro com arco com apenas 16 anos também têm chances, e muita.

Como a prova do salto em distância foi no atletismo indoor, a prova de canoagem do Isaquúas foi em prova não olímpica, ainda acho Allan do Carmo o mais forte e briga com o feito do jovem Marcus Vinicius.

Seja o que for, as águas abertas completam o segundo ano consecutivo de performances históricas e memoráveis. Vencendo ou não, é consenso hoje,  o Brasil é o país das águas abertas.

Tomara que o COB reconheça isso.

Alex Pussieldi, editor chefe Best Swimming Inc.

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