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No próximo domingo, dia 23 de novembro, desta vez sem adiamentos, é a data do anúncio oficial dos mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016.

O anúncio estava previsto para outubro, transferido inicialmente para este fim de semana e não ter qualquer conflito de interesse com o período de eleições presidenciais, e novamente adiado por mais uma semana.

Guardado a sete chaves, os dois mascotes, um para cada evento será anunciado em rede nacional. O nome dos mascotes deverá ser feito através de uma pesquisa popular através das redes sociais dos Jogos.

Mascotes viraram tradição para os Jogos Olímpicos e com um valor de imagem e comercial muito forte. O primeiro mascote associado a uma Olimpíada foi nos Jogos de Inverno de 1968 em Grenobie na França. Um esquiador estilizado de nome Schuss foi o pioneiro.

No mesmo ano, os mascotes chegavam aos Jogos Olímpicos de Verão. Foi na Olimpíada do México onde um jaguar vermelho e uma pomba branca foram associados a competição.

Nesta estréia olímpica, os dois mascotes também trouxeram significados as suas participações. O jaguar vermelho “El jaguar rojo de Chichen-Itza” foi baseado na forma da estátua encontrada na pirâmide de Kukulcan, um dos pontos arqueológicos mais famosos do México e do mundo. A pomba representava o slogan da competição, “Os Jogos da Paz”.

Nenhum mascote foi tão promovido e virou tão popular na história olímpica como o ursinho Misha nos Jogos de Moscou em 1980. Mesmo com o boicote dos Estados Unidos e aliados em protesto a invasão do Afeganistão pelos russos, Misha foi desenhado de forma bem simpática e emocionou a todos quando chorou na cerimônia de encerramento dos Jogos.

Se os russos tiveram o urso, conhecido como o bicho símbolo da antiga União Soviética em 1980, os americanos responderam com a água, também símbolo nacional para os Jogos de Los Angeles em 1984. Assim como os russos fizeram, os americanos traçaram uma versão Disney da águia Sam que foi desenhada por Robert Moore integrante do grupo Walt Disney. Foi uma forma de deixar a impetuosa águia careca mais infantil num mascote que lembra muito a nossa versão do Zé Carioca.

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Desde 2010, nos Jogos de Inverno de Vancouver virou tradição anunciar os mascotes Olímpicos e Paralímpicos de forma conjunta. No primeiro anúncio, os canadenses trouxeram quatro mascotes, Um lobo marinho Miga, um macaco selvagem Quatchi, um espírito animal Sumi e uma marmota Mukmuk foram apresentandos juntos para as duas competições.

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O recorde em número de mascotes pertence aos chineses. Para os Jogos de 2008 em Beijing, lançaram o quinteto: Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini. As palavras combinadas trazem um “seja benvindo a Beijing” e representavam os cinco continentes e cinco aros olímpicos. Os cinco eram respectivamente um peixe, um urso panda, a chama olímpica, um antílope tibetano e um pássaro.

Na última Olimpíada de Verão em Londres 2012, os ingleses trouxeram dois pingos de alumínio com câmeras nos olhos. O Wenlock foi uma homenagem a pequena cidade Much Wenlock na Grã-Bretanha, vilarejo que organizava uma competição no século 19 e que foi pioneira na criação dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.

Este ano, os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi tiveram três mascotes, um urso polar, um leopardo da neve e um coelho selvagem. Foi a primeira vez que os mascotes foram escolhidos através do voto popular. Informações não oficiais indicam que o leopardo Vadim Pak foi uma escolha pessoal do Presidente Vladimir Putin.

Os mascotes para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 em Pyeongchang na Coréia do Sul também serão escolhidos em voto popular. O processo já foi iniciado e os desenhos submetidos a um comitê que ainda não apresentou os selecionados.

Os Jogos Olímpicos da Juventude nasceram em 2010 com a edição de Singapura e já trouxeram dois mascotes na sua estréia, um leão e um leão-peixe, uma figura tradicional na história do país.

O Comitê Rio 2016 não dá detalhes da escolha e forma dos nossos mascotes. O que se sabe é que será um bicho, algo que represente a nossa fauna e consiga um apoio da população. O resultado alcançado com o tatu-bola Fuleco na Copa do Mundo foi mais uma lição para trazer algo que tenha melhor identificação com o público.

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