200 livre masculino –
Primeira medalha de ouro da competição foi para o melhor nadador da FINA de 2014. Chad Le Clos da África do Sul deu um show de nado submerso para vencer os 200 livre com 1:41.45, melhor tempo do ano superando os 1:41.48 feitos por Danila Izotov no Campeonato Russo.
Aliás, Izotov deu muito espaço para Le Clos, passando os primeiros 100 metros na oitava colocação , quase um segundo atrás e tentou fechar forte acabando em segundo lugar com 1:41.67.
O americano Ryan Lochte bi campeão mundial da prova, desta vez chegou em terceiro lugar com 1:42.09, sua medalha de número 78 se tornando no maior vencedor de medalhas da história da natação mundial superando Michael Phelps. A conta é de apenas medalhas conquistadas em Mundiais de Longa e Curta, Jogos Olímpicos, Jogos Pan Americanos e Pan Pacífico.
Velimir Stjepanovic da Sérvia foi quem saiu na frente, teve a liderança até os 150 metros, mas foi acabar em sexto lugar com 1:42.48.
O venezuelano Cirstian Quintero, depois de uma grande performance na eliminatória, piorou mais de um segundo terminando em oitavo lugar com 1:43.45.
Le Clos venceu a prova abusando dos submersos, principalmente na última virada. Seus parciais: 23.52, 49.65, 1:16.03 e 1:41.45.
50 peito feminino semifinal –
Por um centésimo, apenas um, separou a lituana Ruta Meilutyte do recorde mundial de Jessica Hardy. A marca é 28.80 feitos em 2009 na Copa do Mundo de Berlim. Ruta fez uma prova muito forte, aquela saída espetacular com velocidade de reação de 0.61, uma aproximação e excecução de virada perfeitas para vencer com 28.81, 18 centésimos a frente de Alia Atkinson da Jamaica. As duas abaixo dos 29 segundos.
A prova está entre as duas, e o recorde mundial também. Quem vencer amanhã, leva. A americana Emma Reaney entrou com o oitavo te,mpo para a final 30.32. Nas oito finalistas, duas na casa dos 28 segundos, mais duas para 29 e quatro nadando para 30 segundos.
Se o recorde mundial ficou para amanhã, o recorde de campeonato caiu hoje. Era de Ruta Meilutyte com 29.44 feitos em Istambul, na Turquia, em 2012.
100 costas masculino –
Guilherme Guido fez a sua melhor marca sem trajes para vencer a segunda série das semifinais com 50.12. Melhor que isso, apenas o recorde sul-americano de 2009 49.63 feito na era dos trajes. Guido fez uma prova perfeita, saiu bem, passou com o melhor parcial dos 50 metros, único abaixo dos 24 segundos com 23.93 e voltou com 26.19.
A melhor marca da semifinal ficou para o australiano Mitchell Larkin com 49.62. Larkin é o único nadador do mundo na casa dos 49 segundos em 2014. Seu melhor, 49.25, é recorde australiano feitos no Campeonato Nacional de Curta em novembro.
Para os oito finalistas, um 49 e sete na casa dos 50 segundos. O francês Benjamin Staiulis ficou com o oitavo tempo 50.68. De fora da final, em nono com 50.69, o russo Stanislav Donets campeão mundial de curta em 2010 e vice em 2012.
200 borboleta feminino –
O duelo era esperado, mas superou tudo. Mireia Belmonte e Katinka Hosszu fizeram uma prova histórica quebrando todos os recordes possíveis. A vitória de Belmonte com 1:59.61 lhe deu o primeiro sub 2 minutos nos 200 borboleta feminino, novo recorde de campeonato e mudnial. Katinka com os 2:01.12, fez a melhor marca pessoal, novo recorde húngaro e terceira melhor marca da história.
Katinka saiu melhor, talvez forçado demais e liderou a prova até os 175 metros sendo atropleada por Mireia.
A virada da espanhola e a comemoração incrédula, mas reservada de seu treinador Fred Vergnoux, foi registrada nas câmeras, a revolta do treinador de Katinka, Shane Tusup, e até um empurrão no câmera evitando que fosse filmado não foi.
Foi uma prova belíssima com parciais incríveis. Confira a prova das duas:
Mireia – 27.75, 58.24 (30.49), 1:28.96 (30.72) e 1:59.61 (30.65).
Katinka – 26.97, 57.39 (30.42), 1:28.40 (31.01) e 2:01.12 (32.72).
A alemã Franziska Hentke completou o pódio com 2:03.89. Bem próximo do recorde alemão que é dela mesmo com 2:03.47.
O recorde mundial era de Zige Liu da China com 2:00.78 desde a Copa do Mundo de Berlim em 2009.
100 peito masculino semifinal –
Felipe França seguiu o plano estabelecido. Nas eliminatórias, forçou a volta, nas semifinais, o parcial. Segurou tanto que chegou até assustar. Entrou para a final com o sexto tempo depois de fazer o melhor parcial com 26.27. Na volta, segurou com 30.94, um segundo acima do parcial da volta da manhã.
Adam Peaty da Grã-Bretanha mostrou ser o grande nome a ser batido ao quebrar o recorde de campeonato com 56.43. Peaty passou com 26.49 e voltou com 29.94. Ainda tivemos mais um 56, Kirill Prigoda da Rússia com 56.93.
Para entrar na final, 57.28 do americano Cody Miller com 57.28. O atual campeão mundial de curta, Fabio Scozzoli da Itália ficou em 13o com 57.74.
Cameron van der Burgh da África do Sul ficou com o quinto tempo, 57:18 depois de passar com 26.73.
100 costas feminino semifinal –
Etiene Medeiros voltou a brilhar. Recorde sul-americano nas eliminatórias com 57.36 e na semifinal com 57.13. Detalhe que nas duas passou com o mesmo parcial de 27.86. A volta agora foi melhor e o segundo recorde continental no dia. Etiene entrou na sua primeira final de Mundial de Curta em provas olímpicas com o sétimo tempo.
Entre as finalistas, seis nadaram na casa dos 56 segundos. O melhor tempo ficou para a ucraniana Daryna Zevina com 56.23. Katinka Hosszu que havia quebrado o recorde de campeonato nas eliminatórias com 55.70 ficou com o terceiro tempo de 56.65.
100 borboleta masculino semifinal –
Nas eliminatórias, foi apenas um na casa dos 49 segundos, agora foram três. O melhor deles, Chad Le Clos, olhando para os lados pelo menos quatro vezes nos últimos 25 metros e fazendo 49.25. Seu parcial, 22.93, foi o único abaixo dos 23 segundos.
Depois dele Tommaso D’Orsogna da Austrália 49.69 e o americano Tom Shields com 49.91.
O brasileiro Marcos Macedo ficou na quarta posição, sua melhor marca pessoal, 50:03, melhor tempo da América do Sul na era pós-trajes superando os 50.06 dele mesmo feitos no Finkel. Macedo teve problemas com o óculos nas eliminatórias, mas agora fez uma prova perfeita. Próximo do 49 e também próximo da medalha. Saiu confiante para a final de amanhã.
Nicholas Santos ficou em 14o lugar com 50.79 depois de passar com 23.23 nos primeiros 50 metros.
Para entrar na final, 50.26 do russo Evgeny Kototyshkin, recordista mundial da prova com 48.48 feitos na Copa do Mundo de Berlim em 2009.
O venezuelano Albert Subirats fechou raia, ficou em 16o lugar com 51.06.
400 medley feminino –
O duelo mais uma vez levou o Hamad Aquatic Centre a loucura. Katinka Hosszu e Mireia Belmonte travaram mais uma bela batalha, com o mesmo final. A espanhola fez história ganhando a prova com novo recorde mundial e se tornando na primeira mulher a nadar abaixo dos 4:20 para a distância.
Mireia abriu na frente no borboleta, mas a diferença era pequena, apenas 31 centésimos a frente de Hosszu. No costas, foi a vez da húngara abrir, mas aqui a distância era maior, mais de dois segundos. Diferença que foi caindo no peito e quando Mireia virou nos 300 metros, já estava na frente com apenas dois centésimos. No crawl, pesou o cansaço, mas acima de tudo o emocional. Mireia Belmonte campeã com 4:19.86, novo recorde mundial batendo o tempo de Katinka na Copa do Mundo deste ano com 4:20.83, Hosszu em segundo com 4:22.94.
A britânica Hannah Miley, que já havia perdido o recorde de campeonato nas eliminatórias, ficou em terceiro lugar com 4:24.74.
Comparando os parciais:
Mireia – 28.34, 1:00.02, 2:06.53, 3:20.27, 4:19.86
Katinka – 28.33, 1:00.34, 2:04.39, 3:20.29, 4:22.94
Revezamento 4×100 livre masculino –
A Best Swimming antecipou, Rússia, Estados Unidos, itália, Austrália, até o Braisl iria mudar os times e as ordens para as finais. A França, manteria a mesma equipe, e a mesma ordem. Depois de nadar quase 90% da prova entre o terceiro e o segundo lugar, os franceses todos integrantes do Marseille Club venceram com novo recorde de campeonato 3:03.78 quebrando os 3:04.78, um segundo exatos da vitória no Mundial de Dubai em 2010.
A Rússia largou na frente com fantásticos 45.51 de Vlad Morozov, novo recorde de campeonato superando a sua própria marca de 45.64 de sua vitória no último Mundial de 2012 em Istambul.
Depois Sergei Fesikov, Danila Izotov e até Mikhail Polishchuk, a liderança era russo e ao que parecia a medalha de ouro. Os franceses tiveram o melhor parcial da prova, Florent Manaudou com 44.80 depois de passar com 20.75 fez muita diferença, mas foi no parcial final de Mehdy Metella com 45.80 que conseguiu superar a Rússia e garantir o ouro.
Os russos tiveram a entrada de Morozov e Izotov e mesmo assim não conseguiram conter o ataque francês. Os americanos ganharam o bronze com Ryan Lochte e Tom Shields entrando na equipe. Ficaram em terceiro com 3:05.58.
A Itália ganhou Filippo Magnini e terminou em quarto com 3:05.79. A Austrália recebeu Cameron McEvoy e ficou em quinto com 3:06.48.
Em sexto a Bélgica com 3:07.54 e duas trocas de revezamento “surreais” de 0.00!
E o Brasil terminou na oitava colocação. Henrique Martins abriu com 47.74, melhor que pela manhã, João de Lucca em segundo 45.65, Allan Vitória piorou o tempo em relação as eliminatórias para 47.60 e Gustavo Godoy fechou para 47.32. O tempo do Braisl 3:08.31. Nas eliminatórias, a equipe tinha nadado para 3:07.84.
Revezamento 4×200 livre feminino –
Nada melhor do que fechar o dia com um recorde mundial. A equipe holandesa destruiu a marca da China de 7:35.94 para 7:32.85. A Holanda já havia sido campeã do 4×200 livre feminino em Mundiais de Curta em 2008 e uma curiosidade, com três das quatro nadadoras que se sagraram campeãs hoje. Inge Dekker, Ranomi Kromowidjojo e Femke Heemskerk estavam naquela vitória de 2008 e foram determinantes no título em Doha.
Na prova de hoje, Inge Dekker abriu na sétima posição com 1:54.73. Femke Heesmkerk fez o mehor parcial da prova com 1:51.22 e entregou na primeira colocação. Ranomi Kromowidjojo manteve a liderança e até abriu a diferença com um parcial de 1:54.17. A fundista Sharon Van Rouwendaal foi quem fechou com 1:52.73 para o novo recorde mundial.
A China ficou em segundo lugar depois de abrir na frente com Yuhan Qiu com 1:53.26. Levaram a prata com 7:37.02. O bronze sobrou para a Austrália 7:38.59.
A Hungria, com Katinka Hosszu, nadando sua quarta prova, fechando forte com 1:53.13, terminou em quarto lugar 7:39.21.