Brasil ganha três ouros e vira na frente do quadro de medalhas

Revezamento 4×50 medley masculino –

O treinador da Seleção Alberto Pinto da Silva fez a profecia no SporTV durante as eliminatórias e o Dream Team realizou o seu desejo. Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas Santos e César Cielo fizeram história não só vencendo a prova do 4×50 medley masculino, mas dizimando o recorde mundial. Como Albertinho disse, o Brasil é o país da velocidade e precisava mostrar isso. Mostrou e muito bem mostrado.
Guilherme Guido abriu com 23.42, entregou em quinto lugar. Felipe França saiu muito bem, forte e já na filipina tirou alguns décimos, na virada dos 25 metros já era o líder. Entregou em primeiro com 25.33, o melhor entre os parciais de peito. Nicholas Santos abriu ainda mais a vantagem braisleira, foi o único a nadar na casa dos 21 segundos com 21.68. Quando César Cielo pulou na água, os americanos eram o segundo colocado. Cielo nadou para 20.08, apenas Florent Manaudou com 20.04 fechando para a França foi mais rápido.
Brasil campeão e recordista mundial com 1:30.51, prata para a França 1:31.25 e bronze para os americanos 1:31.83.
O recorde mundial pertencia a Rússia, equipe que nadou as eliminatórias com 1:32.78.
O melhor parcial de costas da prova foi do americano Eugene Godsoe com 23.11. Felipe França e Nicholas Santos foram os melhores respectivamente de peito e borboleta. E Manaudou o mais rápido no crawl.

100 livre feminino semifinal –

Parece que a medalha do Brasil abriu todas as fontes de energia positiva para o país. A próxima a cair na água foi Larissa Oliveira que quebrou o seu próprio recorde sul-americano da prova com 52.75 derrubando os 52.88 feitos no Finkel. Não foi o suficiente para passar a final, ficou em 10o lugar. Para estar entre as oito precisava ter nadado para 52.56 feitos pela russa Veronika Popova e a nadadora de Bahamas Arianna Vanderpool-Wallace.
As três primeiras classificadas nadaram na casa dos 51 segundos. A melhor foi a sueca Sarah Sjoestroem com 51.46, um centésimo acima do recorde de campeonato.
As holandesas Femke Heemskerk e Ranomi Kromowidjojo vieram logo em seguida com 51.51 e 51.57.

400 medley masculino –

A promessa de Kosuke Hagino de quebrar o recorde mundial de Ryan Lochte nos 400 medley passou longe. Nem quebrar os 4 minutos ele conseguiu. Menos mal para o Japão que teve Daiya Seto vencendo com 3:56.33, novo recorde japonês e asiático quebrando a marca feita por Hagino em feveiro de 3:56.48. Quem nada para isso em fevereiro, não teria dificuldades para quebrar os 3:55.50 de Ryan Lochte imbatível desde 2010.
Pois Hagino foi terminar em segundo lugar, num distante 4:01.17. David Verraszto da Hungria foi terceiro colocado com 4:01.82.
Os parciais de Daiya Seto 53.82, 1:53.99, 2:59.93, 3:56.33.

50 peito feminino –

O primeiro duelo entre Ruta Meilutyte e Alia Atkinson deu vitória da lituana. O recorde mundial não saiu, Meilutyte havia feito 28.81 nas semifinais, venceu com 28.84. Alia Atkinson chegou em segundo, bem próximo, 28.91. A holandesa Moniek Nijhuis, campeã do Finkel deste ano nadando pelo Minas, ficou em terceiro com 29.64.

Ruta conquistou o bi campeonato mundial da prova e Alia foi vice novamente, repetindo as duas primeiras posições da prova no Mundial de Istambul em 2012. Na época, Ruta venceu com 29.44, Alia foi segundo 29.67 e Sarah Katsoulis em terceiro com 29.94.
Ruta foi melhor na saída e na parte nadada, Alia mais forte, superior nas filipinas, principalmente na virada.

100 costas masculino –

O australiano Mitchell Larkin manteve o favoritismo e venceu com 49.57, o terceiro 49 do ano, único nadador a quebrar a barreira dos 50 segundos em 2014. Radoslaw Kawecki da Polônia virou em oitavo com 24.55 e voltou com 25.56 para garantir a medalha de prata por apenas um centésimo.
O bronze ficou dividido entre Ryosuke Irie do Japão e Matt Greevers dos Estados Unidos com 50.12. Greevers foi o mais rápido nos primeiros 50 metros com 23.74, mas cansou e o segundo parcial de 26.38 só não foi pior do que o francês Benjamin Stasiulis que ficou em oitavo lugar.
Guilherme Guido terminou empatado em quinto lugar com o alemão Christian Diener, ambos marcando 50.21. Guido passou com 24.14, era o quarto na prova, voltou com 26.07. Foi a sua segunda melhor marca da era pós-trajes, só pior que os 50.12 feitos na semifinal. Guido nadou para 49 somente na era dos trajes com 49.63 em 2009.

50 borboleta feminino semifinal –

Novo recorde sul-americano para Daynara de Paula nadando pela quarta vez na sua carreira abaixo dos 26 segundos. Ficou em sexto lugar com 25.54 ganhando uma vaga na final e quebrando os 25.72 de Gabriella Silva que já duravam desde 2010.
Daiene Dias também nadou para a sua melhor marca pessoal. Quebrou a barreira dos 26 segundos pela primeira vez, marcou 25.92 terminando em 12o lugar. Não foi o suficiente para chegar a final, mas o resultado foi comemorado pela nadadora capixaba. Para estar entre as oito primeiras colocadas precisava nadar para 25.68.
Apenas a dinamarquesa Jeanette Ottesen quebrou a barreira dos 25 segundos. Venceu a semifinal com 24.91, depois todas as quinze nadadoras na casa dos 25 segundos.

50 livre masculino semifinal –

A prévia da super final dos 50 livre aconteceu na segunda série da semifinal. César Cielo foi o melhor com 20.80, seguido de perto pelo russo Vlad Morozov e o francês Florent Manaudou com 20.93. Foram os únicos abaixo dos 21 segundos na prova.
Cielo saiu bem, velocidade de reação 0.65, atrás de Morozov 0.61 e de Manaudou 0.62. Após o submerso, Cielo já estava a frente. Virou junto com Manaudou, mas saiu bem melhor da virada. Tomou a liderança e mesmo respirando duas vezes para o lado esquerdo, olhando para Manaudou ainda venceu com 20.80.
O americano Josh Schneider com 21.20 pegou a oitava vaga da final. São cinco nadadores entre 21.14 a 21.20.
Allan Vitória terminou em 16o lugar fazendo a sua melhor marca pessoal com 21.52. Seu melhor anterior era 21.60 feitos no Finkel. Nas eliminatórias, Allan nadou para 21.62.

100 costas feminino –

Quando a gente pensa que ela está morta, lá vem a Dama de Ferro para aprontar mais uma. Katinka Hosszu saiu mal, ainda conseguiu virar os 50 metros em terceiro com 26.93, mas a volta de 28.10 e principalmente os últimos 25 metros foram avassaladores. Venceu com 55.03, novo recorde mundial superando os 55.23 de Shiho Sakai, recorde imbatível desde 2009.
Emily Seebohm também fez uma grande prova, chegou em segundo lugar com 55.31 assim como a ucraniana Daryna Zevina em terceiro com 55.54. Todas nadando para melhor marca pessoal.
Etiene Medeiros desta vez não nadou bem. Passou mais lento do que nas anteriores, 28.07 e acabou em sétimo com 57.72. Tanto nas eliminatórias com 57.36 como na semifinal 57.13, ela havia nadado melhor. Reconheceu que errou e até alegou um pouco de nervosismo. A primeira final de 100 costas, como ela mesmo disse.

100 peito masculino –

Quem viu Felipe França entrar com o sexto tempo na final dos 100 peito ontem ficou assustado achando que ele estava mal. Nada disso, Felipe apenas controlou e classificou se poupando. Na final, não deu chances a ninguém. Saiu forte, liderou de ponta a ponta, passou com 26.32 e voltou com 29.97. Vitória com 56.29, novo recorde de campeonato derrubano dos 56.43 feitos ontem pelo britânico Adam Peaty.
Britânico qu echegou em segundo lugar com melhor marca pessoal e novo recorde nacional de 56.35. O francês Giacomo Perez Dortona completou o pódio com 56.78, também novo recorde nacional de seu país.
O recordista mundial da prova, Cameron van der Burgh, até passou forte, 26.32, mesmo parcial de Felipe, mas cansou e voltando com 30.48 acabou em quarto lugar com 56.80.

100 medley feminino semifinal –

Katinka Hosszu nadou um segundo mais lento do que havia feito nas eliminatórias. Aqui, tentou se poupar para os 800 livre e próxima prova que iria enfrentar a Mireia Belmonte.
Venceu sua série com 57.89 enquanto a britânica Siobhan-Marie Oconnor vencia a anterior com 57.66.
A húngara Evelin Verraszto com 59.11 ganhou a oitava e última vaga para a final.

100 borboleta masculino –

Depois de bater na trave duas vezes durante o Circuito da Copa do Mundo, desta vez Chad Le Clos não deixou passar. Passou forte, 22.59, abaixo do parcial de 22.88 quando Evgeny Korotyshkin quebrou o recorde mundial de 48.48 em 2009.
Na volta, Le Clos 25.85 para 48.44, novo recorde mundial da prova.
O americano Tom Shields chegou em segundo lugar com 48.99 e o australiano Tommaso D’Orsogna completou o pódio com 49.60.
O ex-recordista mundial, Korotyshkin acabou em quarto lugar com 49.88.
O brasileiro Marcos Macedo errou a primeira virada, entrou longe, deslizou e quebrou todo o ritmo da prova. Passou os 50 metros em sexto lugar com 23.17 e voltou 27.30, ficou em oitavo com 50.47.

800 livre feminino –

Depois de dois recordes mundiais, um recorde de campeonato para Mireia Belmonte com 8:03.41 depois de 4:03.08 nos primeiros 400 metros e 4:00.33 no segundo parcial.
Foi o melhor tempo do mundo em 2014 e repetiu o título mundial desta prova em 2010 em Dubai.
A britânica Jazzmin Carlin e a holandesa Sharon van Rouwendaal travaram um belo duelo com vitória para Carlin com 8:08.16, apenas um centésimo a frente de Rouwendaal.
Katinka Hosszu ficou em nono lugar com bem modestos 8:20.71. Perdeu até para nadadoras da série realizada pela manhã. Parece que Shane Tusup e Katinka vão ter de perder mais provas para aprender que o programa de provas para um Campeonato Mundial não pode ser igual a uma Copa do Mundo.

Revezamento 4×200 livre masculino –

Uma prova super emocionante com alternância de liderança e decidida por apenas 12 centésimos. Vitória americana, primeiro ouro na competição com 6:51.68. Itália ficou em segundo com 6:51.80, seguido da Rússia com 6:51.96. Depois África do Sul 6:52.13, Bélgica 6:52.66 e o Brasil em sexto lugar 6:54.53, novo recorde sul-americano batendo a marca estabelecida pela manhã.
Aliás, outro recorde sul-americano na abertura do revezamento por João de Lucca marcando 1:41.85 superando os 1:42.01 de Nicolas Oliveira que se mantinha desde 2009.
Parciais da equipe brasileira: João de Lucca 1:41.85, Gustavo Godoy 1:44.92, Fernando Ernesto Santos 1:43.89 e Gabriel Ogawa 1:43.97.
Melhor parcial de abertura foi de João de Lucca e o melhor parcial no meio da prova, Chad Le Clos, o campeão dos 200 livre do primeiro dia com 1:40.61.

Revezamento 4×50 medley misto –

Para fechar o dia, nada melhor do que vencer. E foi uma prova diferente, estratégica. Os treinadores brasileiros decidiram abrir com Etiene Medeiros no costas e sabiam que ela iria enfrentar os nadadores estrangeiros. Etiene fez logo a diferença com uma marca histórica: 25.83. Primeira vez abaixo dos 26 segundos, e o seu recorde sul-americano não pode ser considerado. Recordes quebrados por equipes de revezamento mistos não podem ser contabilizados.
Felipe França pulou na água em sétimo e conseguiu tirar boa diferença marcando 25.45. Nicholas Santos já saiu na frente e marcou 21.81. Larissa Oliveira recebeu a missão e cumpriu, se pulasse na frente entregaria na frente. E fez fechando com 24.17, cerca de um segundo mais lenta do que a britânica Fran Halsall que se aproximou no final.
Vitória do Brasil, novo recorde de campeonato 1:37.26. Grã-Bretanha em segundo com 1:37.46 e a Itália completando o pódio com 1:37.90.