Revezamento 4×50 livre masculino –
Esta é daquelas provas programadas. Os russos convocaram os quatro melhores nadadores do país nos 50 livre para esta competição. Depois ainda pouparam três deles nas eliminatórias e mesmo assim ainda garantiram a melhor posição para a final além de um parcial fantástico de Evgeny Sedov abrido pela manhã com 20.71, tempo que lhe daria o bronze nos 50 livre de ontem.
Na final, reforçados por Vlad Morozov, o campeão mundial dos 50 em 2012 e quarto colocado ontem, Oleg Tikhobaev campeão russo dos 50 livre e Sergei Fesikov, a equipe dominou de ponta a ponta batendo o recorde mundial que já era russo desde o Europeu do ano passado com 1:23.36. O novo recorde 1:22.60 com os parciais de Vlad Morozov 21.01, Evgeny Sedov 20.37, Oleg Tikhobaev 20.59 e Sergei Fesikov 20.63.
Os americans chegaram quase um segundo atrás com 1:23.47 e a Itália em terceiro com 1:24.56.
O Paraguai treinado pelo brasileiro Angelo Camarossano fez a sua primeira final de Campeonato Mundial em provas de revezamento chegando na sétima colocação com 1:30.54.
100 peito feminino –
Alia Atkinson da Jamaica se tornou na primeira mulher negra campeã e recordista mundial da história em vitória que nem ela acreditou ao bater a lituana Ruta Meilutyte. Alia muito forte nas filipinas, passava Ruta que crescia na parte nadada. O duelo que tem marcado a disputa das duas desde o último Mundial em Istambul 2012 foi mais uma vez acirrado. Ruta passou na frente 29.10 contra 29.46, mas sentiu na volta 33.36 contra 32.90 de Alia. Vitória de Alia com 1:02.36 igualando o recorde mundial feito na Copa do Mundo de Moscou no ano passado. Ruta chegou em segundo com 1:02.46 falhando na chegada.
Moniek Nijhuis da Holanda foi bronze com 1:04.03, posição que ocupou desde o princípio da prova.
50 costas masculino –
A melhor performance da competição. Um recorde simplesmente fantástico e inacreditável. Florent Manaudou mostrou o que é tirar proveito das viradas e trabalho submerso com um incrível 22.22 dizimando o recorde mundial de Peter Marshall de 2009 que era de 22.61.
Foi quase um segundo de diferença sobre o segundo colocado, o americano Eugene Godsoe que chegou a sair junto, mas não segurou o submerso do francês na volta. Godsoe marcou 23.05 e Stanislav Donets da Rússia ficou com o bronze com 23.10.
Albert Subirats da Venezuela quebrou novamente o recorde sul-americano da prova. Nas semifinais havia feito 23.17, agora 23.16 terminando na quarta colocação.
50 costas feminino semifinal –
Etiene Medeiros quebrou o recorde sul-americano da prova ao chegar em segundo lugar na série com 25.99. A australiana Emily Seebohm chegou na frente com 25.87, novo recorde de campeonato superando os 25.95 de Jing Zhao da China feitos no Mundial de Istambul em 2012.
Foram as duas únicas abaixo dos 26 segundos. Etiene já havia quebrado os 26 na abertura do revezamento 4×50 medley misto com 25.83, apenas 13 centésimos do recorde mundial. Mesmo assim, não seria válido pois os recordes não são computados nas provas de revezamentos mistos. De qualquer forma, a performance e logo em seguida nadando outro revezamento para 26.03, mostra que Etiene está na melhor fase de sua carreira e pronta para dar a natação feminina a primeira medalha em Campeonatos Mundiais.
Katinka Hosszu ficou em sétimo lugar com 26.38 e a nadadora da República Tcheca Simona Baumrtova com 26.44 foi a oitava classificada para a final.
100 livre masculino semifinal –
O Brasil vai para a final com os dois melhores tempos da semi. César Cielo venceu com tranquilidade a segunda série marcando 46.21 depois de forçar o primeiro parcial com 21.94, mas soltar bem no final da prova. João de Lucca venceu a série anterior com 46.29 passando com 22.10, mas forçando do início ao fim.
Em terceiro passou Florent Manaudou finalizando com 46.37 com parciais de 22.14 e 24.23. Manaudou também nadou tranquilo e entre os três vamos ter uma bela disputa para a final de amanhã.
Pieter Timmers da Bélgica foi o oitavo classificado para a final com 46.82.
50 livre feminino semifinal –
Etiene Medeiros abriu mão de disputar a prova para se concentrar no revezamento 4×50 livre misto. Para chegar a final precisaria ter nadado abaixo do seu recorde sul-americano de 24.15 feito no Finkel. A oitava foi Arianna Vanderpool Wallace com 24.13.
Ranomi Kromowidjojo da Holanda fez uma prova incrível com o melhor tempo do mundo marcando 23.43, a apenas 19 centésimos do seu recorde mundial feito na Copa do Mundo de Eindhoven no ano passado. O recorde de campeonato ainda é da holandesa Marleen Veldhuis com 23.25 desde o Mundial de Manchester em 2008.
Ainda tivemos mais uma nadadora na casa dos 23 segundos, Madison Kennedy dos Estados Unidos com 23.96.
Larissa Oliveira ficou em 14o lugar com 24.70 piorando três centésimos em relação a marca feita nas eliminatórias. O melhor de Larissa é 24.41 feitos no Troféu José Finkel.
50 borboleta masculino –
Nicholas Santos fez tudo certo, falhou por um detalhe na chegada, o suficiente para perder a prova para Chad Le Clos no final. Nicholas saiu melhor do bloco, velocidade de reação de 0.63 contra 0.65 de Le Clos. Começou a nadar na frente, saiu do submerso bem e tinha a liderança na virada. Ainda conseguiu conter o ataque de Le Clos no submerso de volta, mas as últimas braçadas do sul-africano foram mais precisas e a chegada perfeita. Vitória de Le Clos com 21.95, novo recorde de campeonato tirando o bi de Nicholas. O recorde de campeonato já era de Le Clos pela marca feita na semifinal com 22.20.
A marca de Nicholas é novo recorde sul-americano superando os 22.13 feitos na Copa do Mundo no ano passado.
A disputa do título foi apenas entre os dois e Andrii Govorov da Ucrânia chegou num distante terceiro lugar com 22.49.
100 borboleta feminino semifinal –
Daiene Dias piorou um pouco a marca dos 56.87 feitos na eliminatória, mas com 56.93 nadando para abaixo dos 57 segundos pela segunda vez na carreira (e no dia), ganhou a oitava vaga para a final. Desta vez, mais lenta nos primeiros 50 metros com 26.52, mas mesmo assim fechando um pouco tensa no final com 30.41 de volta.
No seu primeiro Campeonato Mundial, Daiene conseguiu quebrar a barreira dos 26 segundos nos 50 borboleta pela primeira vez e agora quebra os 57 nos 100 por duas vezes.
Se deu tudo certo para Daiene, o mesmo não se pode dizer de Daynara de Paula. Passou mais forte do que na eliminatória com 26.60, mas continua sentindo a volta, desta vez com 30.61 para 57.21, seu melhor nesta temporada, mas um tanto distante do seu melhor 56.52, atual recorde sul-americano desde 2009.
100 medley masculino semifinal –
Henrique Rodrigues conseguiu melhorar sua marca pessoal com 52.51 e garantir a sétima vaga para a final. O melhor era 52.53 das elimiminatórias do Mundial de 2010. Um prêmio especial para quem passou todo o primeiro semestre praticamente sem treinar em recuperação pela cirurgia no ombro.
Se deu tudo certo para Henrique Rodrigues, Thiago Simon encerrou sua participação neste Campeonato com um 13o lugar com 53.33. Um pouco melhor do que fez nas eliminatórias, mas ainda acima do seu melhor de 53.07 feito no Finkel.
Os cinco primeiros colocados nadaram abaixo dos 52 segundos. O melhor foi Ryan Lochte que luta pelo penta campeonato mundial da prova marcando 51.41. Lochte também é recordista de campeonato e mundial com os 50.71 feitos na semifinal do Mundial de Istambul em 2012.
200 medley feminino –
A vitória já era esperada, o recorde mundial consequência. Vieram os dois com a maior diferença entre o primeiro e o segundo colocado de toda competição. Katinka Hosszu marcou 2:01.86 derrubando os 2:02.13 de seu recorde mundial da Copa do Mundo deste ano em Dubai.
Seus parciais: 26.47, 56.40, 1:32.49, 2:01.86.
Colocou 4 segundos e um centésimo de vantagem sobre Siobhan-Marie OConnor da Grã-Bretanha, vice campeã com 2:05.87. Melanie Margalis dos Estados Unidos chegou em terceiro lugar com 2:06.68.
50 peito masculino semifinal –
Adam Peaty passa novamente a frente. Fez o melhor tempo da semifinal 25.75, novo recorde de campeonato superando a marca de Felipe França 25.95 do Mundial de Dubai em 2010.
Felipe teve a prova sob o seu controle, passou na frente e iria vencer a série se não soltasse visivelmente nos últimos metros. Mesmo assim, Felipe nadou para 25.77, apenas sete centésimos acima do seu melhor tempo feito na Copa do Mundo de 2009.
João Gomes Jr. também classificou. Entrou com o quinto tempo 26.25, melhor marca pessoal superando os 26.50 feitos na semifinal do Mundial de Istambul em 2012.
O oitavo classificado para a final foi o campeão mundial de Istambul, o italiano Fabio Scozzoli com 26.36.
Revezamento 4×50 livre misto –
Mais uma boa apresentação e demonstração de uma nova fase de grupo e equipe da natação brasileira. Depois de classificar com Allan Vitória, Henrique Martins, Daiane Becker e Alessandra Marchioro, o time veio todo diferente para a final. Concentrado e disposto, César Cielo que nem estava previsto em nadar, Etiene Medeiros que abriu mão de nadar a semifinal dos 50 livre, mais uma estratégia que deu certo da comissão técnica.
O Brasil esteve sempre entre os três primeiros, César Cielo queria abrir para mostrar que os 50 livre de ontem foi um acidente. E mostrou isso abrindo com 20.65, ainda não no padrão que esperava, mas o suficiente para colocar a equipe em segundo, atrás apenas do incrível Evgeny Sedov de 18 anos e capaz de entregar para a Rússia em primeiro com 20.59, tempo que lhe daria a prata na prova.
João de Lucca manteve o segundo lugar com 21.03, Etiene Medeiros fez um parcial incrível de 23.58, ainda mantendo a posição de segundo lugar. Larissa Oliveira quebrou o 24 pela primeira vez fechando com 23.91 mas perdendo uma posição para os Estados Unidos que com o parcial de Abbey Weitzel com 23.25 pulou da terceira para o primeiro lugar passando o Brasil e a Rússia.
No final, americanos em primeiro lugar com 1:28.57 novo recorde mundial, Rússia em segundo 1:29.13 e o Brasil com o bronze de 1:29.17.
Um detalhe com relação a troca de revezamento do time americano onde Abbey Weitzel pulou com -0.02 na chegada de Madison Kennedy. O Brasil até se manifestou com relação a isso junto a arbitragem, mas o parcial de ajuste de – 0.03 do sistema Omega salvou a equipe americana.
Coach, comente sobre como os EUA ganharam mais de 1 segundo nas trocas, que se fossem descontadas, o Brasil teria ganho.