Três pela manhã, mais dois a tarde, primeiro dia de disputa do Open 2014 no Rio de Janeiro foi positivo para a natação brasileira vindo da performance histórica do Mundial de Doha há 10 dias.
100 costas feminino –
Foi o quarto melhor tempo da carreira de Etiene Medeiros, não veio o 1:00, muito menos uma marca que se aproximasse do índice para o Mundial de Kazan. Etiene, nossa campeã e recordista mundial, venceu com 1:01:10. Seu melhor é 1:00.77 das eliminatórias do Maria Lenk deste ano. O índice é 1:00.25 próximo ao recorde sul-americano de Fabíola Molina de 1:00.07 da época dos trajes em 2009. Na prova de hoje, Etiene passou forte com 29.57, mas cansou no final.
Joanna Maranhão voltou a natação competitiva, mas abriu mão da final. Nadou para :03.34 nas eliminatórias e descansou a tarde. Boa oportunidade para Maria Luiza Pessanha do Fluminense. A mais jovem finalista de todas as provas, com 14 anos chegou a sua primeira final de Open, seu primeiro pódio e levou a prata com 1:04.26. Ficou a apenas seis centésimos da sua melhor marca pessoal feita no Brasileiro Infantil. O bronze sobrou para Tatiana Adorno do Minas com 1:04.45.
100 costas masculino –
Guilherme Guido do Pinheiros não conseguiu repetir a performance das eliminatórias, mas o suficiente para vencer. Para ser mais justo, foi a sua segunda melhor marca pessoal na era pós-trajes. Nas eliminatórias, marcou 53.73, agora venceu com 54.10. Ambas as provas abaixo do índice exigido pela CBDA de 54.36.
Pela manhã, foi mais arrojado, passou forte 26.27 e voltou 27.52. Agora, passou mais controlado, 26.65, atrás de Thiago Pereira do SESI-SP 26.57, mas voltou melhor 27.45 superando Thiago 27.97.
Guido em primeiro 54.10, Thiago em segundo 54.54 e Fábio Santi do Pinheiros completando o pódio com 55.28.
Guido com os 53.73 da manhã chega ao 16o posto do ranking mundial de 2014. Foi o seu oitavo 53 na carreira, o primeiro na era dos trajes. Thiago Pereira era o único brasileiro que havia quebrado a barreira dos 54 segundos sem trajes. Foi no Maria Lenk de 2012 com 53.86.
Lucas Salatta foi desclassificado na final ao passar da linha dos 15 metros na saída. Salatta havia ficado em quinto lugar com 55.56.
50 borboleta feminino –
Ninguém chegou perto do índice de Kazan (25.78) que é abaixo do recorde sul-americano (25.85), mas tivemos quebra de recorde de campeonato que era de Daynara de Paula com 26.43 de 2009.
Daynara do SESI-SP saiu melhor, submergiu na frente e mantinha uma boa vantagem que acabou diminuída com a boa performance de Bruna Rocha do Corinthians. Vitória de Daynara com 26.42 seguida de Bruna Rocha com 26.52. Daiene Dias do Botafogo chegou na terceira colocação com 26.71. As três já haviam sido as mesmas três da manhã que conseguiram nadar abaixo dos 27 segundos.
50 borboleta masculino –
Nicholas Santos do Unisanta foi o melhor da manhã (23.01), César Cielo do Minas o melhor da tarde (22.91). Os dois com índices para o Mundial de Kazan em prova de altíssimo nivel. Nicholas saiu melhor, tinha uma boa vantagem, mas foi atacado por Cielo que fez uma chegada perfeita por baixo marcando 22.91, o segundo melhor tempo do mundo em 2014. Foi a terceira vez que Cielo nadou abaixo dos 23 segundos.
Nicholas chegou logo em seguida, 23.04, o suficiente para a prata. Os 23.01 lhe deixam como quinto do mundo na temporada. Nicholas já nadou cinco vezes abaixo dos 23 segundos. A última na vitória do Raia Rápida deste ano com 22.97.
Henrique Martins do Minas completou o pódio com 23.44.
50 peito feminino –
Mesmo saindo mal, a jovem Jhenifer da Conceição de 17 anos do Flamengo venceu a sua primeira medalha de campeonatos brasileiros absolutos. Para ser mais detalhista, na sua primeira final, o primeiro pódio, e a primeira vitória. Jhennifer que já havia assombrado a todos no Julio de Lamare, mostrou a boa fase vencendo com a sua melhor marca pessoal de 31.86 depois de 31.89 nas eliminatórias. Na saída, ficou atrás das mais experientes, mas conseguiu recuperar na parte nadada para vencer.
Jhennifer campeã, Ana Carla Carvalho do Pinheiros ficou em segundo com 32.08 e Beatriz Travalon, também do Pinheiros em terceiro com 32.11.
Com os 31.86, Jhennifer da Conceição termina o ano como a melhor nadadora do ranking nacional batendo os 31.87 de Ana Carla Carvalho feitos no Maria Lenk de abril.
50 peito masculino –
Depois da performance fantástica pela manhã com 26.89, João Gomes Júnior do Pinheiros não encaixou a saída na final, e ficou para trás. Oportunidade dada e aproveitada por Felipe França do Corinthians que saiu melhor e garantiu a vitória e o índice para Kazan.
Quem saiu melhor do bloco foi Felipe Lima do Minas, que tinha a liderança da prova, mas foi atacado por França e João nos metros finais. França venceu com 27.04 abaixo do índice exigido pela CBDA de 27.10 Seu melhor este ano era 27.21 feitos no Raia Rápida.
João Gomes em segundo com 27.14 com boa recuperação principalmente nos metros finais de prova. Felipe Lima ficou em terceiro com 27.52. Pela manhã, os 27.49 foi o seu melhor na temporada.
Os 26.89 de João Gomes Jr. lhe coloca como quarto do ranking mundial de 2014. Ficou a apenas 27 centésimos do recorde mundial e foi a primeira vez que nadou abaixo dos 27 segundos. Com os 27.14 que fez na final, João agora tem 62 performances na casa dos 27 segundos e a primeira e única na faixa dos 26. A vitória de Felipe França com 27.04 lhe deixou em quinto do ranking mundial de 2014. Assim, os 50 peito, junto com os 50 livre e os 50 borboleta são as três provas do Brasil em que temos dois nadadores ocupando o Top 5 do mundo na temporada.
800 livre feminino –
Bruna Primati do SESI-SP já era a melhor do ranking nacional com os 8:42.80 feitos nos Jogos Olímpicos da Juventude. Nadou de forma agressiva para baixar a marca e tentar chegar perto do índice para Kazan (8:33.97). Este ritmo forte, acabou lhe causando uma queda no final. Bruna venceu com 8:44.30, mas os parciais iniciais indicavam uma marca melhor.
Seus parciais 1:01.21, 2:05.60, 3:10.85, 4:17.45, 5:24.18, 6:31.22, 7:38.07, 8:44.30.
É sua segunda melhor marca pessoal. Como também foi a segunda melhor marca de Viviane Jungblut do União, vice campeã com 8:47.03. Carolina Bilich do Minas chegou num distante terceiro lugar com 8:54.69.
1500 livre masculino –
Dobradinha do Minas, vitória de Miguel Leite Valente com Lucas Kanieski em segundo lugar. Kanieski mais forte no início, e até onde aguentou, por volta dos 800 metros conseguiu conter o ataque do companheiro de clube e treino. Miguel conseguiu abrir e fechando com 59.06 marcou 15:16.69, novo recorde de campeonato superando os 15.19.38 de Luis Rogério Arapiraca em 2009. Kanieski em segundo com 15:22.84 e Luis Rogério completou o pódio com 15:33.12.
O índice para Kazan 15:14.77 é questão de tempo para Miguel, precisa acerta apenas os parciais.
Seus parciais de hoje:
58.94, 2:00.12, 3:01.76, 4:02.80, 5:04.11, 6:05.67, 7:07.18, 8:08.60, 9:10.21, 10:11.67, 11:12.91, 12:14.59, 13:16.58, 14:17.63 e 15:16.69.
Classificação parcial ao final do primeiro dia:
1o Fiat Minas 113,5 pontos
2o SESI-SP 87 pontos
3o Pinheiros 78 pontos
4o Corinthians 25,5 pontos
5o Unisanta 18 pontos
6o Fluminense 15 pontos
7o Botafogo 11 pontos
8o União 10 pontos
9o Flamengo 9 pontos
10o Iate Clube de Brasília 5 pontos
Revezamento 4×100 livre feminino –
Prova do Brasileiro Senior que teve vitória com recorde da equipe do SESI com 3:43.51 com Etiene Medeiros, Priscila Souza, Daynara de Paula e Jessica Cavalheiro.
O Pinheiros ficou em segundo com Larissa Oliveira fechando para 55.30 com 3:46.86 e o Minas em terceiro com 3:48.41.
Revezamento 4×100 livre masculino –
Vitória do Pinheiros com 3:16.43 com parciais de Leonardo Alcover 49.32, Marcelo Chierighini 48.75, Henrique Rodrigues 49.20 e João de Lucca 49.30. O Minas ficou em segundo depois de César Cielo abrir com 48.58 e tempo de 3:17.39 e Corinthians em terceiro 3:20.07.
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