O terceiro dia do Troféu Open foi o mais movimentado até agora. Dia de dois novos recordes sul-americanos, um recorde brasileiro e seis índices para Kazan.
100 livre feminino –
Abrimos o dia com novo recorde sul-americano. Larissa Oliveira do Pinheiros já havia nadado no Brasileiro Senior de Inverno com 54.87, apenas 15 centésimos do recorde de Tatiana Lemos ainda da época dos trajes em 2009. Hoje, passou em segundo com 26.58 e voltou para vencer com 54.61, 11 centésimos abaixo da marca continental. Quem passou na frente, foi a paranaense Alessandra Marchioro do Botafogo, 25.82 nos primeiros 50 metros, mas cansou e terminou na terceira colocação com 55.69. A gaúcha Graciele Herrmann do União ficou em segundo com 54.76, sua melhor marca pessoal batendo os 54.94 feitos no Pan Pacífico.
Agora o ranking de todas as épocas nos 100 livre no Brasil tem Larissa com 54.61, Tatiana Lemos com o seu antigo recorde sul-americano de 54.72 e Graciele Herrmann com os 54.76 de hoje.
O índice para o Mundial é de 54.43, algo bem provável de ser alcançado até o Maria Lenk do próximo ano.
Gabriele Roncatto ficou na quinta colocação com 56.14 abaixo do índice para o Mundial de Singapura (56.26), mas ainda mais lento do que os 56.00 feitos no Brasileiro Juvenil de Santos no mês passado.
100 livre masculino –
Marcelo Chierighini do Pinheiros saiu com tudo, forçou mesmo o parcial, passou com 23.00 comparados com os 23.58 que havia feito nos primeiros 50 metros pela manhã. Venceu com 49.07, um centésimo mais lendo que havia feito pela manhã. O parcial foi bem forçado e, com o calor, Chierighini chegou a passar mal depois da prova. Bruno Fratus, seu companheiro de Pinheiros e de treino em Auburn, não repetiu a performance da manhã quando passou com 22.85 e com 48.57 fez sua melhor marca pessoal abaixo dos 48.99, índice para Kazan. Na final, Bruno passou atrás de Chierighini e também sentiu o final de prova terminando em terceiro lugar com 49.16 atrás de Matheus Santana do Unisanta, prata com 49.07.
Como César Cielo do Minas não nadou os 100 livre, a abertura do revezamento com 48.58 vale como índice para Kazan deixando o Brasil com dois nadadores na prova.
200 peito feminino –
O Open tem tido provas ótimas e esta foi daquelas que não foi boa. Vitória por apenas um centésimo para Pamela Alencar Souza do Corinthians com 2:33.38 batendo Beatriz Travalon do Pinheiros, vice campeã com 2:33.39.
Pamela venceu com os parciais de 34.89, 1:13.36, 1:53.47, 2:33.38.
Sua melhor marca é de 2:30.14 do ano passado. Pamela tem três das cinco melhores marcas nesta prova, na sua frente apenas os 2:27.42 de Carolina Mussi e 2:29.46 de Tatiane Sakemi, ambas na era dos trajes.
A esperança tem sido que Pamela consiga quebrar esta barreira e melhore o nível dos 200 peito no Brasil.
O pódio foi completado por Thamy Ventorin do Fluminense com 2:34.34.
200 peito masculino –
Nada como um dia depois do outro, e as vezes uma competição depois da outra. Depois de um grande Finkel, o melhor nadador da competição, Thiago Simon do Corinthians teve um péssimo Mundial em Doha. Ontem, nadou os 400 medley, ficou longe do seu melhor e ainda foi desclassificado. Hoje, venceu os 200 peito, fez a sua melhor marca pessoal, a melhor da era dos trajes no Brasil e o índice para o Mundial de Kazan.
A vitória foi de ponta a ponta com 2:10.58 superando o seu melhor pessoal de 2:11.99 feitos no Maria Lenk deste ano. Seus parciais: 29.28, 1:02.43, 1:36.19 e 2:10.58.
Thiago passa a ser o terceiro melhor nadador de 200 peito da história do Brasil. Na sua frente, apenas duas marcas feitas na era dos trajes, 2:08.44 com Henrique Barbosa e 2:09.31 de Tales Cerdeira, ambas em 2009.
Thiago campeão, Henrique Barbosa do Pinheiros vice com 2:13.80 e Felipe Monni, também do Corinthians em terceiro lugar, seu primeiro pódio em Brasileiros Absolutos com 2:14.06.
50 costas feminino –
Etiene Medeiros saudou a recém nascida filha de Fabíola Molina, Louise Maria, que veio ao mundo ontem quebrando o recorde sul-americano da prova que era de Fabíola desde 2009 com 27.70. Etiene foi mais longe, nadou para 27.37 e estabeleceu o melhor tempo do mundo batendo a chinesa Yanhui Fu e seus 27.51 feitos no Campeonato Chinês em abril.
Etiene nadou bem tranquila nas eliminatórias com 29.33 e venceu a final com mais de dois segundos e meio a frente da segunda colocada. Natália Diniz do Pinheiros ficou como vice campeã com 29.92 e Aline Saporito, também do Pinheiros em terceiro com 30.14.
50 costas masculino –
“Tripadinha” do Pinheiros, pódio completo. Daniel Orzechowski fez a melhor marca nas eliminatórias 25.12, o mesmo tempo líder do ranking nacional de 2014 de Guilherme Guido feito no Raia Rápida. Na final, Orzechowski nadou um pouco melhor, jogou na raia, mas levou com 25.02. Guido chegou em segundo com 25.17 e Fábio Santi completou o pódio com 25.45.
Índice para Kazan é de 24.65. Na história da prova no Brasil, apenas dois nadadores conseguiram quebrar os 25 segundos. Daniel Orzechowski, recordista sul-americano com 24.44 feitos no Maria Lenk 2012 e Guilherme Guido 24.49, esta marca ainda da era dos trajes.
200 medley feminino –
Joanna Maranhão fez o índice pela manhã com 2:14.03, sua melhor marca sem trajes e abaixo do índice para Kazan de 2:14.26. Este tempo de 2:14.26 foi exatamente o que levou Joanna a semifinal olímpica de Londres em 2012.
Na final, Joanna foi ainda melhor com parciais de 29.53, 1:02.10, 1:40.59 e 2:13.40, seu novo melhor tempo da era pós trajes. O seu melhor continua sendo os 2:12.12 do Mundial de Roma, recorde sul-americano que se mantém intacto desde 2009.
Joanna, da velha guarda em primeiro, duas nadadoras da nova geração completando o pódio. Gabriele Roncatto do Pinheiros nadou para 2:17.05 levou o segundo lugar e seu terceiro índice para o Mundial de Singapura (ela já tinha 100 e 200 livre). O bronze para Nathália Almeida do Flamengo com 2:17.47.
200 medley masculino –
Além dos 50 livre, 100 livre, 50 peito e 50 borboleta, o Brasil ganha mais uma prova com dois nadadores alcançando o índice. Thiago Pereira do SESI-SP já havia feito o índice nas eliminatórias com 2:0012, abaixo dos 2:00.28 exigidos pela CBDA. Henrique Rodrigues do Pinheiros chegou perto com 2:00.36. Os dois precisavam nadar abaixo dos 2 minutos, coisa que ambos fizeram, Thiago pela 55a vez e Henrique pela 17a.
Thiago foi mais além, mandou 1:57.23, quinto tempo do mundo em 2014 em prova que liderou de ponta a ponta sem ser ameaçado. Henrique, fazendo uma temporada heróica após o primeiro semestre todo comprometido pela lesão no ombro. Mesmo voltando de Doha onde fez todas as suas melhores marcas, conseguiu nadar para 1:59.89 e também carimbar seu passaporte para Kazan.
Parciais dos dois:
Thiago Pereira 24.91, 53.88, 1:27.58, 1:57.23
Henrique Rodrigues 25.56, 55.12, 1:30.40, 1:59.89
Lucas Vinicius Oliveira Silva do Pinheiros chegou em terceiro lugar com 2:03.42.
400 livre feminino –
Prova equilibrada e que acabou com vitória de Bruna Primati do SESI-SP com 4:14.90. Viviane Jungblut do União tinha a liderança até os 250 metros quando foi atacada por Bruna. Manuella Lyrio do Minas nadou sempre perto e acabou na segunda colocação. No final, Bruna campeã 4:14.90, Manuella vice com 4:15.02 e Viviane em terceiro com 4:15.14.
Comparando os parciais das três:
Bruna – 29.57, 1:01.15, 2:05.53, 3:10.70, 4:14.90
Manuella – 29.77, 1:01.39, 2:06.15, 3:11.20, 4:15.02
Viviane – 29.22, 1:00.73, 2:05.27, 3:11.03, 4:15.04
O melhor de Bruna Primati continua sendo os 4:14.38 feitos nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanjing. Para quem nunca havia sido campeã brasileira absoluta, já são dois ouros neste Open, primeiro nos 800 livre e agora nos 400 livre.
400 livre masculino –
Leonardo de Deus do Corinthians fez o que precisava fazer pela manhã com novo recorde brasileiro da prova. Superou a sua marca de 3:50.71 com 3:50.37. Seus parciais foram 26.59, 55.18, 1:53.15, 2:51.60, 3:50.37.
Missão cumprida, Leo optou por não nadar a final, se resguardou para os 200 borboleta, sua prova principal que acontece neste sábado.
Caminho aberto para uma bela disputa e que acabou com nova dobradinha do Minas, a mesma dos 1500 livre. Vitória de Miguel Leite Valente com 3:52.54 seguido de Lucas Kanieski com 3:53.32. Luiz Altamir do Flamengo chegou a ameaçar Miguel durante os primeiros 300 metros, mas não conseguiu segurar o parcial final da prova. Terminou em terceiro lugar com 3:54.83.
Classificação final do terceiro dia:
1o Pinheiros 354 pontos
2o SESI-SP 249 pontos
3o Fiat Minas 224,5 pontos
4o Corinthians 133,5 pontos
5o Unisanta 69 pontos
6o Nikita SESI 63 pontos
7o Fluminense 41 pontos
8o Flamengo 37 pontos
9o União 32 pontos
10o Botafogo 25,5 pontos
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!