Etiene Medeiros fecha o Open com mais um recorde sul-americano

Pinheiros campeão de tudo no verão

Final de festa, um recorde sul-americano, e os últimos índices do ano, fechando o Open 2014 e a temporada da natação brasileira.

200 borboleta feminino –
Sem Joanna Maranhão, melhor tempo das eliminatórias com 2:10.54, desta vez sem o índice (2:09.33) que é mais forte que seu recorde sul-americano (2:09.41), melhor para Manuella Lyrio do Minas, na sua primeira vitória do Open com 2:14.53, próximo do seu melhor 2:14.15 do primeiro semestre.
Yana Medeiros do Corinthians chegou em segundo com 2:15.04 e Julia Gerotto, também do Corinthians, em terceiro na sua primeira prova do trabalho duplo do dia com 2:16.20.

200 borboleta masculino –

Vitória fácil de Leo de Deus do Corinthians, com índice, mas sem agradar ao próprio nadador. Leo liderou de ponta a ponta com parciais de 26.61, 56.26, 1:26.86 e 1:56.93. O índice 1:56.97. No Pan Pacífico, quando Leo fez a sua melhor marca de 1:55.28 seus parciais foram todos um segundo abaixo do que fez na prova do Open.
Leo terminou o Open com dois índices (400 livre e 200 borboleta), mas só conseguiu fazer sua melhor marca pessoal nos 400 onde quebrou pela terceira vez o recorde nacional da prova. Nos 200 borboleta, terminou o ano como o sexto do mundo com o tempo que lhe deu a medalha de prata no Pan Pacífico.
Marcos Ferrari do Minas abriu mão dos 800 e 1500 livre, vai focar nos 200 borboleta em busca da vaga olímpica, e já começou o Open terminando na segunda colocação com 1:58.65. Fred Veloso do Botafogo terminou em terceiro com 1:59.54.

Muito comemorado o tempo de Giovanny Neves Lima do SESI-SP com o índice para o Mundial Júnior com 2:01.53 terminando em sexto lugar. Giovanny havia terminado em nono tempo nas eliminatórias com 2:02.46, mas foi beneficiado com a saída de Raphael Mattioli do Minas da final para focar nos 800 livre.

50 livre feminino –

Etiene Medeiros e Graciele Herrmann o duelo esperado aconteceu e ambas nadaram abaixo do índice (25.28) e também da barreira dos 25 segundos. Etiene venceu com novo recorde sul-americano com 24.74 superando os 24.76 de Graciele Herrmann e Arlene Semeco da Venezuela. Foi a terceira vez que Etiene nadou abaixo dos 25 segundos.
Graciele ficou em segundo, 24.87, quinta vez que a gaúcha rompe a barreira dos 25 segundos.
Na prova, Etiene aproveitou o bom fundamento do nado submerso e ficou mais tempo embaixo d’água. Graciele, ao contrário, quis sair nadando logo, e talvez tenha subido de forma prematura, saiu atrás e foi buscar no braço, e até buscou, mas não o suficiente para bater a pernambucana do SESI-SP.
Etiene ouro 24.74, Graciele prata 24.87 e bronze para Lorrane Ferreira do Minas com 25.36.

50 livre masculino –

Bruno Fratus do Pinheiros, fácil e de ponta a ponta. Saiu com 0.69 de reação e nadou uma boa prova com 21.41, sua melhor marca pessoal e quarta vez na casa dos 21 neste ano. E mais, Bruno conseguiu melhorar o seu tempo três vezes no ano.
Quando começou o ano, o melhor de Fratus era 21.61 Jogos Olímpicos de Londres em 2012. No Maria Lenk, fez 21.45 melhor marca pessoal. Venceu o Pan Pacífico com 21.44, nova marca pessoal e agora termina o ano com a terceira, 21.41. Mesmo assim, Fratus fica como o terceiro do mundo em 2014, atrás de Florent Manaudou 21.32 do Europeu e César Cielo 21.38 do Maria Lenk.
Prata para Nicholas Santos do Unisanta, 22.17, igualando o índice, mas atrás de César Cielo que fica com a segunda vaga, por enquanto, com 21.60. Italo Manzini Duarte, prata no Finkel, agora foi bronze com 22.25, fazendo sua melhor marca pessoal.

100 peito feminino –

Pela primeira vez na natação feminina desde 2009 duas nadadoras abaixo da casa do 1:10. Vitória de Beatriz Travalon com 1:09.49 frente a Jhennifer da Conceição do Flamengo com 1:09.56. Renata Sander do Minas chegou em terceiro com 1:10.84.
Beatriz havia nadado apenas uma vez abaixo do 1:10, foi no Maria Lenk de 2013 com 1:09.32. Jhennifer nadou pela terceira vez, repetindo o Julio de Lamare (1:09.58) e as eliminatórias da prova (1:09.35).
Na prova, Beatriz foi mais técnica e controlada. Jhennifer que venceu os 50, desta vez saiu melhor, mas nadou com uma frequência muito alta. As duas nadadoras são as únicas que conseguiram quebrar os 1:10 depois da era pós-trajes e ficam com elas as maiores expectativas para um resultado de expressão para o nado peito feminino do Brasil.

100 peito masculino –

A prova é uma das mais disputadads e mais acirradas da natação brasileira, e por conta disso, a expectativa era grande. Os resultados não foram o que se esperava.
Felipe França do Corinthians venceu mais uma, manteve a boa regularidade da temporada, liderou de ponta a ponta passando com 28.34 e vencendo com 1:00.43, um centésimo a menos do que havia feito pela manhã e abaixo do índice exigido de 1:00.57. Por enquanto, é o único com índice para Kazan.
João Gomes Jr. do Pinheiros saiu atrás, mas já nos primeiros 50 metros tentou atacar, passou em terceiro com 28.45 e só perdeu o contato com Felipe no final. Ficou em segundo com 1:00.86. Pela manhã, 1:00.72.
Felipe Lima do Minas ficou em terceiro. Saiu bem, passou em segundo 28.41, mas não conseguiu manter o padrão de nado, acabou cansando no final e nadou para 1:01.10, mais lento do que as eliminatórias de 1:01.07.
Se os três maiores da natação brasileira deram uma “empacada” nas marcas da final, a galera mais nova está chegando. Rapahel Rodrigues do Pinheiros ficou em quarto 1:01.35, Felipe Monni do Pinheiros em quinto 1:01.37, Pedro Cardona do Pinheiros em sexto 1:01.40 e Thiago Simon em sétimo 1:01.66. Somente Henrique Barbosa do Pinheiros, em oitavo, 1:02.32 fora da casa do 1:01.

1500 livre feminino –
Uma bela prova com melhor marca pessoal e novo recorde de campeonato para Viviane Jungblut do União conquistando o seu primeiro ouro absoluto da carreira com 16:49.26. O recorde de campeonato era de Poliana Okimoto no ano passado, na época nadando pelo Minas com 16:53.06. Viviane que nunca havia nadado abaixo dos 17 minutos liderou de ponta a ponta para a sua terceira medalha no Open, a primeira de ouro.
Bruna Primati do SESI-SP também rompeu a barreira dos 17 minutos pela primeira vez, mas chegou cerca de 10 segundos distante, segunda colocada com 16:59.51. Julia Gerotto do Corinthians, bronze nos 200 borboleta, agora bronze nos 1500 com 17.21.92.

800 livre masculino –

Ponta a ponta, vitória com recorde de campeonato para Miguel Leite Valente do Minas com 8:00.34. Bom de matemática o garoto, passou os primeiros 400 metros com 4:00.17 e voltou com o mesmo tempo.
Se tivesse forçado um pouco mais no princípio, teria quebrado a melhor marca pessoal de 7:59.47 e talvez até o recorde brasileiro da prova de Luis Rogério Arapiraca de 7:58.20 ainda de 2009.
O índice da prova é muito forte, quarto lugar no Mundial de Barcelona 7:48.20.
O pódio foi o mesmo dos 1500 livre, Lucas Kanieski do Minas em segundo com 8:05.33 e Luis Rogério Arapiraca do Unisanta em terceiro com 8:06.34.

Classificação final do Open 2014:
1o Pinheiros 403 pontos
2o SESI-SP 350 pontos
3o Fiat Minas 327,5 pontos
4o Corinthians 183,5 pontos
5o Unisanta 85 pontos
6o União 68 pontos
7o Nikita SESI-PE 63 pontos
8o Fluminense 47 pontos
9o Flamengo 44 pontos
10o Botafogo 40,5 pontos