Terminou a saga do russo Arkady Vyatchanin que buscar uma nação para poder voltar a competir internacionalmente. Em briga com a Federação Russa, Vyatchanin recusou os termos e exigências da entidade e saiu em busca de uma nova pátria para nadar. Vyatchanin vai representar a Sérvia e o procedimento legal junto a FINA já foi deflagrado.

Medalha de bronze nos 100 e 200 costas nos Jogos Olímpicos de 2008 em Beijing, Vyatchanin passou a treinar nos Estados Unidos em 2011. A mudança para a Flórida onde treina até hoje com Gregg Troy foi contrária a decisão dos dirigentes russos. Os resultados de Londres em 2012, onde ele nem chegou as finais das provas, foram determinantes para incrementar ainda mais a animosidade da sua decisão de treinar fora do país.

Pódio dos 200 costas nos Jogos de 2008

Pódio dos 200 costas nos Jogos de 2008

O conflito ganhou proporções ainda maiores na seletiva para o Mundial de Barcelona, onde ele acabou impedido de participar. Desde então, Vyatchanin tem participado apenas de competições nos Estados Unidos e alguns torneios na Europa. Por questões legais, todo o processo de escolha da nova pátria que irá representar teve um assessoramento jurídico.

A regra do COI determina que o atleta tenha residência na nova pátria antes da sua representatividade for aprovada, além de não estar competindo pelo país anterior há dois anos. A última vez que Arkady Vyatchanin nadou pela Rússia foi nos Jogos de Londres em 2012.

A Sérvia ganha um reforço e tanto para o seu revezamento. Os sérvios já tinham Caba Siladji nos 100 peito com 1:01.09, Ivan Lendjer nos 100 borboleta com 52.59 e Velimir Stjepanovic fechando o crawl para 49.21. Stjepanovic é a atual estrela da natação sérvia tendo sido campeão europeu no ano passado nos 200 e 400 livre em Berlim, na Alemanha.

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Em 2014, mesmo nadando apenas pelo seu clube, Arkady Vyatchanin, terminou o ano como 18o do ranking mundial com 53.81 nos 100 costas e 1:55.30 para a sexta posição. Suas melhores marcas são os recordes russos de 52.57 e 1:54.75 respectivamente para os 100 e 200 costas feitos ainda na era dos trajes em 2009.

Milorad Cavic, maior estrela da história da natação sérvia, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2008 nos 100 borboleta perdendo por um centésimo para Michael Phelps, também não era sérvio. Cavic nasceu na Califórnia, nos Estados Unidos, mas adotou a cidadania para poder participar dos Jogos Olímpicos. Aliás, devido as mudanças políticas do país, Cavic esteve em quatro Olimpíadas, e representando três nações diferentes. Em 2000, aos 16 anos, ele nadou pela Iugoslávia. Voltou aos 20 anos em 2004 em Atenas pela Sérvia & Montenegro, e nas duas últimas pela Sérvia.

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