2015 começou bem melhor do que 2014 para os americanos. Quem acompanha a natação internacional vai concordar que o início da temporada foi bem melhor, mas muito melhor mesmo do que se viu no ano passado. Um dos piores anos da natação americana dos últimos anos.
Não é nem Katie Ledecky, isso é um capítulo a parte, ou tamanha a grandiosidade de suas performances, um livro a parte. Veja os destaques do que se viu no Arena Pro Swim Series em Austin no Texas:
FUNDO BEM
Connor Jaeger já foi escolhido como a melhor performance masculina americana de 2014 pelos 1500 livre do Pan Pacífico. Abriu o ano muito bem com duas vitórias 3:47.58 nos 400 e 15:16.71. Está um passo a frente dos demais.
BOA TROCA
Conor Dwyer está melhor com Dave Salo do que estava com Bob Bowman. Sua estréia pelo novo programa foi ótima. Venceu os 200 livre (1:47.76) e 200 medley (1:59.56), ficou em segundo nos 100 livre (49.20) e 400 livre (3:49.33). No ano passado, os americanos só quebraram a barreira dos dois minutos nos 200 medley no último GP da temporada, em Santa Clara em junho. Este ano, Dwyer já fez isso em janeiro.

EM PERIGO
A carreira da campeã olímpica Allison Schmitt está a perigo. Só não vê quem não quer. A nadadora segue sob o comando de Bob Bowman, mas seus resultados são preocupantes. Os 100 livre, foi o menos ruim, quarto lugar com 55.78. Os 200 livre, prova em que foi campeã olímpica em 2012 com 1:53.61, terminou em nono lugar com 2:01.85.

E KATINKA?
Para quem está acostumdo estranha. Katinka Hosszu nadou sete provas, pouco, muito pouco para três dias, estamos falando da Dama de Ferro. E os resultados deixaram a desejar. Só venceu uma, e na última, os 200 medley com 2:11.43. Nos 200 costas, o pior, ficou em sexto com 2:12.70. Já está voltando para a Hungria e na próxima semana vai estar competindo novamente, no Meeting da Antuérpia na Bélgica.

JUVENTUDE AMERICANA
Os 200 borboleta feminino teve um empate. Cassidy Bayer de 15 anos e a recordista mundial júnior Katie McLaughlin de 17 anos, ambas com 2:09.12. Na prova seguinte, Andrew Seliskar de 18 anos, venceu os 200 borboleta masculino com 1:55.92. Cassidy e Seliskar são companheiros de Ledecky no North Capital Aquatics Club.

JUVENTUDE AMERICANA II
O resultado que surpreendeu a todos foi a vitória de Michael Andrew de 15 anos nos 100 peito. Isso mesmo, 15 anos, 1:01.67, novo recorde nacional 15-16 anos. O jovem nadador que utiliza um controverso sistema de treinamento de curtíssima duração e intensidade altíssima chegou a sua primeira expressiva vitória na carreira.

O MELHOR AMERICANO DA VELOCIDADE
Nathan Adrian continua sendo o melhor velocista americana. Venceu os 100 livre com 49.11 e foi o segundo nos 50 livre com 22.17. Foram quatro americanos na casa dos 49 segundos.

NOVO NOME
Josh Prenot é um novo nome no mercado. Venceu os 200 peito (2:12:17) e os 400 medley (4:16.08). É nadador da Universidade da Califórnia e esteve no Mundial Júnior de 2011 em Lima quando ficou em quarto lugar nos 400 medley.

DE VOLTA
Natalie Coughlin está de volta. Nadou para 1:00.70 e ficou em segundo nos 100 costas. Foi o melhor tempo que ela fez na prova desde a seletiva olímpica de 2012.

DE VOLTA II
Kirsty Coventry de Zimbabwe não competia desde os Jogos de Londres em 2012. Votou com um nono lugar nos 200 costas (2:13.17) e um quarto lugar nos 200 medley (2:15.89).

PRIMEIRO RECORDE CONTINENTAL DE 2015
Farida Osman do Egito, nadador da Universidade da Califórnia, fez o primeiro recorde continental de 2015. Venceu os 50 livre com 24.92 se tornando na primeira nadadora africana a nadar a prova abaixo dos 25 segundos. o recorde era da sul-africana Lizze Marie Retief com 25.24 desde 2008.

BRAZIL
Foi ótimo o início de Bruno Fratus nos 50 livre. Quebrar o 22 logo em janeiro, uma vitória bem expressiva e uma marca muito boa para a época. Boa também foi a volta do “aposentado” Thiago Parravicini que ficou em quarto lugar nos 200 peito. Sua marca ficou a pouco mais de um segundo acima do seu melhor. Parravini divide os treinos com a responsabilidade de graduate assistant na Incarnate Word University além das aulas de sua pós-graduação.

PRÓXIMO ENCONTRO
O segundo Arena Pro Swim Series é daqui um mês, em Orlando. Antes disso, americanos e australianos, mais japoneses e chineses se enfrentam no BHP Biliton Aquatic Super Series em Perth, na Austrália.

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