No dia do aniversário da cidade do Rio de Janeiro, 450 anos, a Best Swimming precisava fazer uma homenagem para a Cidade Maravilhosa, um dos mais bonitos cartões postais do país e berço de grandes alegrias da natação brasileira.

O Rio é onde está a CBDA, onde nasceu a antiga CBN – Confederação Brasileira de Natação e também a ABMN – Associação Brasileira Masters de Natação. É onde temos o melhor parque aquático do país, o Maria Lenk, e onde aconteceram muitas das glórias deste esporte e no próximo ano vai sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Assim, no dia desta data tão importante e expressiva, nada melhor do que homenagear aqueles que foram os melhores nadadores do Rio de Janeiro em todos os tempos. Isso mesmo, apenas os cariocas, apenas os nascidos na cidade do Rio de Janeiro e que fazem parte do Rio 450 All Time da Best Swimming.

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Veja nossa lista e celebre esta data tão importante.

SELEÇÃO FEMININA

Piedade Coutinho Azevedo (in memoriam ) – Primeira nadadora brasileira a chegar a uma final olímpica. E foram três, em três Olimpíadas, na melhor delas os 400 livre dos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936 ficou em quinto lugar nos 400 livre, melhor colocação da natação feminina do Brasil em Olimpíadas. Foi a primeira e única nadadora da história a quebrar os recordes brasileiros dos 100 aos 1500 livre.

Talita de Alencar Rodrigues – Com treze anos e 347 dias, Talita se tornou nos Jogos Olímpicos de Londres em 1948 a nadadora e atleta olímpica mais jovem do Brasil em todos os tempos. A então nadadora do Fluminense, foi aos Jogos para completar o revezamento 4×100 livre feminino que chegou a final e terminou em sexto lugar.

Monique Ferreira – Duas Olimpíadas, numa delas, chegou a final do revezamento 4×200 livre terminando em sétimo lugar em recorde sul-americano que se mantém até hoje. Tem seis medalhas em Jogos Pan Americanos e inúmeros recordes sul-americanos em piscina longa e curta.

Gabriella Silva – Nossa única finalista feminina dos Jogos Olímpicos de 2008 em Beijing terminando em sétimo lugar nos 100 borboleta. No ano anterior havia sido bronze nos 100 borboleta dos Jogos Pan Americanos e no ano seguinte obteve a melhor colocação feminina em provas olímpicas nos Mundiais de Longa ao terminar em quinto lugar nos 100 borboleta. O tempo, 56.90, até hoje é recorde sul-americano e na época era recorde das Américas.

Mariana Brochado – Companheira de Monique no revezamento 4×200 livre em Atenas, Mariana foi duas vezes medalhista em Jogos Pan Americanos além de finalista em Campeonato Mundial de Piscina Curta em Shanghai em 2006. Recordista brasileira e sul-americana, Mariana dominou as provas de meio fundo no país no início da década passada.

Patricia Amorim – Uma das mais destacadas nadadoras de fundo do Brasil esteve nos Jogos Olímpicos de 1988 em Seul quebrando uma ausência de 16 anos sem nadadoras do Brasil em Olimpíadas. Foi recordista brasileira dos 200 aos 1500 livre. Foi 28 vezes campeã brasileira e 29 vezes recordista sul-americana.

Maria Elisa Guimarães Zanini – Aos 17 anos, Maria Elisa esteve nos Jogos de Montreal em 1976 onde nadou as provas de 400 e 800 livre. Na época, era a recordista sul-americana de ambas as distâncias e ainda os 200 livre, com inúmeros recordes brasileiros e sul-americanos.

SELEÇÃO MASCULINA

Angelo Gammaro (in Memoriam ) – Primeiro nadador carioca olímpico. Nasceu em 1895 e faleceu em 1977 aos 81 anos de idade. Era um dos 16 atletas brasileiros que esteve nos Jogos Olímpicos de 1920 na Antuérpia. Participou das provas de natação e do polo aquático. Tinha 24 anos de idade na época, e nadou a prova dos 100 livre marcando 1:22.0 não passando das eliminatórias.

Marcos Goldenstein – Primeiro homem da América do Sul a quebrar a barreira dos 23 segundos nos 50 livre. No início da década de 80 marcou época ao fazê-lo na piscina do Julio de Lamare saindo da borda, isso mesmo, sem bloco de partida. O tempo terminou a temporada como sexto melhor do mundo.

Djan Madruga – Três vezes olímpico, cinco vezes finalista olímpico, recordista olímpico dos 400 livre em 1976, e medalhista de bronze do 4×200 livre nos Jogos de Moscou em 1980. Djan foi um dos mais versáteis nadadores da história da natação brasileira. Foi o único em toda a história da nossa natação que quebrou todos os recordes brasileiros das provas de livre, dos 100 aos 1500. Djan ainda teve dez medalhas em três Jogos Pan Americanos e oito medalhas em duas Universíades.

Jorge Fernandes – Companheiro de Djan no revezamento de bronze dos Jogos Olímpicos de Moscou em 1980, Jorge Fernandes esteve em três Olimpíadas e três Jogos Pan Americanos além das Universíades de 1981. Recordista brasileiro e sul-americano por diversas vezes, sua maior especialidade eram os 100 livre onde foi o primeiro nadador da América do Sul a nadar abaixo dos 53 segundos e o primeiro abaixo dos 52 segundos.

Gabriel Mangabeira – Duas vezes olímpico, na sua primeira em 2004 em Atenas, Manga terminou em sexto lugar a prova dos 100 borboleta. Três medalhas nos Jogos Pan Americanos e mais seis, sendo cinco de ouro no Campeonato Mundial Militar, maior medalhista da história do esporte militar brasileiro.

Romulo Arantes Filho (in memoriam ) – Rominho nos deixou prematuramente. Faleceu em acidente de ultraleve aos 42 anos de idade quando era um dos destacados atores da Rede Globo de Televisão. Três vezes nadador olímpico, Rominho foi o primeiro nadador brasileiro medalhista em Campeonatos Mundiais com o bronze nos 100 costas do Mundial de Berlim em 1978. Ele ainda teve duas medalhas em Jogos Pan Americanos e mais duas em Universíades. Primeiro sul-americano a nadar abaixo do minuto nos 100 costas, prova em que bateu o recorde nacional dez vezes.

Luiz Lima – Um dos maiores fundistas da história do Brasil e primeiro nadador de águas abetas com destaque internacional. Luiz acumulou quatro medalhas em Jogos Pan Americanos e cinco em Universíades, além de inúmeros recordes brasileiros e sul-americanos nas provas de 400, 800 e 1500 livre. Esteve em dois Jogos Olímpicos e nos Campeonatos Mundiais entre 1994 até 2009 quando participou das provas de águas abertas.

COMISSÃO TÉCNICA

Roberto de Carvalho Pavel – Um dos pioneiros na ciência da natação no país. Estudioso, pesquisador e inovador, teve papel destacado no treinamento e na parte acadêmica da natação carioca e brasileira. Comandou as equipes do Guanabara, Botafogo, e Gama Filho.

Denir de Freitas (in memoriam ) – Comandante do Fluminense e treinador da Seleção Brasileira em cinco Olimpíadas, marcou época como um dos maiores técnicos do país em todos os tempos.

Rosane Carneiro – A primeira e única mulher a treinar a Seleção Brasileira Olímpica. Técnica de destaque no Botafogo e Flamengo, comandou Kaio Márcio Almeida nos seus melhores resultados internacionais e Joanna Maranhão na sua semifinal olímpica de 2012 em Londres.

Alberto Klar – Depois de um belo trabalho no Flamengo, onde era o responsável pelo trabalho com Patricia Amorim, Alberto Klar mudou a geografia da natação brasileira ao assumir o Pinheiros em São Paulo, transformando o clube no maior vitorioso da era mais recente da natação nacional.

12 respostas
  1. Alexandre Madsen
    Alexandre Madsen says:

    Coach, na mosca!!! Mariana Brochado nasceu em Cachoeiro do Itapemirim-ES, terra do Rei Roberto Carlos. A minha fonte é boa….rsrs

  2. roberto cabral
    roberto cabral says:

    Mto bom , mas faltou nesta lista carioca a nadsdora Lucy Burle do Botafogo , campeã e recordista SulAmericana varias vezes e atleta olimpica em 1972 .

  3. Alexandre Madsen
    Alexandre Madsen says:

    Coach, há controvérsias…rsrs…Essa é a informação do Google. Pergunta para ela!!! Na época do Pan 2007, o Sportv fez uma reportagem com a então musa do Pan. Posso estar enganado, mas ela nasceu em Vitória ou Vila Velha-ES. Checa aí!!!

  4. Alex Pussieldi
    Alex Pussieldi says:

    Carlos,
    Pelo levantamento que fizemos Sylvio Kelly dos Santos era fluminense, e não carioca, a mesma coisa para Thiago Pereira e Bruno Fratus que eram outros nomes que poderiam estar na lista. Um nome super ligado a natação carioca, o treinador já falecido Daltely Guimarães era santista. A lista se restringiu apenas aos cariocas.

  5. Carlos Oliveira
    Carlos Oliveira says:

    coach
    Não tenho certeza total que Silvio Kelly dos Santos era carioca…se era, merece ser incluido

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