O recorde de 8:05.29 batido ontem na terceira etapa do Maria Lenk na piscina do União pode ter sido apagado, mas a alegria que Joanna Maranhão, Monique Ferreira, Paula Baracho e Mariana Brochado, pela ordem que nadaram a prova, jamais será esquecida.

Pela manhã, nas eliminatórias, a mesma ordem o recorde sul-americano já havia sido estabelecido numa baixada bem expressiva com 8:05.58. O recorde anterior era do time campeão panamericano do ano anterior em Santo Domingo na República Dominicana com 8:10.54.

reveza

No time do Pan, a equipe nadou com Monique Ferreira, Mariana Brochado, Ana Carolina Muniz e Paula Baracho. Foi o mesmo time do Mundial de 2003 que 18 dias antes havia quebrado o recorde de 8:13.13.

Assim, em um ano, de 2003 para 2004 o revezamento 4×200 livre feminino baixou quase oito segundos.

Joanna Maranhão que abriu ontem a nova equipe recordista sul-americana e é a remanescente do recorde, era a mais jovem da equipe com apenas 17 anos. Agora, a mais veterana com 27.

Monique Ferreira era a mais veterana em 2004, tinha 24 anos, Paula Baracho 23 e Mariana Brochado 19.

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Duas cariocas, duas pernambucanas, mas cada uma nadava em um clube com treinadores diferentes. Monique era atleta do Unisanta e nadava com Márcio Latuf. Mariana Brochado era do Flamengo e sob o comando de Marco Lamah. Paula Baracho defendia o Pinheiros e treinava com Alberto Pinto da Silva e Joanna Maranhão defendia o Nikita SESI e tinha Nuno Trigueiro como técnico.

O melhor tempo da equipe era de Mariana Brochado, na época a recordista sul-americana com os 2:01.17 feitos no Mundial de Barcelona em 2003. Mariana tinha nadado sete vezes para 2:01 desde 2002. Na seletiva para Atenas, venceu o Troféu Brasil com 2:01.96.

Monique Ferreira era a recordista sul-americana anterior com 2:02.14 feitos em 2000. Para Atenas, Monique ficou em terceiro no Troféu Brasil com 2:02.99. Paula Baracho foi a vice campeã com 2:02.61.

Joanna Maranhão nadou em observação, apenas nas eliminatórias e fez 2:03.03. Juliana Kury, que na época defendia o ECUS de Suzano sob o comando do então jovem treinador Sérgio Onha Marques, foi a quarta nas eliminatórias com 2:03.34 e na final chegou perto da marca de Joanna com 2:03.08.

Por cinco centésimos, Joanna ganhou a quarta posição do time do 4×200 livre em Atenas, mas foi designada para abrir, tanto nas eliminatórias com 2:01.38 como na final com 2:01.20, em ambas ameaçando o recorde sul-americano de Mariana Brochado.

O que aquelas quatro meninas fizeram está guardado na história do nosso esporte. As Meninas de Atenas , documentário recentemente lançado, mostra detalhes daquela bela conquista e mesmo com o recorde batido ontem, jamais sairá de nossa memória e corações.

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