A nova regra aprovada este ano pela Assembléia da CBDA e por unanimidade pelo Conselho Técnico Nacional no ano passado, nadadores estrangeiros representando os clubes brasileiros vai ser coisa cada vez mais rara. A nova regra determina que a bonificação de recordes sul-americanos só serão válidas para atletas estrangeiros desde que sejam melhores do que o respectivo recorde de campeonato.

Com isso, a tendência vai ser nadadores estrangeiros apenas para colaborar em pontuação, como aconteceu com os argentinos do Minas, Unisanta e União, ou trazer grandes nomes da natação mundial desde que esteja preparados para nadar forte e com boas performances.

Reconhecido com uma das principais competições nacionais, o Troféu Maria Lenk atraiu os nadadores da América do Sul que vieram em buscas de marcas e classificações para os Jogos Pan Americanos e Campeonato Mundial de Kazan.

Andrea Berrino com seu treinador Federico Rossi

Andrea Berrino com seu treinador Federico Rossi

O maior contingente presente a piscina do Fluminense era dos argentinos. Os “hermanos” conquistaram seis novos recordes nacionais, sendo três de cada sexo.

Novo recorde nacional nos 50 livre para Aixa Triay com 26.01, para Andrea Berrino nos 50 costas com 28.98, dois recordes para Santiago Grassi nos 50 borboleta com 23.90 e 52.68 nos 100 borboleta e os revezamentos 4×50 livre.

Santiago Grassi foi o maior destaque do grupo apagando o recorde mais antigo da natação argentina, os 100 borboleta de José Meolans desde 2003 com 52.93, na época nadando pelo Pinheiros no Troféu Maria Lenk. Grassi nadou no Campeonato Argentino para 52.94 e repetiu a mesma marca nas eliminatórias do Maria Lenk. Depois de duas vezes a apenas um centésimo do recorde, fez uma tomada de tempo detonando a marca para 52.68.

Na sexta-feira, em outra tomada de tempo, fez o recorde dos 50 borboleta se tornando no primeiro argentino abaixo dos 24 segundos quebrando a marca de Marcos Barale que era de 24.05 desde 2012.

Renato Prono com seu treinador brasileiro Angelo Camarossano

Renato Prono com seu treinador brasileiro Angelo Camarossano

Novo recorde nacional para o paraguaio Renato Prono que fez no sábado a última tomada de tempo com expressivos 27.37 nos 50 peito, depois de 27.45 nas eliminatórias. A marca lhe coloca em oitavo do ranking mundial de 2015. Prono ainda nadou os 100 peito para 1:02.48 nas eliminatórias da prova.

Dos equatorianos do Fluminense, desta vez apenas Samantha Arevalos se destacou. A nadadora nunca tinha vencido uma prova no Maria Lenk, e desta vez levou duas. Venceu os 800 e 1500 livre, mas viajou antes da disputa dos 400 livre. Os dois vieram para o Maria Lenk sem descansar, treinando especificamente para as águas abertas.

Pódio dos 1500 livre feminino

Pódio dos 1500 livre feminino

Arevalos e Esteban Enderica estarão na etapa da Copa do Mundo de Cancún no México em maio e nos Jogos Pan Americanos vão participar apenas da prova de águas abertas. No Mundial de Kazan, vão nadar tanto as águas abertas como as provas de piscina.

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