O cadastramento para a compra de ingressos dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 terminou no dia 30 de abril. Não, foi prorrogado, agora é no dia 6 de maio.

Grande novidade, tudo, ou quase tudo, mas quase tudo mesmo, neste processo olímpico do Rio de Janeiro é prorrogado e prazos não são cumpridos. Adiamentos e retardamentos tem sido uma constante desde o início de todo este processo no dia 2 de outubro de 2009.

Não foi a toa que o Vice Presidente do COI, o australiano John Coates, declarou há exatamente um ano que o Rio 2016 estava sendo “a pior experiência que a entidade já tinha passado”. Ficamos revoltados, dirigentes reclamaram, políticos entraram na onda, mas é a verdade. Infelizmente.

Londres 2012 foi conhecida como a Olimpíada onde tudo rodou dentro do previsto, do programado. A nossa, bem…

O “jeitinho brasileiro” e principalmente a falta de compromisso com o tempo é uma característica nacional. Entre obras embargadas seja pelo Ministério Público ou pelo Ministério do Trabalho, pelas brigas entre o Corinthians e a Prefeitura de São Paulo, o laboratório descredenciado pela WADA, a interminável briga do campo de golfe e a novela mais comentada de todo este processo, o não cumprimento da limpeza da Baía de Guanabara. Pode escolher, tudo faz parte de nossa preparação olímpica, algo como desafios diários que parecem nunca ter fim.

É como a preparação de nossos atletas, os integrantes do Time Brasil que também vivenciam cortes de orçamento e mudanças de planos por conta da redução do investimento na hora em que os detalhes irão fazer ainda mais diferença.

O atraso é algo nosso, bem brasileiro. Nas obras, um levantamento do Jornal O Globo, indica que dos 36 locais de competição, seis estão atrasados e seis preocupam. As dores de cabeça são as obras do velódromo na Barra, do Julio de Lamare e Maracanã, o Estádio de Remo da Lagoa, a poluídissima Baía de Guanabara para o iatismo e o Centro de Hipismo em Deodoro.

A troca de datas de todo o processo vai mais longe. Até mesmo o anúncio dos mascotes trocou duas vezes. As obras de mobilidade urbana, e por aí vai.

Nada pode ser perfeito, e ainda mais num evento desta dimensão. O problema todo é que estes atrasados, mudanças de planos e rotas não pode mudar uma coisa. Tudo, ou quase tudo, tem de estar pronto no dia 5 de agosto de 2016, dia da abertura dos Jogos.

Se não estiver, a gente dá um jeitinho.

2 respostas
  1. Alexandre Madsen
    Alexandre Madsen says:

    Coach, se fosse “só Olimpíada” estaria bom…Às vésperas do Oi Rio Pro 2015, etapa brazuca do WCT, o esgoto invade a praia da Barra.

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