Chegou a hora, já passou da hora, ou quando será? A dúvida só vai ser respondida com o início das disputas dos Jogos Pan Americanos a partir desta semana em Toronto. A natação e os esportes aquáticos ainda não conseguiram uma só medalha de ouro para o Brasil. Estamos falando em 16 edições de Pan, 64 anos e nada de uma dourada.

Cinco modalidades, natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, polo aquático e maratonas aquáticas, nossas meninas estão na briga desde 1951, mas até hoje o tão desejado ouro do Pan Americano não saiu.

Chegamos perto, algumas vezes, ou muitas vezes como na natação, foram 11 pratas. Mais duas nas maratonas aquáticas e outra prata nos saltos ornamentais. O polo aquático e o nado sincronizado ainda não passaram do bronze.

O ouro, ou melhor, os ouros até vieram, mas nos foram tirados pelo exame anti-doping positivo de Rebeca Gusmão nos Jogos Pan Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. Na época, Rebeca venceu as provas de 50 e 100 livre respectivamente com 25.05 e 55.17.

Meses depois, Rebeca teve os resultados cassados por dois testes positivos e mais dois onde houve identificação de amostras com diferentes DNAs. O caso não só causou a perda dos ouros do Brasil, mas o fim de sua carreira com o banimento do esporte.

O difícil ouro até já esteve perto, muito perto. A prata “mais dourada” foi nos 50 livre de Guadalajara em 2011 quando a gaúcha Graciele Herrmann marcou 25.23, apenas 14 centésimos atrás da americana Lara Jackson nos 50 livre. Fabíola Molina ficou a 17 centésimos do ouro nos 100 costas no Pan de 2007 e Joanna Maranhão a 18 centésimos do ouro nos 400 medley em Guadalajara 2011.

Até nas águas abertas, onde a prova de 10 quilômetros dura mais de duas horas, Poliana Okimoto ficou a oito décimos do ouro no Pan de 2007 quando até estava na frente, mas a marola na chegada beneficiou o final da prova da americana Chloe Sutton.

Pódio da prova feminina de 10 km no Pan de 2007, com Poliana Okimoto com a medalha de prata

Pódio da prova feminina de 10 km no Pan de 2007, com Poliana Okimoto com a medalha de prata

Em busca do ouro desejado, o Brasil vai a Toronto. A natação de 11 pratas, as maratonas aquáticas de duas e os saltos ornamentais de uma sonham conquistar a primeira dourada de nossa história.

Veja a lista das pratas que “quase foram ouro” no Pan da natação e águas abertas de nossas mulheres:

14 centésimos
Graciele Herrmann 50 livre Pan 2011 25.23, 1o Lara Jackson (USA) 25.09

17 centésimos
Fabíola Molina 100 costas Pan 2007 1:02.18, 1o Julia Smit (USA) 1:02.01

18 centésimos
Joanna Maranhão 400 medley Pan 2011 4:46.33, 1o Julia Smit (USA) 4:46.15

20 centésimos
Flávia Delaroli 50 livre Pan 2003 25.44, 1o Kara Lynn Joyce (USA) 25.24

57 centésimos
Daynara de Paula 100 borboleta Pan 2011 59.30, 1o Claire Donahue (USA) 58.73

61 centésimos
Flávia Delaroli 100 livre Pan 2007 55.78, 1o Arlene Semeco (VEN) 55.17

80 centésimos
Poliana Okimoto 10 K Pan 2007, 1o Chloe Sutton (USA)

96 centésimos
Gabriele Rose 100 borboleta Pan 1995 1:01.67, 1o Amy van Dyken (USA) 1:00.71

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