800 livre feminino –
A jovem americana Sierra Schmidt entrou dançando na piscina e fez todo mundo dançar. A nadadora dos Estados Unidos imprimiu um ritmo forte, fortíssimo e implacável deixando adversárias para trás, liderando de ponta a ponta e vencendo com 8:27.54 quebrando o recorde panamericano por mais de sete segundos.
A marca anterior ainda era de Kaitlin Sandeno dos Estados Unidos que em 1999 havia nadado para 8:34.65.
Schmidt saiu forte e com parciais impressionantes. Nos primeiros 400 metros, com 4:10.97 estava abaixo da sua melhor marca pessoal na prova por quase dois segundos. Seu parcial lhe colocaria bem próximo da medalha de bronze da prova individual dos 400.
Seguiu forte na liderança, chegou a ser apertada pela chilena Kristel Kobrich, mas forçou no último parcial batendo a campeã panamericana de 2011 por mais de dois segundos.
Ouro para Schmidt com 8:27.54, prata para Kristel Kobrich 8:29.79 e bronze repetido na prova para Andreina Pinto ocupando a mesma posição de Guadalajara 2011 com 8:31.08.
As brasileiras ficaram longe. Bruna Primati com a marca da manhã, sua melhor marca pessoal de 8:40.75 ficou em sétimo lugar. Carolina Bilich piorando seu melhor tempo, terminou em nono com 8:47.94.
200 medley feminino –
Caitlin Leverenz ganhou seu segundo ouro de ponta a ponta e novamente com recorde panamericano que ela já havia quebrado nas eliminatórias com 2:11.04 baixando para 2:10.51. Seus parciais 28.14, 33.05, 37.31 e 32.01.
Joanna Maranhão chegou em quarto lugar com 2:12.39, melhorando sua marca em relação ao que havia feito no ano passado, mas ainda a dois décimos do seu próprio recorde sul-americano. Seus parciais 28.87, 33.36, 39.65 e 30.51. O parcial de crawl foi sensacional, o de borboleta também. O costas e o peito podem melhorar. Joanna precisa de mais frequência no costas e o peito precisa ser mais efetivo, as viradas, principalmente entradas e saídas de borda foram determinantes no resultado. Joanna não tem explosão e isso fica complicado nos 200 medley. Mesmo com a idade e a experiência, Joanna ainda pode baixar, e muito, nesta prova. A marca já é padrão de semifinal olímpica, mas quem conhece Joanna sabe que ela quer mais e pode mais.
A outra brasileira na prova, Gabrielle Roncatto terminou em sétimo lugar, 2:17.02 baixando por três centésimos a sua melhor marca pessoal. Seus parciais 29.78, 35.59, 40.20 e 31.45.
200 medley masculino –
Uma prova disputada do início ao fim, como se esperava. Boas marcas e abaixo do antigo recorde panamericano, como se esperava também. A vitória de Henrique Rodrigues era possível, mas não era esperada.
Henrique veio para Toronto para nadar esta prova, focado 100% nela partiu para cima e fez a sua melhor marca pessoal com 1:57.06, terceiro melhor tempo do mundo em 2015 e novo recorde da competição. Thiago Pereira que esteve na liderança por mais de 150 metros terminou com a prata e com 1:57.42, também abaixo do 1:57.79 que era o seu recorde panamericano desde 2007.
A briga foi entre os dois e o bronze ficou num distante 2:00.04 com o americano Gunnar Bentz.
Comparando os parciais de Thiago e Henrique:
Borboleta – Thiago 25.02 x 25.41 Henrique
Costas – Thiago 29.47 X 29.38 Henrique
Peito – Thiago 33.95 X 33.67 Henrique
Crawl –Thiago 28.98 X 28.60 Henrique
No acumulado:
50 metros – Thiago 25.02 X 25.41 Henrique
100 metros – Thiago 54.49 X 54.79 Henrique
150 metros – Thiago 1:28.44 X 1:28.46 Henrique
200 metros – Thiago 1:57.42 X 1:57.06
1500 livre masculino –
O ouro foi de Ryan Cochrane do Canadá com 15:06.40, a prata foi do americano Andrew Gemmell com 15:09.92, mas não há outra coisa a falar nesta prova do que a performance do jovem brasileiro Brandonn Almeida. O bronze com 15:11.70, novo recorde brasileiro da prova em performance espetacular num progressivo que poderia ter sido feito em momento mais cedo na prova o que poderia até ter levado o brasileiro a prata.
Brandonn chegou a começar a prova na sétima posição até os primeiros 300 metros. Melhorou para o sexto até os 1.150 metros. A partir daí virou o quinto na prova por 100 metros, e o terceiro para os últimos 150 metros.
Os parciais mostram o quanto poderia ter sido melhor a sua performance. A cada 500 metros:
500 – 5:06.47
1000 – 5:05.81
1500 – 4:59.58
Os parciais de Brandonn a cada 100 metros tendo fechado os últimos 100 metros com impressionantes 56.75:
59.49, 2:01.37, 3:03.36, 4:05.04, 5:06.47, 6:07.80, 7:09.03, 8:10.02, 9:11.24, 10:12.29, 11:13.23, 12:13.98, 13:14.62, 14:14.95, 15:11.70.
A marca quebrou o recorde brasileiro de Brandonn feito no Maria Lenk com 15:12.20.
Lucas Kanieski, o outro brasileiro da prova, não conseguiu imprimir um bom ritmo na prova e ficou sempre fora da disputa. Terminou em sétimo lugar com 15:23.91, quase 10 segundos acima do seu melhor tempo feito no Maria Lenk em abril.
Ryan Cochrane do Canadá venceu com 15:06.40 superando o antigo recorde de campeonato que era do americano Chip Peterson com 15:12.33 no Pan do Rio em 2007. Peterson esteve neste Pan participando da prova de águas abertas onde terminou com a medalha de ouro.
Revezamento 4×100 medley feminino –
As americanas não brincam em serviço. Bateram a marca panamericana pela manhã com 3:57.35 e voltaram a baixar na final com 3:56.53, utilizando a mesma equipe abrindo com Natalie Coughlin que novamente quebrou o recorde panamericano dos 100 costas com 59.05. Depios Katie Meili 1:06.06, Kelsi Worrell 57.34 de borboleta e Allison Schmitt fechando de crawl com 54.08.
O Canadá ficou num sólido segundo lugar com 3:58.51 e o Brasil num distante terceiro lugar 4:02.52. Diferente dos outros dois revezamentos, não foi uma boa performance.
Etiene Medeiros piorou mais de um segundo da marca que havia feito na sua vitória dos 100 costas abrindo com 1:00.65. Jhennifer Conceição nadou para 1:08.50 seguida por Daynara de Paula com 58.41 e Larissa Oliveira fechando com 54.96.
Revezamento 4×100 medley masculino –
Não pelo ouro que fechou a competição, mas a atitude da equipe masculina no último revezamento foi diferente. Guilherme Guido abriu para novo recorde sul-americano e panamericano batendo o americano Nick Thoman que havia lhe vencido na prova individual.
De ponta a ponta, Gjuido passou na frente com 25.81 numa saída muito boa e tomando a liderança para não perder até o final com 53.12. Felipe França abriu a diferença nadando para 59.81 depois de passar os primeiros 50 metros com 27.73. O borboleta foi de Arthur Mendes, único parcial que os americanos bateram o Brasil. Arthur passou com 24.14 e fechou com 52.14 contra 51.85 de Giles Smith. Marcelo Chierighini fechou com 47.61 depois de passar com 22.48 nos primeiros 50 metros.
A equipe levou o ouro com 3:32.68 novo recorde panamericano derrubando a marca dos Estados Unidos desde 2007 com 3:34.37.
Brasil ouro, Estados Unidos prata com 3:33.63 e o Canadá em terceiro com 3:34.40.
Guilherme Roseguini e Mari Brochado tbm….rsrs
Últimos 800m do Brandonn foi 8:02. O recorde sul-americano dos 800m é 7:57.60. Ta bem perto de cair…
Assisti apenas o último dia. Estão de parabéns essa equipe, Luiz Carlos, Coach, Molina.
Essa é a formação ideal para Rio 2016.