Veja como foi prova a prova a etapa que abriu o Mundial de Kazan.

100 borboleta feminino semifinal –
Só existe duas medalhas em disputa, só duas. O ouro já é de Sarah Sjoestroem da Suécia. Mesmo na semifinal, mandou logo um recorde mundial com 55.74 se tornando na segunda nadadora da história a quebrar a barreira dos 56 segundos nos 100 borboleta. A sueca passou com 26.46 voltando com 29.28. Na eliminatória, havia feito 56.47 com 26.54 de parcial.
O recorde mundial era de Danna Volmer desde a Olimpíada de 2012 com 55.98. Sjoestroem tinha 56.04 feitos no Sette Colli, na Itália, há dois meses.
Na série anterior, Jeanette Ottesen venceu com 57.04 passando mais forte, 26.33. O melhor de Ottesen é 56.51 feitos no Europeu do ano passado. Próximo a ela mais seis nadadoras na casa dos 57 segundos. A oitava foi a única que nadou para 58 segundos. Por sinal, um desempate para ser feito provavelmente nas eliminatórias desta segunda-feira entre Noemie Thomas do Canadá e a holandesa Inge Dekker, ambas com 58.05.
Olhando para as brasileiras, e principalmente Daynara de Paula e sua constância de 58s nos 100 borboleta, é uma marca que poderia estar fazendo. Não conseguiu render o esperado nem no Pan, nem em Kazan, e como se vê uma final de Mundial não está tão longe.

400 livre masculino –
O primeiro ouro do Mundial de Kazan é chinês. Sun Yang deu aula de natação para os críticos, para os adversários. E mesmo, com 24 anos de idade, bi campeão mundial e campeão olímpico, ainda foi capaz de se emocionar no pódio ao receber o ouro pelos 3:42.58, melhor tempo do mundo em 2015. James Guy, o jovem britânico de 20 anos foi corajoso e destemido ao desafiar Yang e se manter na liderança até os 300 metros, mas incapaz de segurar o final do chinês. Mesmo assim, com 3:43.75 estabeleceu novo recorde britânico superando a sua própria marca de 3:44.15 feitas no Campeonato Nacional em abril passado.
Sempre fechando muito bem, Ryan Cochrane do Canadá chegou a sua sétima medalha em Mundiais, a primeira nos 400 livre com 3:44.59.

200 medley feminino semifinal –

Joanna Maranhao. Campeonato Mundial de Desportos Aquaticos no Kazan Arena. 02 de agosto de 2015, Kazan, Russia. Foto: Satiro Sodre/SSPress

Joanna Maranhao. Campeonato Mundial de Desportos Aquaticos no Kazan Arena. 02 de agosto de 2015, Kazan, Russia. Foto: Satiro Sodre/SSPress

Enquanto Katinka Hosszu quebrava o recorde europeu pela segunda vez no mesmo dia, Joanna Maranhão tentava a sua primeira final de Mundial. Hosszu conseguiu, 2:06.84 quebrando os 2:07.30 feitos nas eliminatórias. Joanna até baixou o tempo da eliminatória em um décimo, fez 2:12.64, mas ainda distante sete décimos de uma final. A oitava vaga ficou para a chinesa Shiwen Ye com 2:11.39.
Katinka Hosszu fez todos parciais mais fortes, 27.44, 59.56 (32.12), 1:36.87 (37.31) e 2:06.84 (29.97). Está atrás do recorde mundial que é da americana Ariana Kukors com 2:06.15 desde 2009. Esta foi a segunda melhor marca da história.
Comparando o tempo de Hosszu com o recorde mundial:
Hosszu 27.44 X 27.72 Kukors
Hosszu 59.56 X 59.24 Kukors
Hosszu 1:36.87 X 1:36.31 Kukors
Hosszu 2:06.84 X 2:06.15 Kukors
Ainda tivemos mais três nadadoras abaixo dos 2:10. Siobhan Marie O’Connor da Grã-Bretanha 2:08.45, Kanako Watanabe do Japão 2:09.61 e Maya Dirado dos Estados Unidos 2:09.82.
Joanna Maranhão terminou em 13o lugar. Melhorou dos 2:12.74 da manhã para 2:12.64. Sua melhor marca 2:12.12, recorde sul-americano de 2009 e o melhor sem trajes do Pan de Toronto. Seus parciais 28.75, 1:02.11 (33.36), 1:42.21 (40.10) e 2:12.64 (30.43). Joanna ainda acha que “não tem velocidade” para a prova. Entretanto, um bom resultado nos 200 medley vai lhe ajudar e muito na performance dos 400 medley. Faltam ajustes, e assim como nos 400 medley onde a baixada de tempo veio com dois segundos, os 200 medley tem tudo para cair, mesmo que não “seja sua principal prova”, como ela mesmo define.

50 borboleta masculino semifinal –

Nicholas Santos. Campeonato Mundial de Desportos Aquaticos no Kazan Arena. 02 de agosto de 2015, Kazan, Russia. Foto: Satiro Sodre/SSPress

Nicholas Santos. Campeonato Mundial de Desportos Aquaticos no Kazan Arena. 02 de agosto de 2015, Kazan, Russia. Foto: Satiro Sodre/SSPress

O francês Florent Manaudou foi o único abaixo dos 23 segundos. Nadou para 22.84 e igualou o recorde nacional da França que é de Fred Bousquet desde 2009. Na primeira série, Nicholas Santos foi o vencedor e entrou com o segundo tempo marcando 23.05 batendo Laszlo Cseh da Hungria por um centésimo e o polonês Konrad Czerniak por dois, ambos na mesma série. Nicholas teve uma excelente saída e liderou de ponta a ponta.
César Cielo melhorou a performance da manhã, saiu melhor, cresceu na prova, mas errou a chegada, de novo. Fez 23.29, oitavo tempo para a final. Cielo tem constantemente chegado com braços em deslize e levantando a cabeça antes de tocar a parede.
Ganhou a oitava vaga por apenas um centésimo deixando o canadense Santo Condorelli com 23.30 de fora da final.
Decepção em ver Chad Le Clos da África do Sul em 14o lugar com 23.49. O sul-africano, atual campeão mundial de piscina curta, nadava para fazer história em busca de ganhar as três provas de borboleta (50, 100 e 200). A primeira já se foi.
Na final de amanhã, Manaudou é o favorito, mas tanto Cielo como Nicholas tem condições de nadar para 22 segundos. E quem nada para 22 disputa a prova.

400 livre feminino –
Terceira melhor marca da história e novo recorde de campeonato para Katie Ledecky e seus 3:59.13. Melhor que isso apenas os 3:58.37 recorde mundial do Pan Pacífico no ano passado e 3:58.86 do Campeonato Americano também no ano passado.
Ledecky estava em ritmo de recorde mundial, mas foi nos últimos 150 metros que o ritmo começou a cair. Seus parciais:
27.69, 57.04 (29.35), 1:27.06 (30.02), 1:57.13 (30.07), 2:27.77 (30.64), 2:58.56 (30.79), 3:29.56 (31.00) 3:59.13 (29.57).
O recorde de campeonato era de Federica Pellegrini da Itália do Mundial de 2009 com 3:59.15.
No pódio, prata para a holandesa Sharon Van Rouwendaal com 4:03.02 e bronze para Jessica Ashwood 4:03.34.
Rouwendaal se tornou na primeira nadadora da história a ganhar medalhas em Mundiais de natação e águas abertas na mesma edição. A holandesa havia sido prata nos 10 quilômetros e na prova por equipes das águas abertas.
Duas medalhistas do último Mundial chegaram a final, mas ficaram de fora do pódio. Melani Costa da Espanha, prata em 2013, ficou em sexto com 4:06.50 e Lauren Boyle da Nova Zelândia, bronze em 2013 terminou em quinto lugar com 4:04.38.

100 peito masculino semifinal –

Felipe Franca. Campeonato Mundial de Desportos Aquaticos no Kazan Arena. 02 de agosto de 2015, Kazan, Russia. Foto: Satiro Sodre/SSPress

Felipe Franca. Campeonato Mundial de Desportos Aquaticos no Kazan Arena. 02 de agosto de 2015, Kazan, Russia. Foto: Satiro Sodre/SSPress

Um duelo de titãs. Cameron van der Burgh da África do Sul quebrou o recorde de campeonato na primeira série da semifinal com 58.49. O recorde era de Peaty das eliminatórias com 58.52. Na série seguinte, Adam Peaty quebra de novo 58.18. Os dois junto com Giedrius Titenis da Lituânia com 58.96 foram os únicos a nadar abaixo dos 59 segundos. Depois foram mais oito nadadores na casa dos 59 segundos. O oitavo para a final, Ross Murdoch da Grã-Bretanha com 59.75. Felipe França saiu forte, mas cansou muito no final e terminou em 11o lugar com 59.89. Seus parciais foram 27.35 e 32.54.
Felipe Lima decidiu mudar a estratégia da prova da manhã. Decidiu passar forte, 27.76, mas cansou na volta e com 32.43 nadou para 1:00.19, 13o lugar.
A briga da final ficará entre van der Burgh e Peaty. Comparando os dois parciais:
Peaty 27.21 X 27.36 Van der Burgh
Peaty 30.97 X 31.13 Van der Burgh
Peaty 58.18 X 58.49 Van der Burgh

Revezamento 4×100 livre feminino –
Só não foi de ponta a ponta porque Emily Seebohm abriu em quarto lugar. Depois de Emma McKeon só deu Austrália. Vitória com 3:31.48, novo recorde de campeonato apagando os 3:31.72 da Holanda ainda de 2009.
Os parciais da Austrálaia Seebohm 53.92, Emma McKeon 53.92, Bront Campbell 51.77 e Cate Campbell 52.22.
A Holanda que abriu na frente com Ranomi Kromowidjojo terminou em segundo com 3:33.67. Seu melhor parcial foi Femke Heemskerk fechando com 51.99.
Os Estados Unidos ficaram em terceiro lugar com 3:34.61 Missy Franklin abriu o revezamento para 53.68.
A Austrália não vencia a prova desde o Mundial de 2007. O pódio foi o mesmo do último Mundial, sendo que em 2013, venceu a equipe americana, prata para a Austrália e bronze para a Holanda. As holandesas completaram cinco Mundiais consecutivos com medalhas na prova. Foram bronze em 2007, ouro em 2009 e 2011 e bronze em 2013 e hoje prata.

Revezamento 4×100 livre masculino –

Revezamento 4x100 metros livre. Campeonato Mundial de Desportos Aquaticos no Kazan Arena. 02 de agosto de 2015, Kazan, Russia. Foto: Satiro Sodre/SSPress

Revezamento 4×100 metros livre. Campeonato Mundial de Desportos Aquaticos no Kazan Arena. 02 de agosto de 2015, Kazan, Russia. Foto: Satiro Sodre/SSPress

Confirmado o favoritismo, a França não teve dificuldades para conquistar o bi campeonato mundial com 3:10.74. A surpresa foi Florent Manaudou em segundo na equipe. Seu resultado não foi nada espetacular (47.93), mas sua presença foi uma alternativa para garantir a vitória.
Mehdy Metella abriu em segundo para a França com 48.37, depois Manaudou 47.93, Fabien Gilot o terceiro com 47.08 e Jeremy Stravius com 47.36.
A Rússia ficou em segundo tendo Vlad Morozov que foi o melhor parcial da prova com 46.95 depois de 21.71 no parcial.
A Itália nos levou o bronze com 3:12.53, quase um segundo a frente do Brasil, quarto lugar com 3:13.22.
Nos parciais da Itália, o melhor foi do veterano Fillipo Magnini nadando seu sexto Mundial com 47.55 depois de um parcial muito forte de 22.18.
O Brasil ficou em quarto lugar com 3:13.22. Posição que mantivemos quase que toda a prova. Apenas durante a terceira perna, com Bruno Fratus que subimos para terceiro lugar, no restante da prova foi um sólido quarto colocado.
Marcelo Chierighini abriu com 48.54 depois de 23.15 de parcial. Matheus Santana nadou para 48.20 com parcial de 22.88, Brunno Fratus foi o teceiro com 48.08 com parcial de 22.36, João de Lucca fechou com 48.40 com parcial de 23.09

3 respostas
  1. Francisco
    Francisco says:

    O Felipe França devia ter entrado na final dos 100 peito. Já tá mais que na hora! Afinal de contas; nas olimpíadas não tem a prova dos 50 peito! Falta o nadador brasileiro ter uma mentalidade de valorizar(e treinar) mais as provas da natação que são olímpicas (de 100 e 200 metros).

  2. Swammer
    Swammer says:

    Triste o Franca nao entrar…acho que foi o risco de ter raspado pro Pan. Ta na hora dele entrar numa final de 100

  3. Marcio S.
    Marcio S. says:

    Está na hora de nadarem pra 47. Mateus Santana está polido? Já deveria estar nadando pra 47 na saída lançada…

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