Veja como foram as finais desta sexta-feira em Kazan, prova a prova:
100 LIVRE FEMININO –
A briga era de quem passa na frente e de quem volta melhor, mas ninguém esperava que a irmã menor das Campbell fosse esta nadadora. Todas as atenções estavam para Cate, e Bronte foi embora, 25.15 no pé contra 25.16 da irmã e 25.58 de Sarah Sjoestroem da Suécia.
Na volta, Sjoestroem voltou 27.12 contra 27.37 de Bronte, não foi o suficiente, Bronte Campbell ouro com 52.52 prata para Sjoestroem 52.70 e bronze para Cate Campbell 52.82.
Com o resultado, Kornelia Ender da Alemanhã Oriental segue como a única bi campeã da história, nos dois primeiros Mundiais em 1973 e 1975. A Austrália chegou ao seu terceiro título e Sarah Sjoestroem é bi vice campeã.
Simone Manuel foi a melhor americana na prova, terminou em sexto lugar com 53.93. Mantém uma tradição de insucesso americano nos 100 livre feminino. A última medalha foi um bronze em 2005 com Natalie Coughlin e o último título foi Nicole Haislett em 1991.
200 COSTAS MASCULINO –
Pela primeira vez um australiano se sagrou campeão mundial dos 200 costas, mas depois de assistir as eliminatórias com Mitchell Larkin nadando para 1:55.88 com o melhor tempo, 1:54.29 recorde da Oceania na semifinal melhor tempo, a vitória era esperada. E ele ainda fez mais especial com 1:53.58, novo recorde continental e se tornando no quinto melhor nadador da prova na história. Foi a oitava performance, a quarta da era pós trajes.
Seus parciais 27.07, 56.15 (29.08), 1:25.12 (28.97) e 1:53.58 (28.46).
A vitória no final foi fácil, Radoslaw Kawecki da Polônia terminou em segundo com 1:54.55 e Evgeny Rylov da Rússia em terceiro com 1:54.60. Rylov tinha 1:57.08 no ano passado e faz a sua estreia em Mundiais. Com o resultado de hoje, bateu o recorde nacional da Rússia que era 1:54.75 de Arkady Vyatchanin desde 2009.
Ryosuke Irie do Japão depois de dois vice campeonatos mundiais acabou em quarto lugar com 1:541.81. Nadou os primeiros 100 metros na liderança, caiu para segundo nos 150 e fechou 29.63 caindo fora do pódio.
200 COSTAS FEMININO SEMIFINAL –
Um recorde histórico caiu hoje. Krisztina Egerszegy nadou para 2:06.62 em 1991 durante o Campeonato Europeu. O recorde mundial foi um dos que mais durou e foi batido numa época onde a adversária chegava a quase cinco segundos atrás.
Katinka Hosszu veio de um dia completo de descansao para fazer o melhor tempo da semifinal com 2:06.18 apagando o recorde húngaro mais antigo em ritmo de prova forte do início ao fim. Seus parciais 29.58, 1:01.22 (31.64), 1:33.47 (32.25) e 2:06.18 (32.71).
Emily Seebohm da Austrália ficou em segundo com 2:06.56 fechando os últimos 50 metros melhor que Katinka com 32.01.
Missy Franklin que teve apenas 17 minutos de descanso após ficar em sétimo nos 100 livre ficou com o terceiro tempo 2:07.79. Nadou apenas para passar a final.
A alemã Jenny Mensing foi a oitava classificada com 2:09.16. Kirsty Coventry do Zimbabwe ficou em 14o lugar , mas com 2:10.74 garantiu a sua classificação para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Será a sua quinta Olimpíada.
50 LIVRE MASCULINO SEMIFINAL –

Bruno Fratus. Campeonato Mundial de Desportos Aquaticos no Kazan Arena. 07 de agosto de 2015, Kazan, Russia. Foto: Satiro Sodre/SSPress
Se alguém esperava ver o show de Florent Manaudou viu uma bela disputa que promete para este sábado.
“Mordido” pelo sétimo lugar nos 100 livre, Nathan Adrian foi com tudo e nadou para 21.37 fazendo o melhor tempo da semifinal, o melhor tempo do mundo este ano e novo recorde americano superando os 21.40 de Cullen Jones, intocável desde 2009.
Entra para o Top 10 dos mais rápidos nadadores da história nos 50 livre. Sua melhor marca pessoal era 21.46.
O francês Florent Manaudou pode até ter se poupado, mas não demonstrou como fez na chegada Usain Bolt da eliminatória. Desta vez, venceu a série com 21.41, mas bem apertado por Bruno Fratus que chegou em terceiro com 21.60. A briga pelas medalhas parece estar destinada aos três.
Bruno teve uma boa saída, conseguiu se aproximar de Manaudou no final, mas não o suficiente. Na lista dos seus melhores tempos, ele nadou quatro vezes melhor do que isso e igualou o tempo feito na final de Londres:
21.41 no Open em dezembro de 2014
21.44 no Pan Pacífico 2014
21.45 no Maria Lenk 2014
21.45 no Open eliminatórias 2014
21.61 na final das Olimpíadas
Pela manhã, nas eliminatórias foram quatro nadadores na casa do 21. Na semifinal, foram sete e um empate para decidir quem será o oitavo.
Pela ordem:
Nathan Adrian 21.37, Florent Manaudou 21.41, Bruno Fratus 21.60, Marco Orsi 21.86, Ben Proud 21.88, Krstian Gkolomeev 21.89, Andrii Govorov 21.93 e o empate entre Vladimir Morozov e Anthony Ervin em 22.02.
A prova aconteceu após o revezamento 4×200 livre e os dois nadaram na casa dos 21 segundos. Com melhor saída Morozov 21.90 contra 21.98 de Ervin.
200 PEITO FEMININO –
Primeira vitória japonesa nos 200 peito feminino em mundiais em prova que teve o primeiro empate triplo da história da competição.
Kanako Watanabe do Japão soube dividir a prova e atacar na hora certa. Venceu com 2:21.15 com parciais de 32.69, 1:08.37 (35.68), 1:44.55 (36.18) e 2:21.15 (36.60).
Rikke Pedersen, atual recordista mundial, liderou a prova desde o início até os 175 metros, mas não conseguiu conter o ataque da japonesa e o pior, caiu para Micah Lawrence dos Estados Unidos e acabou na terceira posição empatada com Jinglin Shi da China Jessica Vall da Espanha.
Micah Lawrence sempre fechando bem ficou em segundo com 2:22.44 e o triplo empate entre Vall, Pedersen e Shi foi com 2:22.76.
100 BORBOLETA MASCULINO SEMIFINAL –
Laszlo Cseh bateu o ranking da Hungria nos 100 borboleta com 50.91 nas eliminatórias, a marca é o melhor tempo feito na prova desde a final olímpica de Londres em 2012.
Na semifinal, o nível da prova continuou a crescer. Veja o que foi necessário para passar as finais nos últimos três anos:
2011 – Mundial de Shanghai, 8o 51.97
2012 – Olimpíada de Londres, 8o 51.87
2013 – Mundial de Barcelona, 8o 51.78
Na prova de hoje, Pawel Korzeniowski da Polônia, campeão mundial da prova em 2005, foi o oitavo com 51.51. Todos passaram na casa dos 51 segundos e apenas 48 centésimos separam o primeiro do oitavo colocado.
O melhor tempo foi dividido entre o americano Tom Shields e Laszlo Cseh com 51.03. Chad Le Clos, parecendo estar se poupando, foi terceiro com 51.11.
Zhuhao Li da China quebrou o recorde mundial júnior com 51.33.
50 BORBOLETA FEMININO SEMIFINAL –

Daynara de Paula. Campeonato Mundial de Desportos Aquaticos no Kazan Arena. 07 de agosto de 2015, Kazan, Russia. Foto: Satiro Sodre/SSPress
Novo recorde de campeonato para Sarah Sjoestroem da Suécia com 25.06 superando a marca da compatriota Therese Alshammar de 2009 por um centésimo. Jeanette Ottesen da Dinamarca, como de costume, teve uma saída sensacional e um nado submerso diferenciado. Fez o melhor tempo da primeira série com 25.27. As duas se distanciam das demais. Fran Halsall da Grã-Bretanha ficou em terceiro num distante 21.71, quase meio segundo atrás.
A egípcia Farida Osman com 25.88 ficou em sexto lugar e quebrou o recorde da África. O oitavo lugar ficou para a polonesa Anna Dowgiert com 25.91.
A brasileira Daynara de Paula ficou em 13o lugar com 26.24 fazendo o seu melhor tempo da era pós trajes. Sua melhor marca pessoal é 25.85 quando ficou em oitavo lugar no Mundial de 2009. Na era pós trajes, o seu melhor era 26.26 do Maria Lenk 2012.
200 PEITO MASCULINO –
Prova com alternância de liderança e decidida no final. O japonês Yasuhiro Koseki saiu na frente, igual havia feito na semifinal, sendo que desta vez caiu ainda mais. Passou com 28.60 e 1:01.22 na liderança. Nos 150 metros, a prova tinha novo líder, o alemão Marco Koch com 1:34.43. Passou Daniel Gyurta que era o segundo colocado. Nos últimos 50 metros, Koch continuou a crescer e trouxe o americano Kevin Cordes junto. Vitória de Koch com 2:07.76, Cordes em segundo 2:08.05 e Daniel Gyurta e seu sonho de tetra campeonato em terceiro com 2:08.10.
Koseki foi parar em quinto lugar com 2:09.12.
Foi a primeira vitória alemã nesta prova em Mundiais e Koch havia sido prata em 2013 com 2:08.54.
REVEZAMENTO 4X200 LIVRE MASCULINO –
Que prova! Que reação e que determinação do time britânico que venceu o seu primeiro título mundial de revezamentos masculino. A prova parecia ter um dono e iria coroar os Estados Unidos chegando ao hexa campeonato tendo Ryan Lochte, um nadador que iria fazer história. Estava na equipe desde o primeiro título em 2005, depois 2007, 2009, 2011 e 2013. Hoje, abriu com 1:45.71, melhor do que os 1:45.83 feitos na prova quando ficou em quarto lugar.
Conor Dwyer segurou na frente com 1:45.33, Reed Malone segurou a liderança com 1:46.92, mas foi Michael Weiss, o mesmo que desclassificou (e depois colocou a equipe de volta no pódio do Pan) onde os americanos perderam a liderança e a prova. nadou para 1:46.79 sendo atropelado pelo jovem James Guy e seus 1:44.74.
Os britânicos enquanto isso abriram em quinto com Daniel Wallace 1:47.04, Robert Renwick trouxe a equipe para terceiro com 1:45.98, Calum Jarvis manteve o terceiro com 1:46.57 e James Guy fechou para 1:44.74, ouro 7:04.33. Grã-Bretanha, a mesma equipe que havia sido oitava colocada no Mundial de 2013, oito segundos acima deste tempo, agora é campeã mundial.
Estados Unidos prata com 7:04.75 e Austrália sem Grant Hackett, que nadou apenas as eliminatórias bronze com 7:05.34.
Coach depois do Bovell no mundial passado pode dar qualquer um dos 8,Morozov vem forte
Coach, essa opinião não é baseada em números, apenas uma impressão: pra mim este mundial é da Hungria e da Grã-bretanha. Excelentes resultados desses dois países!
Nathan Adrian, com o ombro machucado, depois de ter nadado os 100 L um segundo pior que o seu melhor, quebrou o recorde americano….
Superacao.