Mudança na classificação em dia de título inédito para Andreas Mickosz nos 200 peito. Veja em detalhes o segundo dia do Troféu José Finkel em São Paulo.

200 peito masculino –

Andreas Mickosz. Trofeu Jose Finkel de natacao no Clube Pinheitos, 18 de Agosto de 2015, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Vitor Silva / SSPress.

Andreas Mickosz. Trofeu Jose Finkel de natacao no Clube Pinheitos, 18 de Agosto de 2015, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Vitor Silva / SSPress.

Oportunidades não se perdem. E Andreas Mickosz do Corinthians levou isso a sério. Ganhou seu primeiro título nacional absoluto, fez sua melhor marca pessoal e ainda nadou abaixo do índice olímpico (2:11.66). Venceu com 2:11.65 batendo seu companheiro de treino Thiago Simon pela primeira vez, e de longe, Simon foi segundo com 2:13.10.
E foi de ponta a ponta, decidido desde o início da prova a nadar para o seu melhor fez os seguintes parciais:
29.55, 1:02.70 (33.15), 1:36.99 (34.29), 2:11.65 (34.66)
Foi a segunda vez que nadou abaixo dos 2:12. Antes, no Maria Lenk havia sido prata com 2:11.92, perdendo a prova por apenas 13 centésimos para Thiago Simon. Sua prova agora foi mais forte desde o início.
Comparando o Maria Lenk com o Finkel de Andreas Mickosz:
Maria Lenk – 30.31, 1:03.51, 1:37.40, 2:11.92
Finkel – 29.55, 1:02.70, 1:36.99, 2:11.65
Prata para Thiago Simon e bronze para Henrique Barbosa que com 2:14.37 voltou ao pódio da prova.

História da prova no Finkel:
Primeira medalha de Andreas Mickosz no Troféu José Finkel e primeiro ouro absoluto na sua carreira. Corinthians ganhou o Finkel nos 200 peito masculino pelo terceiro ano consecutivo: Matheus Louro Neto em 2013, Thiago Simon em 2014 e agora Andreas Mickosz. No ano passado, também foi dobradinha do Corinthians, Simon e França,

Resultado da prova:
1o Andreas Mickosz do Corinthians 2:11.65
2o Thiago Simon do Corinthians 2:13.10
3o Henrique Barbosa do Unisanta 2:14.37
4o Thiago Parravicini do Minas 2:15.50
5o Matheus Louro do Corinthians 2:16.63
6o Tales Cerdeira do Unisanta 2:17.28
7o Arthur Pedroso do Corinthians 2:18.28
8o Felipe França 2:18.94

200 peito feminino –

Trofeu Jose Finkel de natacao no Clube Pinheitos, 18 de Agosto de 2015, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Vitor Silva / SSPress.

Trofeu Jose Finkel de natacao no Clube Pinheitos, 18 de Agosto de 2015, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Vitor Silva / SSPress.

O recorde de campeonato já tinha caído nas eliminatórias. Era da argentina Julia Sebastian que nadou para 2:28.99 em 2013. Taylor McKeown, a australiana do Minas, fez 2:28.45 nas eliminatórias e na final nadou ainda melhor para 2:24.09. Tão bom quanto os 2:24.02 que fez no Mundial de Kazan nas eliminatórias. Na semifinal ela piorou para 2:24.41.
Julia Sebastian do Unisanta chegou num distante segundo lugar com 2:30.71 e mais distante ainda, mais de nove segundos atrás as melhores brasileiras na prova. Empate entre Andressa Sango do SESI-SP e Pamela Souza do Corinthians com 2:33.16.

História da prova no Finkel:
Julia Sebastian do Unisanta perdeu uma sequência de três títulos consecutivos desta prova no Finkel. Com a vitória australiana, são quatro anos seguidos de vitórias estrangeiras. A última brasileira vencedora foi Michelle Sambugari Schmidt com 2:37.34 em 2011.

Resultado da prova:
1o Taylor McKeown do Minas 2:24.09 novo recorde de campeonato
2o Julia Sebastian do Unisanta 2:30.71
3o Andressa Sango do SESI-SP e Pamela Souza do Corinthians 2:33.16
5o Juliana Marin do Minas 2:34.10
6o Manuela Sampaio do Minas 2:34.82
7o Thamy Ventorin do Fluminense 2:35.02
8o Renata Sander do Minas 2:36.25

100 borboleta masculino –

Henrique Martins.Trofeu Jose Finkel de natacao no Clube Pinheitos, 18 de Agosto de 2015, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Vitor Silva / SSPress.

Henrique Martins.Trofeu Jose Finkel de natacao no Clube Pinheitos, 18 de Agosto de 2015, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Vitor Silva / SSPress.

Por um centésimo, Henrique Martins do Minas fez a melhor marca brasileira do ano nos 100 borboleta masculino. Os 52.32 de sua vitória no Finkel supera os 52.33 do título de Arthur Mendes no Maria Lenk. Arthur, hoje foi bronze com 52.89 e a prata ficou para Lucas Salatta.
Henrique passou forte 24.47, mas sentiu a volta. Venceu com 52.32, quatro décimos a frente de Salatta. No parcial, Salatta mais de um segundo atrás de Henrique com 25.55, mas teve a melhor volta da prova com 27.17.
Os 52.32 é a melhor marca sem trajes para Henrique Martins. Supera os 52.57 que ele fez nas eliminatórias das Universíades. Nas semifinais da competição universitária em Gwangju no mês de julho, Henrique nadou os 100 borboleta apenas 10 minutos depois de conquistar o título dos 100 livre. Cansado, piorou para 53.33 e ficou de fora da final.
A melhor marca pessoal de Henrique ainda é da era dos trajes, 51.93 desde 2009.
Parciais dos três primeiros:
Henrique Martins – 24.47, 27.85, 52.32
Lucas Salatta – 25.55, 27.17, 52.72
Arthur Mendes – 24.71, 28.18, 52.89

História da prova no Finkel:
Henrique Martins deu a terceira vitória consecutiva nos 100 borboleta masculino ao Minas, os dois últimos anos com Marcos Macedo, desta vez fora do pódio. Henrique nunca havia sido campeão do Finkel. Foi bronze nesta prova em 2012 e 2011.

Resultado da prova:
1o Henrique Maritns do Minas 52.32
2o Lucas Salatta do Corinthians 52.72
3o Arthur Mendes do Corinthians 52.89
4o Marco Antonio Macedo do Minas e Nicholas Santos do Unisanta 52.98
6o Kaio Márcio Almeida do Minas 53.03
7o Pedro Vieira do Corinthians 53.15
8o Guilherme Rosolen do Pinheiros 53.88

100 borboleta feminino –

Daynara de Paula.Trofeu Jose Finkel de natacao no Clube Pinheitos, 18 de Agosto de 2015, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Vitor Silva / SSPress.

Daynara de Paula.Trofeu Jose Finkel de natacao no Clube Pinheitos, 18 de Agosto de 2015, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Vitor Silva / SSPress.

Se tem uma nadadora que está na hora de nadar para 57 nos 100 borboleta é Daynara de Paula. A nadadora do SESI-SP venceu o Finkel com 58.93 simplesmente seu sétimo 58 da temporada. Bruna Rocah do Corinthians chegou em segundo com 59.59. No parcial, Bruna Rocha passou na frente 27.35 contra Daynara de Paula 27.70, na volta Daynara melhor 31.23 contra 32.24 de Bruna.
Na lista dos 58 segundos de Daynara de Paula em 2015:
58.68 nas eliminatórias do Maria Lenk
58.82 na final do Maria Lenk
58.98 no Arena Pro Swim Series de Santa Clara
58.70 nas eliminatórias do Pan
58.56 na final do Pan
58.59 nas eliminatórias de Kazan
58.93 no Finkel

História da prova no Finkel:
Foi o quinto pódio consecutivo de Daynara de Paula no Finkel. No total, ela tem seis medalhas nesta prova na competição. São quatro títulos: 2006, 2009, 2013 e agora. Bruna Rocha ganhou a prata e foi sua primeira medalha nos 100 borboleta na disputa do Finkel.

Resultado da prova:
1o Daynara de Paula do SESI-SP 58.93
2o Bruna Rocha do Corinthians 59.59
3o Daiene Dias do Minas 1:00.24
4o Giovanna Diamante do SESI-SP 1:00.63
5o Dandara Antonio do Minas 1:00.80
6o Natália de Luccas do Corinthians 1:01.17
7o Clarissa Rodrigues do SESI-SP 1:01.50
8o Carolina Diamante do SESI-SP 1:03.50

1500 livre masculino –

Trofeu Jose Finkel de natacao no Clube Pinheitos, 18 de Agosto de 2015, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Vitor Silva / SSPress.

Trofeu Jose Finkel de natacao no Clube Pinheitos, 18 de Agosto de 2015, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Vitor Silva / SSPress.

Os tempos foram piores que a disputa. Miguel Valente venceu com 15:32.45 pouco mais de um segundo de vantagem sobre o companheiro de equipe Lucas Kanieski e três segundos sobre Luiz Rogério Arapiraca do Unisanta.
Melhor marca pessoal de Miguel é 15:16.07 do ano passado. Venceu o Maria Lenk com 15:22.84.
Seus parciais da prova de hoje:
59.93, 2:02.61, 3:05.65, 4:08.24, 5:10.60, 6:12.95, 7:15.09, 8:17.68, 9:20.38, 10:23.19, 11:25.81 12:27.87, 13:31.25, 14:33.89, 15:32.45.

História da prova no Finkel:
Primeira medalha de Miguel Valente no Finkel nesta prova e já veio dourada. Última dobradinha do Minas na prova havia sido em 2011 quando Juan Pereyra e Lucas Kanieski ficaram nas duas primeiras colocações da prova.

Resultado da prova:
1o Miguel Leite Valente do Minas 15:32.45
2o Lucas Kanieski do Minas 15:33.88
3o Luiz Rogério Arapiraca do Unisanta 15:35.02
4o Victor Hugo Colonese do Unisanta 15:37.35
5o Marcos Ferrari de Oliveira do Pinheiros 15:38.44
6o Raphael Mattioli do Minas 15:42.59
7o Diogo Villarinho do Minas 15:50.08
8o Luiz Gustavo Barros do União 15:51.81

Classificação Top 10 ao final do segundo dia
1o Minas Tênis Clube 782 pontos
2o Corinthians 590 pontos
3o Pinheiros 510 pontos
4o Unisanta 305 pontos
5o SESI-SP 237 pontos
6o União 208 pontos
7o Paineiras 52 pontos
8o Flamengo 47 pontos
9o Espéria 39 pontos
10o Indaiatubana 32 pontos

7 respostas
  1. Leonardo
    Leonardo says:

    Estive no Finkel no ECP e observei o estilo dos 200P da australiana. Nao sou especialista, mas me pareceu uma outra “escola” de nado, com grande aproveitamento do submerso e frequencia diferenciada de braçadas. Precisamos, talvez, de um intercambio tecnico, se possivel incluindo presença de nadadoras de base…

  2. sergio
    sergio says:

    Com este resultado, Andreas supera o tempo do bronze do Thiago Pereira em Toronto. Já é o melhor nadador jovem da América do sul nesta prova.

  3. Roberto Falcão Palhares
    Roberto Falcão Palhares says:

    O 100 borbo masculino é, neste momento, o Calcanhar de Aquiles do revezamento . Precisamos de alguém nadando para 51 baixo . Esperemos o Open.

  4. Gustavo
    Gustavo says:

    Realmente, são provas que estagnaram na mesmice. O 1.500 masculino o que nos salva é que temos uma base boa vindo aí. Brandonn ainda é júnior e tem um talento enorme, fora o Guilherme Costa. Quanto aos 200 peito feminino brinco que a CBDA deveria ir nos campeonatos americanos de base pra ver se acha alguma menina com descendência brasileira para naturalizá-la hehe. Essa é um prova decadente no Brasil, temos boas meninas na base mas não vejo ninguém ainda com potencial tão grande assim. É um absurdo ninguém ainda ter nadado pra um sub 2m30.

  5. Cássio
    Cássio says:

    Alguns resultados da natação brasileira ainda decepcionam bastante. Vide os tempos dos 200m nado peito feminino e os 1500m livre masculino. No primeiro caso são 9s em uma prova de 200 metros: um abismo de distância entre a australiana (que não é a melhor do mundo) para a melhor brasileira. Nos 1500, se Katie Ledecky viesse ao Brasil, era melhor ela disputar as provas masculinas, teria grandes chances de vitória. Coach, sei que a discussão é antiga, mas o que os clubes brasileiros devem fazer para melhorar esse panorama?
    Desculpe a crítica árdua.
    Um abraço

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