A melhor campanha do Brasil em Campeonatos Mundiais Júniors. A comparação justifica a análise e os resultados comprovam isso.

Selecao Brasileira. Campeonato Mundial de Natacao no OCBC Aquatic Centre. 22 de agosto de 2015, Singapura. Foto: Satiro Sodre/SSPress
Em números absolutos:
18 finais
4 semifinais
4 medalhas, 1 ouro, 2 pratas, 1 bronze
Em finais, o Brasil chegou a 18 quatro a mais do último Mundial e uma a menos do que no Rio 2006, na primeira edição do Mundial.
A campanha de 2006 parece um pouco fora de comparação, primeiro pelo nível do Mundial e segundo pelo fato determinante de ter sido disputada no Brasil. Na época, o Brasil teve 19 finais, 17 semifinais e 5 medalhas, sendo uma de ouro, duas de prata e duas de bronze.
Na pontuação, critério utilizado pela FINA, o Brasil terminou em oitavo lugar com 301 pontos. Por sexo, o Brasil somou 218 pontos no masculino, 35 no feminino e 48 no misto.
No quadro de medalhas, o Brasil ficou em nono lugar.
Por pontos, o melhor nadador brasileiro foi Brandonn Pierry com 8 pontos em sétimo lugar.
Por performance, o melhor brasileiro foi Pedro Spajari pelos 100 livre das semifinais com 48.87, oitava melhor performance do masculino com 884 pontos.
Melhor resultado de performance feminina veio com a única final do Brasil em Singapura, Rafaela Raurich nos 200 livre das eliminatórias com 2:01.40. A marca aparece na 80a posição do ranking feminino com 806 pontos.
Medalhas do Brasil:
Ouro – Brandonn Almeida nos 1500 livre 15:15.88
Prata – Vinicius Lanza nos 100 borboleta 52.88
Prata – Brandonn Almeida nos 400 medley 4:17.06
Bronze – Felipe Ribeiro Souza nos 100 livre 49.30
Notas das medalhas do Brasil:
1500 livre de Brandonn:
* Primeira medalha de ouro do Brasil em provas olímpicas nos Mundiais Júniors.
* Brasil não ganhava ouro em Mundiais Júniors desde 2006 com Leonardo Guedes nos 50 costas.
* Primeira medalha do Brasil em provas de fundo na história do Mundial Júnior.
100 borboleta de Vinicius Lanza:
* Brasil repete medalha por três Mundiais consecutivos nos 100 borboleta masculino.
400 medley de Brandon:
* Primeira medalha do Brasil em provas acima de 100 metros em Mundiais Júniors.
* Primeira medalha de medley do Brasil em Mundiais Júniors.
100 livre de Felipe:
* Primeira medalha do Brasil nos 100 livre em Mundiais Júniors.
* Brasil completou o ciclo, agora tem medalhas nos 100 livre em todas competições internacionais: Jogos Olímpicos, Jogos Olímpicos da Juventude, Jogos Pan Americanos, Mundial de Piscina Longa, Mundial de Piscina Curta.
Atletas que melhoraram tempos em Singapura:
Felipe Ribeiro Souza – 50 e 200 livre
Pedro Spajari – 50 e 100 ivre
Guilherme Costa – 400 livre
Caio Pumputis – 200 medley
Vinicius Lanza – 50 e 100 borboleta
Henrique Painhas – 100 borboleta
Maria Paula Heitmann – 50 livre e 100 borboleta
Rafaela Raurich – 200 e 400 livre
Luisa Braga – 800 livre
Maria Luiza Pessanha – 50 costas
Giovanny Lima – 200 livre
Atletas que não melhoraram seus tempos em Singapura:
Victor Furtado – 200 livre
Guilherme Costa – 1500 livre
Brandonn Almeida – 800 e 1500 livre, 400 medley
Guilherme Basseto – 50 e 100 costas
Nathan Bighetti – 50, 100 e 200 costas
Eduardo Amaral – 50, 100 e 200 peito
Caio Pumputis – 200 peito, 400 medley
Victor Santos – 50 borboletea
Kaue Carvalho – 200 borboleta
Henrique Painhas – 200 borboleta
Sarah Marques – 50 e 100 livre, 50 e 100 borboleta
Gabrielle Roncatto 100 e 200 livre , 100 peito, 200 medley
Maria Luiza Pessanha – 100 e 200 costas, 200 borboleta
Todas as finais do Brasil:
50m Livre Masc – 4o Felipe Souza 5o Pedro Spajari
100m Livre Masc – 3o Felipe Souza 4o Pedro Spajari
200m Livre Fem – 8o Rafaela Raurich
200m Livre Masc – 7o Felipe Souza
800m Livre Masc – 5o Brandonn Almeida
1500m Livre Masc – 1o Brandonn Almeida
50m Borboleta Masc – 8o Vinicius Lanza
100m Borboleta Masc – 2o Vinicius Lanza 6o Henrique Painhas
400m Medley Masc – 2o Brandonn Almeida
Rev. 4x100m Livre Masc – 4o Brasil
Rev. 4x100m Medley Masc – 4o Brasil
Rev. 4x100m Livre Fem – 7o Brasil
Rev. 4x100m Livre Misto – 4o Brasil
Rev. 4x100m Medley Misto – 8o Brasil
Rev. 4x200m Livre Masc – Desq. – Brasil
O tempo que citei foi o resultado da final (não para entrar), tivemos e um sexto com 15:06 e o sétimo com 15:09 Mykhailo Romanchuk (UCK) e o 8º WO do Sun Yang, então creio que “muito longe” é um termo meio forte, agora pra brigar por medalha aí sim talvez pra Tóquio em 2020.
Ele se refere aos 56′ nos 4×100
Uma das coisas mais importantes dessas competicoes juniores e a melhora de tempo e ensinar como se comportar em uma natacao competitiva.
O brasil, no geral, tem muita dificuldade de melhora de tempos individuais em competicoes internacionais, principalmente no feminino;
Não sei se a prioridade da competicao, alguma questão psicologica ou mesmo apreender como se comportar em competicoes mais fortes.
Quanto a esse ponto de vista, a competicao não foi boa. Alguns se sairam bem, mas a maioria nao.
Pera ai, Brandonn nao chega nem perto da final com o tempo dele nos 1500. Final em Kazan foi 14.57….Ta mto longe a nivel absoluto ainda
Uma correcao foi a melhora de tempo do brandon nos 800
Bom, primeira vez comentando, tentarei não falar com a paixão por ser ex-nadador amador, mas acho que mundial jr, além das medalhas, abaixar tempos deve ser muito importante também, e engraçado que um nadador que estaria próximo por tempo em uma final olímpica foi um que não ganhou medalha, que foi o Pedro nos 100 livre, o Brandonn se repetir seus melhores tempos pega final nos 400 medley e 1.500 (finais de kazan)
Minha “decepção” é saber que perto de uma Olimpíada em casa não temos chances reais de ouro em nenhuma prova, nem com o Cielo nos 50, e no feminino talvez nem final pegamos, já que a Etiene terá que nadar muito nos 100 costas e nos 50 livre.
Quanto ao quadro de medalhas nos mantemos entre os top 10, todas medalhas em provas olímpicas perto de potências como China e na frente da Grâ Bretanha e França.
no mais grande cobertura
Verdade! Vou incluir o Giovanny. A Maria Paula que abriu não melhorou não, ela nadou no Finkel para 2:01.01.
Coach faltou as melhoras de tempo do Giovany e da Raurich, abrindo os revezamentos(200 e 100 livre).
Leonardo,
A pontuação para os nadadores (apenas top 4 pontuam) é diferente da pontuação para os países (pontuação para o top 16).
Assim, primeiramente não posso deixar de parabenizar os atletas de uma maneira geral e aqueles que pegaram medalha e melhoram bastante os seus tempos, parabenizo ainda mais. Bom, a natação brasileira, felizmente, não é mais conhecida como o país de um ou dois atleta, mas agr já é reconhecida como equipe brasileira e o time brasil, por causa de sua melhora de uma forma geral. Os atletas juniores, por não estarem no auge da carreira e de tempo, deveriam sim ter melhorados os tempos de forma mais satisfatória. Pra mim, considerando e analisando o time brasil, a competição foi um pouco decepcionante, pois como foi dito no post de 44 provas individuais que o brasil caiu na agua, ele só conseguiu uma melhora de tempo ou manteve o tempo em 15 provas, praticamente 33% da seleção que melhorou de tempo e evoluiu nesse tempo de treinamento. O resto, não consegui a melhora, sendo que muitos pioraram 3, 4 segundos em provas de 200m. O Brasil conseguiu medalha e tal, aumentou um pouco o numero de finais, mas para os juniores o tempo é bem mais importante, não podemos comemorar e dizer que foi muito bom, porque não foi! É complicado, mas vejo de maneira diferente!!
Murilo, não existe um padrão de % para melhora de tempos. No alto nível, natação adulta, o nível de melhora da Seleção Americana em Jogos Olímpicos é de 30%. A equipe júnior dos Estados Unidos neste Mundial ficou abaixo disso. São muitas variáveis envolvidas, mas por ser categoria júnior a melhora precisa ser mais acentuada do que no adulto. Entre os americanos não aconteceu. Aliás, se você comparar os resultados do Brasil em Kazan com Singapura, nosso grau de melhora em Singapura foi bem maior.
Confusa essa pontuação: como pode o Brasil ter feito 301 pontos no total (218 masculino, 35 feminino e 48 misto) e o Brandon, nosso grande medalhista, apenas 8 pontos?? Não entendi… Os atletas estão de parabéns, principalmente os medalhistas e os demais que baixaram seus tempos. Que continuem assim,sempre melhorando. Para os demais é se reerguer e tentar entender o que houve de ruim, para que não ocorra em outras competições importantes no futuro…
Show de informação! Uma pena q so tivemos 15 melhores tempos contra 29 provas que nao melhoramos tempo. Acho que em competições desse nivel, para considerar uma otima competição, teriamos q ter em torno de 50% de melhores tempos.
Sempre! Esporte competitivo é sempre assim e sempre será!
Conclusão: Foi muito bom mas poderia ser ainda melhor