15 anos, jubileu de cristal para a última vez que a Seleção do Rio de Janeiro venceu pela última vez o Troféu Chico Piscina. Foi de 20 a 22 de outubro de 2000, desde então, só deu São Paulo.
Este ano, se conquistar o título, serão 15 conquistas consecutivas, algo bem diferente do que era a disputa naquela época. Naquele ano de 2000, o Rio bateu São Paulo com certa facilidade e garantia o bi campeonato repetindo o título do ano anterior. Até então, o Chico Piscina de Mococa eram 13 edições, e um equilíbrio que não se vê mais. São Paulo tinha sete títulos, os cariocas seis.
O ano de 2000 marcou a comemoração dos 500 anos de descobrimento do Brasil. Festa que acabou sendo um grande fiasco e até causou a demissão de um ministro responsável pelo evento. Na TV brasileira estreava o primeiro reality show, o “No Limite” que teve a cabeleireira Elaine como vencedora deflagrando a febre que este tipo de programa ganhou.
Para o esporte foi um ano de grandes conquistas como o número 1 do mundo para Gustavo Kuerten bi campeão de Roland Garros e o Brasil voltou a escutar o hino em uma corrida de fórmula um depois de sete anos. Foi a primeira vitória de Rubens Barrichelo. No futebol, o Corinthians foi campeão do Mundo num torneio tampão no Maracanã e o Vasco o campeão brasileiro batendo o São Caetano na final, mas somente em janeiro de 2001.
Falando em Vasco, era o ano que o clube conseguiu ser a base da Seleção Brasileira Olímpica. Num investimento tremendo do Bank of America, Eurico Miranda montou um super time montando a base do Brasil nos Jogos de Sydney. Lá, voltamos com 12 medalhas, nenhuma de ouro.
A natação teve o bronze com sabor de ouro do revezamento 4×100 livre com Fernando Scherer, Gustavo Borges, Carlos Jayme e Edvaldo Valério.
O Vasco dominou o cenário da natação nacional. Venceu o Finkel, o Troféu Brasil (Maria Lenk só ganharia o nome da competição em 2007), o Julio de Lamare, Carlos Campos Sobrinho e Maurício Bekenn. Foi o melhor ano da história da natação vascaína.
Henrique Barbosa na prova dos 200 medley
A seleção carioca que foi ao Chico Piscina daquele ano era o retrato daquela época. Era um time “turbinado” com nadadores de outros estados, muitos treinando longe do Rio de Janeiro como Rebeca Gusmão vencedora dos 50 e 100 livre juvenil e sua companheira Barbara Jatobá campeã dos 400 livre e 200 medley, ambas treianndo com Hugo Lobo em Brasília.
O Chico Piscina daquele ano é cheio de fatos importantes. Lucas Salatta, o maior nadador e medalhista da competição fazia a sua estreia, ainda como nadador infantil primeiro ano e saiu de lá sem medalhas de ouro. Foi a única vez que Salatta foi ao Chico e voltou sem subir no degrau mais alto do pódio em provas individuais. Ele foi prata nos 200 livre e 200 medley e bronze nos 100 borboleta.
Estreia no Chico Piscina para Joanna Maranhão, aos 13 anos vencendo a prova dos 100 peito com 1:17.84. Outra estreia, esta bem mais discreta, sexto lugar para Thiago Pereira nadando apenas os 100 borboleta com 1:02.53.
A natação mudou muito desde então. A briga Vasco e Flamengo que dominava o cenário nacional, deu espaço para Pinheiros e Minas Tênis Clube e mais recentemente o Corinthians entrou no cenário. Os clubes cariocas deixaram de ser protagonistas e viraram figurantes.
Kaio Márcio campeão dos 100 borboleta juvenil em 2000
Veja a lista dos atletas que faziam parte da Seleção Carioca campeã do Chico Piscina 2000:
Infantil feminino:
Fernanda Alvarenga, Carolina Sarruf, Nathália Medeiros, Márcia Barroso, Alessandra Reis, Sahori Barnabé, Carolina Marini.
Infantil masculino:
Tales Cerdeira, Victor Brandão, Fernando Souza da Silva, Bruno Brito, Thiago Pereira, Sérgio Oliveira, Carlos Eduardo.
Juvenil feminino:
Barbara Jatobá, Lilian Cerroni, Rebeca Gusmão, Ivi Monteiro, Mariana Brochado, Débora Carvalho, Tatiana Gama.
Juvenil masculino:
Henrique Barbosa, Rodrigo Oliveira, Jorge Augusto Azevedo, Káio Márcio Almeida, Wesley Mancio, Armando Negreiros, Thiago Brinati.
Resultados da competição em 2000:
http://www.cbda.org.br/cbda/natacao/evento/397/trofeu-chico-piscina
Bela lembrança seu Armando.
Só complementando, a vitória do Armando Negreiros nos 400m livre Juvenil, na época juvenil I, em cima dos favoritos Felipe May e Gustavo Calado, ambos juvenil II.