Os 100 metros nado livre é a prova clássica da natação mundial. Única prova disputada em todas as 26 edições dos Jogos Olímpicos, a prova também tem um significado especial para os americanos.

Nathan-Adrian

Destas 26 vezes que foi disputada em Olimpíadas, foram 14 vitórias americanas e 30 medalhas conquistadas. Até mesmo em Mundiais de Longa, onde a prova foi disputada 14 vezes, seis vitórias foram americanas.

Esta tradição acabou virando um tabu. Foram 24 anos sem vencê-la em Jogos Olímpicos e já são 14 em Mundiais.

Por conta disso, o título de 2012 com Nathan Adrian foi uma celebração especial para os americanos revivendo conquistads de Charles Daniels, o primeiro a saborear o ouro na mesma Londres em 1908, depois Duke Kahanamoku, o Tarzan Johnny Weissmuller, Wally Ris, Clarke Scholes, Don Schollander, Mark Spitz, Jim Montgomery, Rowdy GAines e o último, antes de Adrian, Matt Biondi nos Jogos de 1988 em Seul.

A vitória de Nathan Adrian foi um suspiro, um alívio e uma esperança.

Natural de Bremerton, Estado de Washington, Nathan Ghar-Jun Adrian é filho de James e Cecilia Adrian. Ele, um engenheiro nuclear de origem indígena, ela enfermeira, nascida e criada em Hong Kong. Tem dois irmãos, Donella, a mais velha, nadou na Universidade Arizona State, o do meio, Justin, também nadador atuou pela Universidade de Washington.

O caçula Natan não poderia fugir da tradição familiar. Foi destaque desde a época de high school, e o mais talentoso dos três. Chegou a Universidade da Califórnia Berkeley, um dos principais programas do país.

Teve uma vantagem na sua formação como atleta. Não só pelos dotes físicos, mas pelo treinador que lhe formou, Jay Benner, um adepto do trabalho aeróbico e de boa base. O trabalho de alta intensidade e de mutia qualidade na Cal veio a calhar para quem estava preparado para “levar pancada”.

Uma carreira universitária perfeita, cinco títulos nacionais, dois nos 50 livre e três nos 100 livre. É o recordista nacional americano nas duas provas em jardas, 18.66 nos 50 e 41.08 nos 100 livre.

Também tem o recorde americano dos 50 livre, este batido no Mundial de Kazan com 21.37 nas semifinais. Na final, nadou para 21.52 e levou a prata três centésimos a frente do brasileiro Bruno Fratus. Ruim foi o seu 100 livre, sétimo lugar com 48.31.

Campeão mundial dos 100 livre em piscina curta em 2008.

Na semana passada, Nathan Adrian mostrou que o desempenho de Kazan poderia ter sido muito melhor. Foi o maior destaque do Arena Pro Swim Series em Minnesotta vencendo os 50 livre com 21.56 e os 100 livre com 48.49.

Seu melhor 100 livre foi na vitória olímpica de Londres. Nadou para 47.52 batendo o australiano James Magnussen no toque por apenas um centésimo. Adrian já havia sido o mais rápido nas eliminatórias com 48.19, dois décimos a frente do australiano.

Na semifinal, viu Magnussen vencer a primeira série com 47.63 e nadou para vencer a segunda série com 47.97. Na final, foi o melhor, passando na frente e segurando o ataque de Magnussen nos metros finais.

Caía o tabu, Nathan Adrian era o campeão olímpico de 2012. O mesmo Adrian que surpreendeu a todos no Mundial de Curta de 2008, sua primeira grande competição vencendo os 100 livre na raia 8.

A seletiva americana está marcada para Omaha, 33 dias antes da abertura dos Jogos no Rio. Adrian vai em busca da sua terceira Olimpíada. Em 2008, era um dos mais jovens do time americano com 19 anos de idade. Mesmo assim, chegou a duas finais, quarto nos 100 livre e sexto nos 50 livre. Nadou o revezamento campeão olímpico do 4×100 livre apenas nas eliminatórias e viu seus companheiros bater a França na final.

Veja a prova do ouro de Londres nos 100 livre clicando aqui

Em Londres, Nathan Adrian já era um dos mais experientes. Além do ouro nos 100 livre, ele foi prata no 4×100 livre abrindo com 47.89 e ouro fechando o 4×100 medley no último dia de competição.

Na volta, a pequena Bremerton de 37 mil habitantes, lhe recebeu de braços abertos e com uma homenagem, a Nathan Adrian Drive, uma rua que leva o seu nome.

Este é Nathan Adrian, um dos mais populares nadadores americanos. Fez sucesso no GP de Indianápolis em 2012 quando conseguiu nadar os 100 livre para 48 com o traje rasgado. As fotos foram das mais avessadas da net na época.

Veja a sequência da saída e o rompimento do traje no GP de Indianápolis em 2012

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Aqui ele explica o que aconteceu e a sensação de nadar com o  traje rasgado: link.

Convidado para fotos e comerciais, apareceu num programa da Discovery Channel, está no time da BP – British Petroleum e num comercial da BMW. É atleta Speedo e já foi destaque numa revista masculina August editada na Malásia.

Destaque na sessão de fotos para a August na Malásia. 

Aos 26 anos, Nathan Adrian sabe que não pode bobear. Não existe vaga garantida no time americano. Faz seu trabalho voltado para a seletiva junto a seu treinador Dave Durden na Cal. Não quer repetir o erro de 2012 quando perdeu a vaga dos 50 livre para Cullen Jones e Anthony Ervin.

Série do Team USA destacando Nathan Adrian e sua experiência em Londres. 

https://www.youtube.com/watch?v=5mSMrfFLJTk

https://www.youtube.com/watch?v=Lt9xUeHo718

Veja a galeria da sessão de fotos que Nathan Adrian fez nadando numa piscina de leite dentro de um caminhão.

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Na série “40 estrelas para brilhar no Rio 2016” até agora:

#1 Therese Alshammar, Suécia 

#2 Laszlo Cseh, Hungria 

#3 Adam Peaty, Grã-Bretanha 

Na próxima seamana: Ruta Meilutyte, Lituânia.

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