Um forte primeiro dia, como tinha de ser em ano olímpico, nove recordes de campeonato em dez provas disputadas, Brasil larga na frente no quadro de medalhas com 5 ouros em 14 medalhas conquistadas. A equipe subiu ao pódio em todas as provas do dia. Veja como foi o balanço da etapa de abertura do 43o Campeonato Sul-Americano Absoluto de Natação em Assunção, no Paraguai.

200 livre feminino –

Manuella Lyrio. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Manuella Lyrio. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Primeiro ouro do Sul-Americano saiu com novo recorde de campeonato e marca A olímpica. Manuella Lyrio do Brasil com 1:58.94 se sagrou tri campeã da prova repetindo os títulos de 2014 em Mar del Plata e em Belém em 2012.
Ninguém nunca tinha nadado os 200 livre em campeonatos sul-americanos abaixo dos 2 minutos, Manuella pulou logo para os 1:58. E fez com uma ajuda da venezuelana Andreina Pinto 1:59.08 que em bela prova quebrou o recorde venezuelano que era seu desde os Jogos Odesur de 2014 com 1:59.89.
Jessica Cavalheiro que saiu num ritmo forte completou o pódio com 2:00.68.
Os parciais das três primeiras colocadas:
Manuella 28.50, 58.31 (29.81), 1:28.69 (30.38), 1:58.94 (30.25)
Andreina 28.52, 58.66 (30.14), 1:28.95 (30.29), 1:59.08 (30.13)
Jessica 28.30, 58.95 (30.65), 1:29.86 (30.91), 2:00.68 (30.82).

200 livre masculino –

Luiz Altamir. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Luiz Altamir. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

O duelo de Federico Grabich e o venezuelano Christian Quintero não saiu. Quintero nadou para recorde nacional pelas eliminatórias com 1:47.73 e saiu da final se poupando para o 4×100 livre. Assim, o argentino Grabich dominou a prova desde o início e fez sua parte, novo recorde nacional 1:47.39 superando os 1:47.43 feitos no ano passado no Mundial de Kazan.
Medalha de prata para o Brasil com Luiz Altamir nadando para 1:48.62. Foi sua terceira melhor marca, sexta vez na casa do 1:48. Seu melhor é 1:48.34 do Open no ano passado. O bronze ficou para o venezuelano Marcos Lavado com 1:50.03.
Leonardo de Deus ficou em quinto lugar com 1:51.62. O paraguaio Ben Hockin, que era o atual bi campeão sul-americano da prova, ficou em quarto lugar com 1:50.55.
Parciais dos brasileiros:
Luiz Altamir 25.17, 52.77 (27.60), 1:20.67 (27.90), 1:48.62 (27.95)
Leo de Deus 26.20, 54.83 (28.63), 1:23.49 (28.66), 1:51.62 (28.13)
Foi a 21a medalha de Federico Grabich em Sul-Americanos Absolutos, é o nadador masculino com mais medalhas na competição. Ele já havia sido campeão sul-americano dos 200 livre na sua primeira participação em 2010. Não nadou a prova em 2012 e foi vice em 2014.

200 medley feminino –

Joanna Maranhao. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Joanna Maranhao. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

O resultado mais inesperado do dia, novo recorde de campeonato, novo recorde argentino e marca A para a Olimpíada para a argentina Virginia Bardach com 2:13.46. E foi uma vitória garantida desde o princípio abrindo na frente e se mantendo aí até o final. O recorde era de sua irmã, Georgina 2:14.23, desde o Open de 2009. Com o resultado, Virginia vai para a sua primeira Olimpíada, a quinta da família Bardach, quatro com Georgina (2000, 2004, 2008, 2012).
Joanna Maranhão foi prata com 2:14.09, fez um belo final de prova (30.46), mas sentiu um pouco o parcial de peito (40.14). Outra argentina, Florencia Perotti, companheira de Joanna no Pinheiros foi bronze com 2;17.54 passando a brasileira Nathalia Almeida no final, quarta colocada com 2:17.60.
Parciais das brasileiras e da campeã:
Virginia 29.11, 1:02.31 (33.20), 1:41.04 (38.23), 2:13.46 (32.42)
Joanna 29.23, 1:03.49 (34.26), 1:43.63 (40.14), 2:14.09 (30.46)
Nathalia 29.66, 1:04.92 (35.26), 1:45.13 (40.23), 2:17.60 (32.45)

200 medley masculino –

Henrique Rodrigues. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Henrique Rodrigues. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Henrique Rodrigues não teve dificuldades para se sagrar bi campeão sul-americano da prova e até deu uma deslizada na chegada. Venceu com 2:01.18, de ponta a ponta. O Brasil manteve uma sequência sem perder esta prova em Sul-Americanos Absolutos desde 2004, são 7 campeonatos consecutivos.
Carlos Omana da Venezuela foi prata com 2:01.87, novo recorde da Venezuela quebrando a sua própria marca de 2:02.92 feita no Pan de Toronto no ano passado.
Icaro Ludgero foi bronze nadando para 2:03.05, bem próximo da sua melhor marca pessoal de 2:02.92 de 2014. Muito bom o segundo parcial de prova de Icaro, peito e crawl, o costas é que comprometeu.
Parciais dos brasileiros:
Henrique 25.84, 55.92 (30.08), 1:31.22 (35.30), 2:01.18 (29.96)
Icaro 26.54, 59.02 (32.48), 1:33.61 (34.59), 2:03.05 (29.44)
Das provas do primeiro dia de competição, foi a única que não tivemos quebra de recorde de campeonato. A marca se mantém com Thiago Pereira desde 2004 com 2:00.19.

100 costas feminino –

Etiene Medeiros. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Etiene Medeiros. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Uma bela prova, bem disputada do início ao fim e com Etiene Medeiros batendo na trave mais uma vez na busca do índice olímpico. Venceu com 1:00.38 depois de passar os primeiros 50 metros com 28.98. A argentina Andrea Berrino ficou em segundo lugar com 1:00.47, novo recorde de seu país. Natália de Luccas foi bronze com 1:01.94.
O pódio foi o mesmo do último Sul-Americano em 2014, apenas com inversão entre prata e bronze com Berrino e de Luccas.
Etiene Medeiros se mantém bem próxima do índice olímpico de 1:00.25. No Open em dezembro nadou para 1:00.31 nas eliminatórias e 1:00.48 na final.
A saída de Etiene, como de costume, perfeita, segurou a frequência e só foi cair um pouco no final.
Duas vezes na casa dos 59 segundos, no Pan 59.61 e no Mundial de Kazan 59.97, Etiene já nadou nove vezes na casa do 1:00. Este 1:00.38 foi o quinto melhor tempo da sua carreira, o melhor em temporada.
Andrea Berrino bateu o seu próprio recorde nacional argentino de 1:01.04 do Campeonato Argentino no ano passado para 1:00.47.
Natália de Luccas nadou pela primeira vez na casa do 1:01 em temporada.
Parciais das três primeiras colocadas:
Etiene 28.88, 1:00.38
Andrea 29.98, 1:00.47
Natália 30.36, 1:01.94

100 costas masculino –

Guilherme Guido. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Guilherme Guido. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Melhor tempo em temporada para Guilherme Guido numa vitória bem convincente e seu terceiro título sul-americano nos 100 costas repetindo as vitórias de 2010 e 2008. Agora, 53.40, numa sequência muito positiva nadando abaixo dos 54 segundos. Só no ano passado, foram oito vezes.
Primeira e única dobradinha do Brasil com Fábio Santi chegando em segundo lugar com 55.11 e o colombiano Omar Pinzon em terceiro com 55.49.
Guido nadou um pouco batido, um 53 nesta época, ainda sem soltar nada e todo barbado dá grandes esperanças para um 52 que é o que o revezamento 4×100 medley do Brasil precisa.
Parciais dos brasileiros:
Guido 25.79, 53.40 (27.61)
Santi 26.44, 55.11 (28.67)

100 peito feminino –

Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Dobradinha argentina, bi campeonato sul-americano para Macarena Ceballos nadando na raia 1 e com novo recorde nacional com 1:08.46. Julia Sebastian, a recordista de campeonato pela manhã com 1:09.82 ficou em segundo com 1:09.33, e a brasileira Pamela Souza completou o pódio com 1:11.05.
Ana Giulia Zortea fazendo a sua estreia na Seleção Absoluta ficou em sexto lugar, ganhou uma posição das eliminatórias e nadou abaixo de 1:13 pela primeira vez na carreira com 1:12.41.
Macarena Ceballos quebrou o recorde argentino que era de Julia Sebastian 1:08.76 no Campeonato Argentino de 2014 para 1:08.46.
Já nos primeiros 50 metros, a briga estava entre as duas, Sebastian na frente 32.90 contra 32.95 de Ceballos.
Parciais das brasileiras:
Pamela Souza 33.92, 1:11.05 (37.13)
Ana Giulia 34.40, 1:12.41 (38.01)

100 peito masculino –

Raphael Rodrigues. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Raphael Rodrigues. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Última prova individual do dia, primeiro ouro da Venezuela com Carlos Claverie quebrando o recorde nacional de seu país nadando pela primeira vez abaixo do 1:01. Venceu com 1:00.82 derrubando o recorde de campeonato que era de Felipe França com 1:01.26 feitos no Sul-Americano de 2014.
Raphael Rodrigues foi prata com 1:01.37 depois de passar os primeiros 50 metros em primeiro com 28.17.
Bronze para Jorge Murillo da Colômbia com 1:01.88 batendo o paraguaio Renato Prono na chegada 1:01.98.
Novo recorde venezuelano para Claverie batendo a sua própria marca dos Jogos Olímpicos da Juventude de 2014 com 1:01.62.
Novo recorde paraguaio para Renato Prono batendo a marca de seu primo, Genaro Prono, feita no Mundial de Roma em 2009 com 1:02.32.
O Brasil perdeu uma sequência de títulos sul-americanos nos 100 peito, coisa que não acontecia desde 1998, eram nove campeonatos consecutivos.

Revezamento 4×100 livre feminino –
Brasil manteve a sequência de mais de 20 anos sem perder esta prova no Sul-Americano nadando para 3:43.91 com Colômbia em segundo 3:50.37 e Argentina em terceiro 3:52.99.
Parciais do Brasil:
Graciele Herrmann 27.21, 56.57
Daynara de Paula 27.24, 56.07
Manuella Lyrio 26.74, 55.15
Etiene Medeiros 26.09, 56.12
Comparando com as performances do ano passado, Brasil fez 3:37.39 no Pan e 3:40.24 no Mundial de Kazan.

Revezamento 4×100 livre masculino –

Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 30 de marco de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA

Fechando o dia, Argentina liderou de ponta a ponta e levou o ouro 3:17.54, Venezuela o tempo todo em segundo 3:19.50 e o Brasil o tempo todo em terceiro 3:20.60.
Parciais do Brasil:
Alan Vitória 23.72, 49.93
Henrique Rodrigues 24.15, 51.01
Luiz Altamir 23.97, 50.08
Pedro Spajari 23.51, 49.58
Federico Grabich foi o melhor parcial da Argentina abrindo com 48.98 e Christian Quintero, o melhor parcial da Venezuela abrindo com 49.36.

Quadro de medalhas parcial ao final do primeiro dia
1o Brasil 5 ouros, 4 pratas, 5 bronzes, total 14 medalhas
2o Argentina 4 ouros, 2 pratas, 2 bronzes, total 8 medalhas
3o Venezuela 1 ouro, 3 pratas, 1 bronze, total 5 medalhas
4o Colômbia 1 prata, 2 bronzes, total 3 medalhas

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