A coisa parecia dura, bem equilibrada, mas o quarto dia praticamente decidiu. O Brasil abriu 66 pontos de vantagem no geral, abriu quatro medalhas de ouro e ainda virou a pontuação no feminino. A caminho de mais um título, este foi o resumo do quarto dia de competição do 43o Campeonato Sul-Americano Absoluto de Natação em Assunção, no Paraguai.
Brandonn Almeida foi um dos últimos a estrear na competição. Venceu os 400 medley com facilidade, 4:17.78, único abaixo dos 4:20 e depois voltou para nadar o revezamento 4×200 livre vencido pelo Brasil depois da desclassificação da Argentina.
Público aumentou e muito, final de semana ajudando a torcida e ao Paraguai, que saiu com duas medalhas na etapa de hoje.
Resumo do dia prova a prova:
100 livre feminino –
Manuella, Etiene. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 02 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Começamos o dia com dobradinha, terceira vitória de Etiene Medeiros na competição, a única a quebrar a barreira dos 55 segundos, venceu com 54.83 quebrando o recorde de campeonato que era de Tatiana Lemos 55.73 desde 2008. Manuella Lyrio chegou em segundo com 55.07. No parcial, Etiene na frente 26.08 contra 26.74 de Manuella. Na volta, Manuella 28.33, Etiene 28.75.
O pódio foi completado por Isabella Hurtado com 56.55.
Outros recordes batidos na prova:
Bolívia, Karen Riveros 4a colocada com 56.97 quebrou sua própria marca de 2014 de 57.12.
Aruba, Allyson Ponson 5a colocada com 57.69 quebrou sua própria marca de 57.89 do Pan de Toronto.
Em provas individuais, foi a terceira vitória de Etiene, campeã dos 50 e 100 livre e 100 costas.
100 livre masculino –
Brasil ficou fora do pódio onde 49 era o “ingresso”. Um pouco decepcionante o resultado, principalmente por que Federico Grabich e Cristian Quintero respectivamente quebraram o recorde nacional da Argentina e Venezuela na prova dos 200 livre.
Vitória para Grabich com 49.59, Quinteiro 49.69 e Guido Buscaglia 49.94. Buscaglia entrou na competição com 50.22, nadou 49.98 nas eliminatórias e melhor ainda mais na final.
Os brasileiros Pedro Spajari em 4o lugar com 50.12 e Alan Vitória em quinto com 50.29.
Parciais dos brasileiros:
Pedro Spajari 24.32, 25.80, 50.12
Alan Vitória 23.27, 27.02, 50.29
Nadar para 48 nos 100 livre em Sul-Americanos, somente Cesar Cielo em 2012 em Belém, 48.70. Grabich já havia sido campeão desta prova em 2014 com 49.29.
50 costas feminino –
Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 02 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Foram seis minutos cronometrados, apenas isso separando de nadar um 100 livre para 54.83 e sair para nadar os 50 costas. Ao seu lado, a argentina Andrea Berrino, boa adversária nos 100 costas, agora nos 50 classificada com a melhor marca pessoal de 28.39 da antiga marca 28.88.
Na final, a argentina baixou ainda mais, Etiene até tentou, mas sentiu, tanto na saída como na prova. Vitória de Berrino com 28.11 contra 28.17 de Etiene.
No pódio um empate no terceiro lugar, Jeserik Pinto da Venezuela e Ana Giulia Zortea, as duas com 28.98.
É a primeira vez que Ana Giulia nada abaixo dos 29 segundos. A marca é novo recorde brasileiro de categoria Juvenil II. Apenas como comparação, na sua idade, Etiene Medeiros tinha 30.07.
Uma grande evolução de Andrea Berrino. No último Sul-Americano, Etiene venceu a prova com 28.50, Berrino foi prata com 29.57.
50 costas masculino –
Guilherme Guido. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 02 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Guilherme Guido quase quebrou o 24, venceu com 25.19, sua segunda medalha de ouro na competição. Robinson Molina da Venezuela foi prata, 25.74. Fábio Santi no toque, por dois centésimos, 25.85 levou o bronze. O paraguaio Charlie Hockin vinha na frente, Santi chegou melhor. O tempo de Hockin foi novo recorde paraguaio batendo a sua marca da eliminatória 26.20 e a que era do irmão Ben Hockin 26.37 do Campeonato Nacional de 2011.
50 borboleta feminino –
Daiene Dias. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 02 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Dobradinha do Brasil, Daiene Dias e Daynara de Paula. Daiene foi melhor na saída, vantagem que segurou até o final para levar com 26.53 contra 26.68 de Daynara. O recrode de campeonato era de Daynara de 2010 com 26.77.
O bronze ficou para a argentina Maria Belen Diaz com 27.37.
50 borboleta masculino –
Segunda prova do dia sem brasileiros no pódio. Henrique Rodrigues foi “nosso especialista” terminando empatado em sexto lugar com 24.66 com Oliver Elliot do Chile.
Vitória do jovem argentino Santiago Grassi de 19 anos com 24.03. Ben Hockin do Paraguai foi prata 24.10.
Os dois tem marcas melhores. Grassi é o recordista argentino com 23.90 e Hockin é o recordista paraguaio com 23.82.
Marcos Barale da Argentina completou o pódio com 24.17.
400 medley feminino –
Joanna Maranhao. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 02 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Bela prova, boa disputa e mais um índice A para Virginia Bardach, fazendo uma grande competição, batendo Joanna Maranhão no segundo parcial da prova.
Joanna abriu o borboleta na frente 1:03.33 contra 1:04.23 de Bardach. No costas, Bardach melhor, 1:12.93 contra 1:13.35 de Joanna que ainda virou na frente nos 200 metros com 2:16.68 contra 2:1716. A diferença veio no peito. Bardach nadou para 1:20.70, Joanna 1:23.66. Na virada dos 300 metros, Bardach na frente 3:37.86 contra 3:40.34 de Joanna. Melhor final para Joanna, mas não o suficiente para vencer. Nadou para 1:02.97, Bardach 1:04.76.
Ouro para Virginia Bardach 4:42.62, índice olímpico, Joanna Maranhão em segundo 4:43.31 e bronze para Florencia Perotti da Argentina com 4:50.27.
Bruna Primati ficou em quarto lugar com 4:53.04. Parciais de Bruna: 1:05.45, 2:19.28 (1:13.73), 3:46.97 (1:27.79), 4:53.04 (1:06.07).
400 medley masculino –
Brandonn Almeida. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 02 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Estreia de Brandonn Almeida na competição vencendo com 4:17.78 chegando perto do recorde de campeonato de Thiago Pereira ainda de 2008 com 4:17.46.
Parciais de Brandonn, 58.88, 2:02.29 (1:03.41), 3:17.52 (1:15.23), 4:17.78 (1:00.26).
Prata para Carlos Omana da Venezuela 4:23.11 e bronze com muita festa para o paraguaio Matias Lopez Chaparro 4:27.23, novo recorde nacional. Sua marca anterior era 4:27.47 feita no Pan de Toronto no ano passado.
Icaro Ludgero, o segundo brasileiro na prova, chegou em quarto lugar com 4:28.75. Seus parciais: 59.85, 2:09.47 (1:09.62), 3:25.19 (1:15.72), 4:28.75 (1:03.56).
Revezamento 4×200 livre feminino –
Revezaemnto 4×200 livre. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 02 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Mesmo sem adversários, as meninas do Brasil fizeram um belo revezamento nadando para 8:04.29. Melhor que isso só Joanna Maranhão ter saído direto dos 400 medley para abri o revezamento com 2:00.65.
Os parciais foram todos muito bons para um novo recorde de campeonato:
Joanna Maranhão 59.06, 2:00.65
Jessica Cavalheiro 58.28, 2:00.69
Bruna Primati 59.81, 2:03.19
Manuella Lyrio 58.01, 1:59.76
No pódio, Perú em segundo com 8:18.85e Colômbia em terceiro 8:19.51. Argentina terminou em quarto com 8:22.01.
Revezamento 4×200 livre masculino –
Revezaemnto 4×200 livre. Campeonato Sul-americano de natacao, realizado no Centro Aquatico Nacional de Assuncao, 02 de abril de 2016, Assuncao, Paraguai. Foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA
Fechando o dia, seriam 10 provas, 5 vitórias para o Brasil, 5 para a Argentina, mas acabaram desclassificados na saída de Martin Naidich, o terceiro nadador da equipe, quatro centésimos antes da chegada do companheiro.
Os argentinos haviam ganho com 7:23.85, só passaram o Brasil nos últimos 50 metros com Federico Grabich contra Luiz Altamir Melo.
No final, Brasil campeão 7:24.42, Venezuela em segundo 7:25.69 e Colômbia em terceiro com 7:37.02.
Parciais da equipe brasileira:
Giovanny Lima 53.88, 1:50.53
Leo de Deus 1:50.85
Brandonn Almeida 1:53.66
Luiz Altamir Melo 1:49.38
Quadro de medalhas ao final do penúltimo dia:
1o Brasil 17 de ouro, 10 de prata, 9 de bronze, 36 medalhas
2o Argentina 13 de ouro, 8 de prata, 8 de bronze, 27 medalhas
3o Venezuela 3 de ouro, 7 de prata, 8 de bronze, 18 medalhas
4o Equador 1 de ouro, 1 de prata, 2 medalhas
5o Colômbia 3 de prata, 7 de bronze, 10 medalhas
6o Paraguai 2 de prata, 2 de bronze, 4 medalhas
7o Perú 1 de prata, 1 de bronze, 2 medalhas
8o Uruguai 1 de prata, 1 medalha
9o Bolívia 1 de bronze, 1 medalha
Contagem geral de pontos faltando um dia:
1o Brasil 388 pontos
2o Argentina 322 pontos
3o Venezuela 198,5 pontos
4o Colômbia 176 pontos
5o Paraguai 145 pontos
6o Perú 106 pontos
7o Uruguai 21 pontos
8o Equador 20 pontos
9o Chile 14,5 pontos
10o Bolívia 13 pontos
11o Aruba 8 pontos
Classificação feminino Top 3
1o Brasil 190,5 pontos
2o Argentina 169 pontos
3o Colômbia 77 pontos
Classificação masculino Top 3
1o Brasil 179,5 pontos
2o Venezuela 132 pontos
3o Argentina 121 pontos
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