O prazo para o encerramento dos tempos de repescagem de classificação dos revezamentos para os Jogos Olímpicos termina no dia 31 de maio. Até lá, as atenções se voltam para o Campeonato Europeu de Natação que começa no dia 16 em Londres, na Grã-Bretanha. Lá, e somente lá, é que o Brasil pode ser ameaçado na sua posição de líder das quatro vagas restantes para garantir vaga no Rio 2016.

O tempo do Brasil é o da vitória nos Jogos Pan Americanos de Toronto no ano passado, 7:11.15, nono tempo do mundo no ano de 2015 e mais de dois segundos de vantagem sobre os possíveis adversários. A prova do revezamento 4×200 metros nado livre acontece no dia 21 de maio, neste dia, já poderemos ter a certeza da classificação do revezamento brasileiro.

Entre os homens, o Brasil já conseguiu colocar em seis Jogos Olímpicos os três revezamentos juntos na mesma disputa. Aconteceu nos Jogos de 1972, 1984, 1988, 2000, 2004, e 2008. O 4×200 livre ficou de fora dos Jogos de Londres em 2012 e já esteve em 13 Olimpíadas pelo Brasil. O melhor resultado foi o bronze de 1980 e mais três finais olímpicas.

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André Pereira é o quarto nadador da equipe. Atleta do Grêmio Náutico União vai fazer história pelo clube gaúcho que nunca teve dois nadadores numa mesma Olimpíada se juntando a velocista Graciele Herrmann, já classificada.

A equipe do 4×200 livre no Rio 2016 vai ser:
Nicolas Oliveira classificado com 1:46.97, melhor marca pessoal 1:46.90 desde 2009
João de Lucca classificado com 1:47.65, melhor marca pessoal 1:46.42 do Pan do ano passado
Luiz Altamir Melo classificado com 1:48.29, sua melhor marca pessoal
André Pereira classificado com 1:48.72, sua melhor marca pessoal

André Pereira nunca havia nadado para 1:48. No Maria Lenk classificou para a final com sua melhor marca pessoal com o terceiro tempo 1:49.36. Na final, terminou em terceiro com 1:48.72, mas foi batido por Luiz Altamir na final seguinte 1:48.29, terminando com o quarto tempo.

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O nadador natural de Osório, Rio Grande do Sul, tem sido um tanto irregular nos resultados nacionais. No ano passado, depois de ser terceiro colocado no Maria Lenk com sua melhor marca pessoal de 1:49.49 amargou um 15o lugar no Finkel com 1:52.01 e terminou em oitavo no Open com 1:49.49. A irregularidade nos resultados não se viu nos treinamentos, pelo contrário. André tem sido um dos mais dedicados do grupo de treinamento do técnico Kiko Klaser no Grêmio Náutico União. O problema tem sido as constantes lesões e um antigo problema de ombro.

Isso fez André mudar sua rotina de trabalho, ter algumas limitações e conviver com os ajustes. Fato coum para um nadador de alta performance. As vésperas do Maria Lenk, a expectativa de seu técnico já era grande para a prova. O resultado apenas confirmou o que vinha sendo feito e alcançado nos treinamentos.

Revelado no Mundial Júnior de 2011 em Lima, André só entrou no Top 25 dos melhores nadadores de 200 livre do Brasil a partir de 2013. Desde então, esta tem sido suas posições no ranking nacional:
2013 – 6o 1:50.04
2014 – 14o 1:50.90
2015 – 8o 1:49.49
2016 – 4o 1:48.72

Entre os países que estão fora dos 12 já classificados para o Rio 2016, dois chamam a atenção no Europeu: Itália e Hungria. Abaixo a atual situação do ranking da repescagem onde o Brasil aparece como líder para as quatro vagas restantes:
Brasil 7:11.15 no Pan de Toronto 2015
China 7:13.19 no Campeonato Chinês 2016
Itália 7:13.77 no Mundial de Kazan 2015
Hungria 7:16.56 no Campeonato Húngaro 2016
Canadá 7:17.33 no Pan de Toronto 2015
Suiça 7:17.99 no Mundial de Kazan
Singapura 7:18.14 nos Jogos do Sudoeste da Ásia

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