Começou, e de cara um recorde mundial, um quase recorde mundial e um recorde sul-americano. Veja o resumo da primeira etapa de eliminatórias em pequenas notas.

RECORDES
Um recorde mundial, Adam Peaty nos 100 peito e espetaculares 57.55, um quase recorde mundial com Katinka Hosszu. A Dama de Ferro nadou para 4:28.58 ficou a apenas 15 centésimos do recorde mundial de Shiwen Ye. Na altura dos 300 metros, estava 3 segundos e 25 centésimos abaixo do parcial da chinesa. Não saiu o recorde mundial, mas saiu o recorde europeu quebrando a marca que já era dela com 4:29.89 feitos este ano em Marseille. Ainda tivemos mais um recorde continental nesta manhã. Veio nos 100 borboleta feminino, novo recorde da África para a egípcia Farida Osman com 57.83. A primeira africana abaixo dos 58 segundos quebrou a marca que era da sul-africana Lize-Marie Fetief com 58.20 desde os Jogos de Beijing 2008. E para terminar, um recorde sul-americano nos 100 peito com Felipe França e seus 59.01 quebrando os 59.03 de Henrique Barbosa imbatível desde 2009.

APENAS OS 400 MEDLEY MASCULINO FORAM FRACOS
Comparando com os tempos de classificação dos últimos Mundiais e Olimpíadas, apenas os 400 medley masculino estiveram abaixo da expectativa. Para chegar a final 4:13.55 mais lento que os 4:13.33 dos Jogos de Londres 2012 e mais lento que os 4:11.74 dos Jogos de Beijing 2008. Mesmo assim, foi mais forte que o Mundial de Barcelona 4:15.81 e do que o Mundial de Kazan 4:15.47.

TEAM USA MELHOR QUE O TRIALS
Foi muito boa a manhã da Seleção Americana. Chase Kalisz baixou um segundo e 42 centésimos em relação ao tempo do Olympic Trials e seus 4:08.12 nos 400 medley. Conor Dwyer baixou 37 centésimos da seletiva e seus 3:43.42 nos 400 livre. Ainda teve melhora expressiva de Dana Vollmer fazendo 56.56 contra os 56.90 que tinha feito no Trials. Os nadadores de peito mais Maya Dirado e Elizabeth Beisel nos 400 medley ficaram próximos das suas marcas. A eliminatória do primeiro dia foi muito positiva para o time americano.

AS DECEPÇÕES DA MANHÃ
Sempre tem! Nos 400 medley masculino, vice campeão mundial no ano passado, o húngaro David Verraszto ficou em 12o lugar com 4:15.04. No ano passado em Kazan, havia feito 4:09.90. Nos 400 livre masculino, vice campeão olímpico, Tae Hwan Park ficou em 10o lugar com 3:45.63. O seu melhor este ano 3:44.26 seria o suficiente para estar na final. Na mesma prova, o canadense Ryan Cochrane quarto no Mundial de Barcelona 2013 (3:46.39), terceiro no Mundial de Kazan (3:44.59) ficou em 11o com 3:45.83.

E O FIM DE SHIWEN YE
A recordista mundial dos 400 medley Shiwen Ye parece ter chegado ao final de sua carreira. O recorde que está para ser batido por Katinka Hosszu deve ir junto com a recordista. Nem a virada de mesa da Federação Chinesa ajudou a recordista. Na seletiva olímpica da China havia ficado em 7o lugar com 4:50.74. Na prova de hoje, ficou em 27o lugar com 4:45.86. Simplesmente 17 segundos acima do seu recorde de 4:28.43.

GYURTA DESISTIU DO DESEMPATE
Daniel Gyurta não gostou nada de ficar empatado em 16o lugar nos 100 peito. O húngaro nadou para 1:00.26, mesmo tempo que Glenn Snyders da Nova Zelândia e assim que saiu o resultado já antecipou que não nadaria a prova. Seu nome e a prova chegou a ser anunciada pelo locutor, mas ele em momento algum quis nadar. Foco total na sua prova, os 200 peito que acontece daqui a três dias.

O MALDITO 400 MEDLEY MASCULINO
Dos oito finalistas da prova em Londres, apenas três apareceram para nadar a prova. Kosuke Hagino do Japão, bronze em 2012, entrou com o terceiro tempo. O australiano Thomas Fraser Holmes foi sétimo em Londres, agora entrou com a sexta marca. E o italiano Luca Marin, depois de duas Olimpíadas consecutivas como finalista da prova, ficou em 16o lugar com 4:17.88.

SÓ UMA DESCLASSIFICAÇÃO
Tivemos apenas uma desclassificação pela manhã. Foi o alemão Jacob Heidtman na virada de costas para peito nos 400 medley. O espanhol Miguel Duran Navia pensou que tinha sido desclassificado ao cair na prova dos 400 metros nado livre. Pegou suas coisas e chorando muito, chegou a sair da piscina. O árbitro foi correndo lá trazê-lo de volta. A largada foi suspensa por um problema técnico. Depois de muito choro, Miguel Duran nadou para 3:53.40, 37o lugar cinco segundos acima do seu melhor tempo. Na entrevista ao SporTV, disse que foi “uma tonteria”.

RECORDE NACIONAL COLOMBIANO
Jorge Mario Murillo Valdes nadou pela primeira vez abaixo do minuto. O colombiano de Medellin e que treina na Flórida, nos Estados Unidos, nadou para 59.93. Na América do Sul, apenas Brasil e Colômbia tem nadadores abaixo da barreira do minuto nos 100 peito.

FILAS LONGAS, MUITOS LUGARES VAZIOS
As filas para entrar no Parque Olímpico da Barra eram longas, em determinado momento, muito longas. A expectativa era de casa cheia, lotada. Esteve longe disso. Haviam muitos lugares, em quase todos os setores. Os ingressos atrás das colunas não foram vendidos, ou ninguém sentou lá, 100% vazios.

AMBIENTE QUENTE, MAS SUPORTÁVEL
O sol lá fora deu uma ajudada, e o ambiente dentro da OAS, Olympic Aquatic Stadium, estava quente. Nada parecido com o calor que tivemos em abril, mas quente. Para os nadadores, perfeito. Para eles o ambiente quente é até melhor. Para as finais, com mais gente, a temperatura cai e deve ficar mais agradável.

1 responder
  1. Ricardo Martins
    Ricardo Martins says:

    os brasileiros mais jovens 400L e 400 medley nadaram com o coração e emoção e ai faltou a razão, pioraram suas marcas porque não souberam nadar, foram afoitos e impacientes, a olimpíada pesou.

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