Confira as notas do que se passou na terceira noite de disputas da natação dos Jogos Olímpicos do Rio 2016:

ESTADOS UNIDOS A FRENTE
Já são 16 medalhas em 12 provas disputadas, bem sintomático de como vai ser a coisa nesta Olimpíada. Os americanos tomaram a ponta do quadro de medalhas desde a primeira queda n’água de Michael Phelps e a vitória no revezamento 4×100 livre no segundo dia. Até agora, australianos decepcionando.

BRASIL PAROU NAS 3 FINAIS
Três dias, três finais. O objetivo é superarmos Beijing 2008 quando chegamos a seis finais. Boas chances nos revezamentos, mais os 200 medley de Thiago Pereira e Henrique Rodrigues, Bruno Fratus nos 50 livre e Marcelo Chierighini nos 100 livre. E seguimos na torcida pelas medalhas…

TRABALHO DUPLO
Quem teve trabalho duplo na final, sentiu. Chad Le Clos teve mais de uma hora entre a final dos 200 livre onde foi prata e a semifinal dos 200 borboleta onde classificou com o quarto tempo. Katinka Hosszu teve uma hora e seis minutos entre a vitória com recorde húngaro nos 100 costas e o segundo tempo de classificação para a final nos 200 medley.

QUEM FECHOU MELHOR?
Os 200 borboleta masculino está parecendo uma das mais equilibradas finais desta competição. O primeiro classificado para a final, Tamas Kenderesi da Hungria, foi o único que nadou para o seu melhor 1:53.96. Campeão dos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014, Kenderesi fechou os últimos 50 metros para 29.04. Michael phelps clasificou com o segundo tempo (1:54.12) para a final fechando com 29.84, Laszlo Cseh foi o quarto (1:55.18) fechando com 30.13 e Chad Le Clos, o quinto (1:55.19) finalizando com 30.07.

VALE LEMBRAR
Na seletiva americana os tempos de Phelps e seus respectivos últimos 50 metros:
Eliminatória 1:56.68, 31.59
Semifinal 1:55.17, 31.17
Final 1:54.84, 31.90
Ao que parece, Phelps estava sem descansar no Olympic Trials.

A REDENÇÃO
Se Michael Phelps vencer a prova dos 200 borboleta na final desta terça-feira, será o primeiro nadador da história da natação olímpica a ter sido campeão olímpico, ter perdido a prova na Olimpíada seguinte e voltar a vencê-la na próxima.

A MELHOR DO BRASIL NOS 200 LIVRE FEMININO
Manuella Lyrio conquistou ontem a primeira semifinal do Brasil nos 200 livre feminino em Jogos Olímpicos. Terminou na 12a colocação superando Mariana Brochado que havia sido 23a em Atenas 2004.

DEPOIS DE TANTAS PRATAS, O OURO
Primeira vitória de Sun Yang em provas de 200 metros nado livre em competições internacionais. Ele que havia sido prata nos Jogos de Londres atrás do francês Yannick Agnel, prata nos Jogos da Ásia em 2014 atrás do japonês Kosuke Hagino, e prata no Mundial de Kazano no ano passado atrás do britânico James Guy.

PRIMEIRA VITÓRIA EXPRESSIVA NOS 100 COSTAS
Mesma coisa para Katinka Hosszu e sua vitória nos 100 costas. Nunca havia disputado a prova em Jogos Olímpicos. Foi prata duas vezes no Europeu em 2014 em Berlim e este ano em Londres. Não esteve nem nas finais do Mundial de Barcelona 2013 e Kazan 2015.

E O POLIMENTO DA EMILY SEEBOHM?
Este ninguém entendeu. Chegou aos Jogos tendo nadado duas vezes na casa dos 58 segundos. No ano passado, nadou 12 vezes para 58, três delas com marcas melhores do que o tempo de vitória de Katinka Hosszu. Acabou em sétimo com 59.19. Outra coisa que chama a atenção foi seu final de prova. Ela que tem fechado os últimos 50 metros nas provas de 200 costas na casa dos 30, fechou os 100 costas com 30.96. A pior entre as oito finalistas.

A PROVA MAIS AMERICANA DA OLIMPÍADA ‘
Ryan Murphy venceu e deu aos Estados Unidos a sexta medalha de ouro consecutiva na prova dos 100 costas. Os americanos tem 15 vitórias na prova desde que o evento entrou no programa dos Jogos Olímpicos em 1908. São 37 medalhas em 73 distribuídas.

SARAH SJOSTROM X KATIE LEDECKY
Esta briga na final vai ser sensacional. Já tivemos uma amostra nas semis com as duas nadando lado a lado. Confira os parciais de cada uma a cada 50 metros:
Sjostrom – 27.07, 29.16, 29.42, 29.00, 1:54.65
Ledecky – 27.20, 29.01, 29.57, 29.03, 1:54.81
A sueca nada melhor, tem melhor nado, mais limpa, mais técnica. Ledecky tem mais força, mais frequência e mais bagagem aeróbica. Uma final imperdível.

A MALDIÇÃO DOS 100 PEITO FEMININO
Desde que a prova dos 100 peito entrou no programa olímpico em 1968, jamais tivemos uma bi campeã olímpica. Mas Ruta Meilutyte terminar em sétimo lugar, esta ninguém esperava. Desde o título de Londres 2012, Ruta foi campeã mundial de curta nesta prova em 2012 e vice em 2014, camepã mundial júnior em 2013, campeão mundial de longa em 2013 e vice em 2015, campeã dos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014 e campeã europeia deste ano. Era o melhor terceiro melhor tempo do mundo este ano (1:05.82), o melhor tempo do mundo em 2014 e segundo de 2013.

O FORTE 200 MEDLEY FEMININO
Uma bela prova se configurou após esta semifinal. São quatro nadadoras abaixo dos 2:10 com a britânica Siobhan-Marie O’Connor quebrando o seu recorde britânico com 2:07.57 superando os 2:08.21 do Commonwealth Games de 2014. Entrou com o primeiro tempo ficando a 12 centésimos do recorde olímpico feito por Katinka Hosszu nas eliminatórias. Para entrar na final, 2:10.87.
Recordando o oitavo tempo para entrar nas finais desta prova nos últimos anos:
Mundial 2007 – 2:15.08
Beijing 2008 – 2:12.18
Mundial 2009 – 2:10.08
Mundial 2011 – 2:11.92
Londres 2012 – 2:10.93
Mundial 2013 – 2:11.21
Mundial 2015 – 2:11.39

AS MELHORES POR NADO
Melhor parcial de borboleta dos 200 medley feminino 27.56 de Siobhan-Marie O’Connor
Melhor parcial de costas Maya Dirado 31.91
Melhor parcial de peito Siobhan-Marie O’Connor 36.56
Melhor parcial de crawl Viktoria Andreeva 30.09

AS PIORES POR NADO
Pior parcial de borboleta entre as finalistas Sydney Pickrem 29.44
Pior parcial de cosas Alicia Coutts 33.30
Pior parcial de peito Viktoriia Andreeva 38.65
Pior parcial de crawl Alicia Coutts 31.51

3 respostas
  1. POLÊMICO
    POLÊMICO says:

    Manuela Lyrio é nosso único motivo de orgulho até o momento!! Excelente participação!!! O resto só desculpas.. Falta de concentração.. E falta de competitividade! Errando na divisão das provas e estratégias, como se fossem nadadores inexperientes. Nitidamente falta uma mentalidade vencedora, como a de Cielo..

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