A curiosidade bateu. A melhor performance dos Estados Unidos das – pelo menos – últimas 8 Olimpíadas foi examinada para sabermos: como se comporta a melhor equipe de natação mundial num Jogos Olímpicos?
A metodologia foi a mesma utilizada para analisar a performance da seleção brasileira nestes jogos: resultados válidos x melhor tempo anterior. No entanto, para os americanos analisamos os tempos obtidos na seletiva nacional olímpica, realizada pouco mais de um mês antes do início da Olimpíada Rio-2016, ou o melhor tempo da temporada 2016, que eram raros os casos.
Consideramos que a seletiva olímpica é o grande objetivo de todos os atletas americanos, e a consideramos que a maioria dos melhores tempos dos atletas foi obtida ali.
Já para os revezamentos, foi considerado o melhor tempo em 2015, temporada que era válida para classificação das 16 equipes das 6 provas de revezamento.
E a conclusão confirma o mito popular de que a maioria dos americanos melhora seus tempos na hora certa: 66% dos atletas melhoraram o melhor tempo obtido na temporada/seletiva em alguma fase da competição (eliminatória, semifinal ou final). Já as equipes de revezamento teve uma melhora invejável de 100%: todas as marcas da final foram melhores que os tempos do Mundial de Kazan em 2015.
Já no desempenho geral, número de quedas (160) versus melhora de tempo, o índice cai para 46%, ou seja, existem casos que, por exemplo, o atleta nada abaixo da melhor marca na eliminatória e/ou semifinal, mas melhora na final.
E é realmente nas finais onde os americanos se sobressaem com a melhor performance: 72% dos resultados obtidos nas finais são melhores que o melhor tempo da temporada/seletiva.
Os atletas que não conseguiram melhorar seus tempos em nenhum momento foram:
Abbey Weitzeil (100 e 50 livre), Connor Jaeger (400 livre), David Plummer (100 costas), Elizabeth Beisel (400 medley), Jacob Pebley (200 costas), Jay Litherland (400 medley), Josh Prenot (200 peito), Kelsi Worrell (100 borboleta), Kevin Cordes (100 e 200 peito), Leah Smith (4:03.39), Lilly King (200 peito), Melissa Franklin (200 livre e 200 costas), Molly Hannis (200 peito), Nathan Adrian (100 livre), Ryan Lochte (200 medley), Tom Shields (100 borboleta) e até ele, Michael Phelps, nos 100 borboleta não conseguiu nadar para perto dos 51.00 obtido na seletiva americana.
A pior prova dos americanos foi os 200 peito feminino, onde nenhuma americana estava presente na final. Apenas 6 atletas da seleção, inscritos para as provas individuais, não avançaram para as finais (considerando todas as provas, incluindo as que tem semifinais): Tom Shields nos 200 borboleta, Molly Hannis e Lilly King nos 200 peito, Melissa Franklin nos 200 costas e 200 livre, Kelsi Worrell nos 100 borboleta e Abbey Weitzeil nos 50 livre. Em todos os casos, nenhum deles ao menos melhorou a marca obtida na seletiva americana.
A média de idade da equipe americana é 24 anos. A seleção brasileira analisada contraria o depoimento de dirigentes de que é uma seleção jovem: a média ficou em 25 anos.
Kevin Cordes, no masculino, e Melissa Franklin, no feminino, foram os que tiveram pior desempenho, piorando bastante as marcas obtidas na seletiva olímpica americana e passando em branco quanto à medalhas individuais, apesar de Cordes ainda constar nas duas finais das provas de peito, enquanto Melissa sempre ficou nas semifinais.
Michael Phelps segue a estatística: em 66% das oportunidades na fase final, melhorou o tempo, só ficou devendo mesmo nos 100 borboleta.
Simone Manuel, a primeira negra campeã olímpica, foi a que teve a maior melhora em pouco mais de um mês: saiu de 53.52 nos 100 livre para terminar no Rio de Janeiro com 52.70, 1,55% de melhora.
Confira a tabela completa abaixo. Clique na imagem para ampliar. O verde indica que o atleta/equipe melhorou a marca de 2016/2015, e em vermelho o atleta não melhorou:
Coach,
desculpe. Quis dizer: dê uma olhada no ranking de numero de finais masculinas INDIVIDUAIS por pais.
Coach,
dê uma olhada no ranking de numero de finais masculinas por pais.
Impressionante esta estatística. Poderia ser realizada também com os demais países, ou pelo menos Austrália, Inglaterra e Japão, que tem equipes.