A revista americana Sports Illustrated, uma das mais reconhecidas do mundo, apresentou o balanço da natação dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Veja o artigo e as escolhas assinadas pelo jornalista Craig Neff.
Nadador da competição –
Michael Phelps, seis medalhas conquistadas, cinco de ouro, tem sido o melhor atleta da natação olímpica nos últimos quatro Jogos Olímpicos.
Nadadora da competição –
Katie Ledecky, cinco medalhas conquistadas, quatro de ouro, domínio absoluto das provas de fundo, embora Katinka Hosszu tenha vencido três provas individuais e uma prata não tenha ficado muito para trás.
Estreante masculino da competição –
Ryan Murphy, 21 anos de idade, campeão dos 100 e 200 costas e ainda um ouro no revezamento 4×100 medley com direito a recorde mundial no parcial de costas.
Mudou a competição –
Simone Manuel se tornou na primeira nadadora negra da história da Olimpíada a vencer uma prova individual ao dividir o ouro com a canadense Penny Oleksiak nos 100 metros nado livre. Manuel ganhou quatro medalhas na competição e será decisiva na diversidade do esporte, promovendo a natação entre as minorias.
Estreante feminino da competição –
Penny Oleksiak do Canadá e Simone Manuel dos Estados Unidos empatadas. As guas ganharam quatro medalhas na competição. Oleksiak se tornou na primeira canadense da história com quatro medalhas em uma só Olimpíada.
Melhor prova da competição –
Os 200 metros nado borboleta de Michael Phelps, não pelo tempo, até porque tivemos recordes mundiais batidos no Rio, mas pela forma como foi nadado, pelos adversários e por ser a primeira vez que um nadador campeão olímpico, perde a prova na Olimpíada seguinte e volta a vencê-la na história dos Jogos.
Maior melhora –
Katinka Hosszu, aos 27 anos de idade, para quem nunca havia ganho uma medalha olímpica, saiu do Rio com quatro, três de ouro. Se vencesse os 200 costas, igualaria a alemã oriental Kristin Otto que venceu quatro provas individuais nos Jogos de Seul em 1988.
Superação –
Maya Dirado participou de sua primeira e última Olimpíada e fez isso vencendo quatro medalhas, uma delas de ouro nos 200 costas batendo a favorita Katinka Hosszu na chegada.
Decepção –
A Seleção da Austrália chegou com potencial de enfrentar e, talvez, até bater o time americano. Mesmo tendo melhorado muito em relação a Londres, o resultado ficou muito abaixo do esperado. A previsão era de 20 medalhas, 11 de ouro. Mesmo assim, a equipe ficou em segundo lugar com oito medalhas, três de ouro. Melhor do que Londres 2012, mas distante das 18 medalhas e seis ouros de Beijing 2008 e 15 medalhas e seis ouros de Atenas em 2004.
Melhor Universidade –
Universidade da Califórnia e Stanford empatados. A Cal foi a base do Team USA no Rio, mas Stanford, mesmo com menos atletas, conseguiu resultados expressivos. Stanford ainda vai ter o reforço de Katie Ledecky que inicia a universidade a partir de setembro.
Espírito Esportivo –
Missy Franklin chegou ao Rio para ser protagonista, ficou longe disso. Nem por isso perdeu o seu sorriso fácil e a simpatia de sempre. Voltou com uma medalha de ouro no revezamento, nadando apenas as eliminatórias do 4×200 e uma semifinal dos 200 costas. Sem perder a esportiva, aceitou os resultados e prometeu dias e competições melhores.
Prêmio especial para os inéditos –
Joseph Schooling e Dmitriy Balandin ganharam respectivamente para Singapura e Cazaquistão suas primeiras medalhas na natação olímpica. E ambas vieram douradas, Schooling nos 100 borboleta batendo Michael Phelps e Balandin ganhou os 200 peito.
Prêmio história –
O treinador Greg Meehan de Stanford, integrante da comissão técnica americana, trouxe uma interessante passagem dos primórdios da história americana. O “Homestead Act de 1862” foi passado aos nadadores de forma inspiradora citando como fixar a bandeira americana em todos os eventos da competição.
Prêmio direito de fala livre –
Lilly King, campeã dos 100 peito, criticou abertamente a russa Yulia Efimova pelo passado de doping e não hesitou em também criticar atletas americanos como Justlin Gaitlin pelo mesmo motivo.
Prêmio Especial –
Anthony Ervin, o mais velho campeão olímpico individual da história, aos 35 anos de idade e campeão olímpico dos 50 metros nado livre depois de 16 anos. Uma história de superação e recuperação por todos os problemas pessoais que passou em sua carreira.
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