O primeiro dia de finais do 13o. Campeonato Mundial de Piscina Curta, em Windsor, no Canadá, terminou com alguns erros infantis por parte dos nadadores, um 5o. lugar para o Brasil, nenhum recorde, desclassificações de medalhistas e algumas surpresas. Um início meio “leve” para uma competição mundial.

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Na primeira prova do dia, no entanto, começou conforme o esperado. Apesar de estar atrás em 50% da prova, Tae Hwan Park avançou na hora certa, nos últimos 100 metros, e atacou o então líder Aleksandr Krasnykh, conseguindo uma vantagem de mais de 1 segundo apenas nos últimos 100 metros diante do russo. O coreano venceu a primeira prova da competição com 3:34.59, seguido do russo com 3:35.30, completando o pódio o húngaro campeão em 2014 e continuando como recordista do campeonato Peter Bernek, com 3:37.65. Pela manhã, tivemos um o filipino Axel Toni Steven Ngui perdendo as contas, o primeiro erro infantil do dia.

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Depois veio não bem uma surpresa, mas uma bela vitória da diva italiana Federica Pellegrini, que apesar de estar em desvantagem de mais de meio segundo nos 150m dos 200 livre, e auxiliada pela “morrida” inesperada de Katinka Hosszu, acabou batendo a Iron Lady com 1:51.73 contra 1:52.28. Analisando a prova, Federica fez a prova dela: 26.64, 28.37, 28.60, 28.12. O esquisito foi Katinka fechar com 29.24 (nos 400 medley mais adiante ela fechou com 30.32). A canadense Ruck Taylor sobe para o bronze com 1:52.50, enquanto que Manuella Lyrio não consegue melhorar sua marca da final, repete a colocação com 1:55.51.
MANUELLA FINKEL/2016: 26.83, 55.87, 1:25.26, 1:54.76
MANUELLA WINDSOR/2016: 27.03, 56.22, 1:25.67, 1:55.51

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Nos 200 borboleta masculino, Chad Le Clos chegou a ser ameaçado pelo americano Tom Shields, classificado com o 8o. tempo – mais um erro infantil, ele era um dos favoritos como provou na final – nos 150 metros, mas Le Clos provou porque já era bicampeão da prova (venceu em 2010, Dubai, e em Doha 2014: 2012 na Turquia não participou), e sagrou-se agora tricampeão com 1:48.76, 15 centésimos do seu próprio recorde de campeonato e 20 do recorde mundial. De quebra, por enquanto esse resultado lhe dá o status de melhor resultado da competição, atingindo 994 pontos da tabela da FINA. Shields leva a prata batendo o japonês Daiya Seto com 1:49.50 contra 1:49.97. Leonardo de Deus, que havia se classificado em 6o., terminou com o satisfatório 5o. lugar, segundo ele próprio, melhorando apenas 24 centésimos e ainda 45 centésimos distante de sua melhor marca pessoal obtida há 2 meses e meio em Santos. Tempo na final: 1:52.65.

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Meia hora depois da prata nos 200 livre, Katinka Hosszu caía de novo n’água para a prova mais barbada da competição, os 400 medley. Venceu novamente com 4:21.67, uma larga vantagem em cima da americana vice-campeã Ella Eastin, com 4:27.74, apenas 4 centésimos abaixo da compatriota Madisyn Cox, que levou o bronze… Mas não foi bem essa história entre 2o. e 3o. lugar. No meio dela estava a vietnamita Anh Vien Nguyen, de 20 anos, que conseguiria a primeira medalha do Vietnã em Campeonatos Mundiais (tanto em longa quanto em curta), mas acabou sendo desclassificada por irregularidade na virada de costas para o peito, “não tocando na parede” por assim dizer e tecnicamente “não terminando a parte de costas do nado medley na posição de costas”. Uma confusão que os brasileiros recordam-se – infelizmente – muito bem porque foi o mesmo motivo que levou a desclassificação de Thiago Pereira nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, quando levaria a medalha de ouro nos 400 medley e sagraria-se ali o maior medalhista da história dos Jogos, mas foi surpreendido com a desclassificação. A apelação da vietnamita, se houve, já deve ter sido julgada e será apresentado algum anúncio amanhã. Erro infantil ou erro de arbitragem? Anote aí para o item esquisitices deste Mundial. Ah sim, e ainda tivemos uma irreconhecível performance de Mireia Belmonte… Mas isso foi apenas “repeteco” do Rio 2016, quando Mireia também entrou bem cotada na prova e terminou em 8a (adicionado em 7/dez) nas eliminatórias…

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Na última prova individual do dia, os 200 medley masculino o chinês Shun Wang medalhista de bronze na Rio 2016 venceu nadando na raia 7 com 1:51.74 batendo outros medalhistas olímpicos: Daiya Seto, 3o. com 1:52.89, e Josh Prenot, 4o. com 1:52.91. A prata ficou com o alemão Philip Heintz, também finalista olímpico na Rio 2016, com 1:52.07. A vantagem do chinês residiu exclusivamente na parcial de costas, 27.97 contra 28.68 de Heintz.

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Nos revezamentos 4×100 livre, o maior erro infantil da competição: a equipe feminina canadense entrou como candidata ao ouro, lutou, brigou e conseguiu a prata, atrás das americanas, que marcaram 3:28.82, 85% graças ao incrível parcial de Kelsi Worrell, com 51.04. Batendo as holandesas, atuais recordistas e campeãs mundiais, as canadenses comemoravam quando veio a desclassificação. O sistema cortou todos os tempos das atletas, levando-se à conclusão imediata que houve um erro na partida, ou seja, a primeira atleta da equipe queimou, moveu-se no bloco. Mas não era isso: a desclassificação foi por não respeitar a ordem do revezamento, as atletas trocaram a ordem em que iriam (de 1a. acabou indo em 2a.) e com isso a famigerada desclassificação. Mas pela primeira vez na história dessa competição é que vemos uma desclassificação por erro de ordem! Um erro infantil, falta de comunicação da equipe técnica com a pessoa que entregou o formulário contendo a ordem correta do revezamento, segundo a imprensa canadense noticiou.

No masculino, o que parecia ser um título para a atual campeã França, acabou com a Rússia roubando o ouro com 3:05.90, graças em grande parte aos 45.42 de Vladimir Morozov nadando na 3a. posição, mais de 2 segundos de diferença do concorrente francês. A França terminou com 3:07.35 e a Austrália acabou empatada com o arqui-rival Estados Unidos, ambos com 3:07.76, uma distribuição de nada menos que 11 medalhas de bronze, contando os atletas que competiram nas eliminatórias e os que nadaram a final!

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Nas semifinais dos 100 peito masculino, o atual campeão e recordista do campeonato Felipe França nadou bem melhor, marcando 56.99, 2o. tempo da final atrás do alemão Marco Koch, 56.86 com o melhor fim de prova entre os finalistas, e à frente do russo Morozov, 57.00. Já Felipe Lima não foi bem, marcou 57.71 na segunda semifinal, 10o. lugar no geral e ficou fora da final. Declarou em entrevista à Sportv que esperava muito mais do que essa marca, já que o tempo é pior que qualquer resultado de final que nadou nas 6 etapas da Copa do Mundo que competiu nos últimos 2 meses, inclusive com a melhor marca pessoal obtida há pouco mais de um mês em Tóquio, com 56.83. Cameron vd Burgh também está fora da final, com 9o. tempo de 57.67, e não restam dúvidas que Felipe é o favorito para o ouro amanhã, já que ele tem a melhor marca entre os finalistas, 56.29.

Confira os resultados completos e o quadro de medalha no link abaixo:

https://bestswimming.swimchannel.net/13o-campeonato-mundial-de-natacao-em-piscina-curta/

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