A prova do dia, quem sabe da competição até agora. Chad Le Clos conquistou o tri campeonato mundial dos 100 metros nado borboleta em piscina curta ao vencer a prova em Windsor, no Canadá, com novo recorde mundial de 48.08. Le Clos foi impecável na sua performance, liderando desde o início e vencendo com quase um segundo de vantagem.
O americano Tom Shields, tradicional rival de Le Clos em piscina curta, se acostumou com a prata. Pela terceira vez Le Clos é campeão mundial, e Shields vice na mesma prova. Desta vez, entretanto, foi a maior diferença entre os dois nestas três disputas.
Le Clos utilizou sua tradicional rápida saída e no início de nado na altura dos 15 metros já tinha vantagem. Virou na frente nos 25 metros e na passagem dos 50 marcou 22.59, exatamente o mesmo parcial de quando quebrou o recorde mundial da prova em Doha 2014. Na volta, um Le Clos ainda melhor. Em 2014, voltou 25.85, agora 25.49. E sem olhar para o lado!
Final, tri campeão mundial e novo recordista mundial da prova com 48.08, Tom Shields em segundo com 49.04 o australiano David Morgan em terceiro com 49.31, este estabelecendo novo recorde da Oceania.
Comparando os tempos de Chad Le Clos nos três títulos mundiais de piscina curta:
2012, Istambul – 48.82
2014, Doha – 48.44 recorde mundial
2016, Windsor – 48.08 recorde mundial
Com o ouro, Chad Le Clos passa a ser, entre os homens que estão em Windsor, o maior medalhista em campeonatos mundiais de piscina curta com 10 medalhas, oito ouros e duas pratas. O sul-africano ainda nada a prova dos 50 borboleta. Entre todos os nadadores na história, Le Clos agora está em sétimo lugar na contagem de medalhas em Mundiais de Curta.
Que prova! Sou um grande fã de Chad Le Clo, desde antes dele ser campeão olímpico. Um nadador que não é dos mais altos, magro pros padrões atuais da natação e não tem a técnica mais bonita. Mesmo assim, ele detém os melhores fundamentos do mundo. Já vi nadando quase todas as provas do programa e, inclusive, já foi finalista olímpico junto com Thiago Pereira em 2012 na prova dos 400 medley. Chad está longe de ser um mal exemplo por olhar pros lados durante as provas, para além disso, ele mostra para os jovens a importância de se nadar todos os estilos, de ter um programa cheio nas competições, de dominar fundamentos de uma maneira sobrenatural, mesmo não sendo um atleta dos mais altos, fortes e técnicos. Quem apostaria que ele seria prata nos 200 livre no Rio? Todos estavam achando que ele só estava nadando pra quebrar o gelo.
Além disso é sempre um cara simpático, carismático e irreverente. Quem mais poderia ganhar uma prova olhando para câmera e rindo durante o nado submerso? Somente ele! Concordo com meu ponto de vista Coach?