Um dia para a história, aos 37 anos de idade, Nicholas Santos estabeleceu uma marca impressionante que foi o ponto alto do quarto dia de disputa do Troféu Maria Lenk 2017.

400 medley feminino –

Joanna Maranhao. Trofeu Maria Lenk. Parque Aquatico Maria Lenk. 05 de Maio de 2017, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Joanna Maranhão, o maior destaque feminino da competição aprontou de novo. Aos 30 anos de idade, nadou sua quarta prova individual, quatro medalhas de ouro, duas delas com melhor marca pessoal, uma com recorde brasileiro e outra com recorde sul-americano. Os 400 medley não foi seu melhor, 4:38.63, ficou a 56 centésimos do seu recorde brasileiro de 4:38.07 do Pan de 2015. Foi sua segunda melhor marca pessoal na carreira, a quarta vez que nada abaixo dos 4:40.
Seus parciais foram de 1:02.49, 1:11:26, 1:22.03 e 1:02.85.
Comemorou e saiu muito satisfeita. Para não dizer que não quebrou nenhum recorde, fez o recorde do Parque Aquático Maria Lenk derrubando os 4:39.41 de Mireia Belmonte em 2012.
Joanna campeã 4:38.63, a argentina Florencia Perotti do Pinheiros 4:50.75 e Bruna Primati do Pinheiros em terceiro com 4:50.85.
Foi o 33o título de Joanna Maranhão em Maria Lenk, o 8o na prova dos 400 medley que ela não perde desde 2012. Detalhe que em 2014 ela não nadou a prova pois estava aposentada.

400 medley masculino –

Brandonn Almeida. Trofeu Maria Lenk. Parque Aquatico Maria Lenk. 05 de Maio de 2017, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Se Joanna Maranhão fez a sua segunda melhor marca pessoal, o mesmo aconteceu com Brandonn Almeida. O nadador do Corinthians venceu com 4:13.06 melhorando seus parciais de borboleta e peito, mas caindo nos parciais de costas e livre. Melhor que este 4:13.06, só os 4:12.49 do Open em dezembro do ano passado. A marca foi o nono tempo do mundo em 2017.
Confira a diferença dos parciais do Open 2016 e do Maria Lenk 2017:
Open – 58.32, 1:01.97, 1:14.83, 57.37
Maria Lenk – 57.52, 1:03.15, 1:14.30, 58.62
Brandonn fácil lá na frente, boa disputa pela prata, Leo Santos do Pinheiros é vice campeão pelo segundo ano consecutivo com 4:22.88 contra um belo final de Icaro Ludgero Pereira do Fluminense com 4:22.91.
Este foi o terceiro título de Maria Lenk para Brandonn, o segundo consecutivo nos 400 medley. A outra vitória veio nos 1500 livre em 2015.

200 livre feminino –

Manuella Lyrio. Trofeu Maria Lenk. Parque Aquatico Maria Lenk. 05 de Maio de 2017, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Manuella Lyrio tinha tudo para bater o recorde sul-americano, nadou muito, fez tudo certo e como Joanna e Brandonn, nadou a segunda melhor marca da carreira. A nadadora do Pinheiros estava de molho. Poupada nos 400 livre e 200 medley, venceu os 100 livre, nadou fácil as eliminatórias dos 200 livre, veio com tudo para a final. Seus parciais indicavam que iria bater, mas os últimos 25 metros não saíram como planejados. Confira:
27.67, 56.77 (29.10), 1:26.63 (29.86) e 1:57.34 (30.71).
Melhor que os 200 livre de hoje, só os 1:57.28 feitos na Olimpíada. Na época, seus parciais foram:
28.15, 57.74 (29.59), 1;27.63 (29.89), 1:57.28 (29.65).
Fora Manuella, apenas Maria Paula Heitmann do Minas nadou abaixo dos dois minutos, foi prata com 1:59.91. Gabrielle Roncatto da Unisanta foi bronze nadando na raia 1 com 2:00.16.
Rafaela Raurich do Curitibano que havia feito 1:59.68 na abertura do revezamento 4×200 livre ficou em quarto com 2:00.52. Julia Volkman do União que havia sido o melhor tempo da manhã com 2:01.06, sua melhor marca pessoal ficou em quinto com 2:01.46.
Quem mandou a melhor marca pessoal foi Camila Lins Mello do Minas com 2:01.52 somou 803 pontos e colocou seu nome na lista provisória que vai ao Mundial Júnior de Indianápolis.
Foi o quarto título de Maria Lenk para Manuella Lyrio, o primeiro na prova dos 200 livre.

200 livre masculino –

Trofeu Maria Lenk. Parque Aquatico Maria Lenk. 05 de Maio de 2017, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Três nadadores na casa dos 1:48, com os dois primeiros fazendo suas melhores marcas pessoais.
Luiz Altamir do Pinheiros venceu seu primeiro título de Maria Lenk com 1:48.16 melhorando dos 1:48.19 que fez na abertura do revezamento 4×200 livre do Rio 2016. A prata ficou para o gaúcho Fernando Scheffer sua primeira medalha de Maria Lenk com 1:48.65. Seu melhor havia sido na eliminatória com 1:49.64 baixando dos 1:49.68 ainda do Julio de Lamare de 2015. O bronze para Giuliano Rocco do Minas 1:48.76, este nadando um pouco acima dos 1:49.63 do Open no ano passado.
Confira os parciais dos três primeiros colocados:
Luiz Altamir – 25.47, 52.98 (27.51), 1:20.62 (27.64), 1:48.16 (27.54)
Fernando – 25.56, 53.28 (27.72), 1:21.14 (27.86), 1:48.65 (27.51)
Giuliano – 25.56, 53.17 (27.61), 1:21.17 (28.00), 1:48.76 (27.59)
Luiz Altamir disputa o Troféu Maria Lenk desde 2012. Acumula agora cinco medalhas. Foi bronze nos 400 livre em 2013, prata nos 200 borboleta em 2014, e dois bronzes no ano passado nos 200 e 400 livre. Completou com seu primeiro ouro vencendo os 200 livre deste ano.

200 costas feminino –

Fernanda Goeij. Trofeu Maria Lenk. Parque Aquatico Maria Lenk. 05 de Maio de 2017, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Sabe aquela prata dourada, foi o que a jovem e pequena nadadora paranaense Fernanda Goeij ganhou. Ficou em segundo lugar com 2:13.33 baixando três segundos na melhor marca pessoal e sendo batida na chegada pela argentina Andrea Berrino do Unisanta que com 2:13.11 quebrou o seu próprio recorde nacional de 2014.
Fernanda estava na frente, mas a técnica perfeita de Andrea e uma chegada projetada deu a vitória para a nadadora do Unisanta. Se Fernanda vencesse era uma vitória histórica já que o Clube Curitibano não comemora um ouro em Maria Lenk desde 2005. Naquele ano, Felipe May venceu as provas de 400 e 800 metros nado livre.
Não há nada para lamenter, prata nos 100 costas, prata nos 200 costas, tempos e marcas suficientes para garantir a sua vaga para o Mundial Júnior. Confira os parciais das duas:
Andrea – 32.42, 1:05.57 (33.15), 1:39.63 (34.06), 2:13.11 (33.48)
Fernanda – 31.59, 1:05.87 (34.28), 1:40.01 (34.14), 2:13.33 (33.32)
Ouro para Andrea, Fernanda prata, bronze para Gabriela Albuquerque do Corinthians com 2:16.28.

200 costas masculino –

Leonardo de Deus. Trofeu Maria Lenk. Parque Aquatico Maria Lenk. 05 de Maio de 2017, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Leo de Deus ganhou sua segunda prova individual na competição nadando os 200 costas pela 12a vez na casa dos 1:57. Venceu com 1:57.95 com parciais de 27.78, 57.42 (29.64), 1:27.83 (30.41) e 1:57.95 (30.12).
Nathan Bighetti do Minas foi prata e pela primeira vez nadou abaixo da barreira dos dois minutos com 1:59.60. Fabio Santi do Pinheiros foi bronze com 2:01.30.
Uma prova que precisamos melhorar, em todos os níveis. Leo de Deus chegou ao seu 17o título de Maria Lenk. Na prova dos 200 costas, ele não perde desde 2012.

50 borboleta feminino –

Daynara de Paula. Trofeu Maria Lenk. Parque Aquatico Maria Lenk. 05 de Maio de 2017, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Três nadadoras na casa dos 26 segundos, vitória para quem saiu melhor e ficou mais tempo embaixo d’água. Daynara de Paula do SESI-SP venceu sua primeira prova na competição marcando 26.51, Bruna Rocha do Minas em segundo com 26.65 e bronze para Daiene Dias da Unisanta com 26.78.
Foi o quinto título de Maria Lenk para Daynara, o terceiro na prova dos 50 borboleta.

50 borboleta masculino –

Nicholas Santos. Trofeu Maria Lenk. Parque Aquatico Maria Lenk. 05 de Maio de 2017, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

O melhor resultado do dia, e da competição. Nicholas Santos fez história ao vencer a prova com 22.61, novo recorde sul-americano, melhor marca do mundo este ano, quinta melhor performance da história, melhor tempo da era pós trajes. Melhor que os 22.61 de Nicholas, somente os quatro tempos do espanhol Rafael Muñoz em 2009 em plena era dos trajes:
22.43, 22.45, 22.48, 22.49.
Nicholas quebrou a marca pós-trajes que era do ucraniano Andrii Govorov com 21.69 feito no Aberto da França no ano passado.
A melhor marca pessoal de Nicholas era 22.79 do Maria Lenk de 2012. Na época, nadou ao lado de Cesar Cielo quando ele estabeleceu o recorde sul-americano quebrado hoje de 22.76.
Tudo isso aos 37 anos de idade. Nicholas nasceu no dia 14 de fevereiro de 1980 em Ribeirão Preto. Nada o Troféu Maria Lenk desde 1998. Desde então, foram 21 medalhas, completando oito vitórias. Sua primeira vitória aconteceu em 2000, na prova dos 50 metros nado livre com 22.89, mais lento que seu 50 borboleta no recorde estabelecido hoje.
Ouro para Nicholas 22.61, Henrique Martins com sua tradicional saída muito atrás de todos 23.06 e Cesar Cielo completando o pódio com 23.22.

Revezamento 4×100 livre feminino –

Trofeu Maria Lenk. Parque Aquatico Maria Lenk. 05 de Maio de 2017, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

SESI-SP repetiu o título de 2015, no ano passado não tivemos revezamentos no Maria Lenk. A equipe venceu com 3:43.48 com Unisanta em segundo 3:44.19 e Pinheiros em terceiro 3:46.06.
Equipe campeã nadou com Clarissa Rodrigues, Priscila Souza, Etiene Mederiso e Daynara de Paula.
Melhor parcial de abertura foi nova melhor marca pessoal para Joanna Maranhão para o Unisanta, mais uma, com 55.59. Melhor parcial intermediário para Manuella Lyrio, segunda nadadora do Pinheiros com 54.65.

Revezamento 4×100 livre masculino –

Trofeu Maria Lenk. Parque Aquatico Maria Lenk. 05 de Maio de 2017, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Fechando o dia com vitória esperada do Pinheiros 3:15.35 com os parciais de Pedro Spajari 49.24 melhor parcial de abertura, Gabriel Santos 48.22 melhor parcial intermediário, André Pereira 49.27 e Marcelo Chierighini 48.62.
Minas ficou em segundo lugar com 3:19.10 e o Unisanta em terceiro com 3:19.11.
Boa disputa pela prata, um centésimo separou Minas e Unisanta, com Henrique Martins fechando 49.46 contra 49.76 de Felipe Ribeiro.

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