Terminou o Troféu Maria Lenk 2017, e, para surpresa de muitos, superando todas as expectativas. Confira como foi a última etapa prova a prova:
200 peito feminino –
O quarto dia foi fechado com o recorde sul-americano dos 50 borboleta com Nicholas Santos, o quinto abriu com um novo recorde continental para os 200 peito feminino. Macarena Ceballos, a argentina que nada pelo Minas, é a primeira nadadora do continente a completar a prova abaixo dos 2:27. Venceu com 2:26.90, sua segunda vitória no Maria Lenk deste ano, ela que também ganhou os 100 e ficou em segundo nos 50 peito.
A outra argentina, Julia Sebastian da Unisanta ficou em segundo com 2:27.04, apenas um segundo acima do seu antigo recorde sul-americano batido pela compatriota.
O bronze veio bastante comemorado, melhor marca pessoal e segundo melhor tempo da história no Brasil, Pamela Alencar Souza do Pinheiros nadou para 2:27.55, ficando a 13 centésimos do antigo recorde de Carolina Mussi 2:27.42 desde 2009.
Uma diferença muito grande das três em relação as demais nadadoras. Renata Sander do Minas ficou em quarto com 2:33.61.
Parciais das três primeiras colocadas:
Macarena – 33.22, 1:10.63 (37.41), 1:48.65 (38.02), 2:26.90 (38.25)
Julia – 33.36, 1:10.48 (37.12), 1:48.19 (37.71), 2:27.04 (38.85)
Pamela – 34.16, 1:12.26 (38.10), 1:49.69 (37.43), 2:27.55 (37.86)
200 peito masculino –
Uma das provas mais fracas de toda a competição. Thiago Simon da Unisanta chegou ao terceiro título de Maria Lenk, o segundo nos 200 peito, repetindo o título de 2014. Venceu com 2:12.27 passando com 1:02.72. Felipe Lima do Minas completou sua trinca de pratas, segundo colocado nos 50, 100 peito e agora nos 200 peito com 2:15.17.
Na raia 8, garantido para o Mundial Júnior, Caio Pumputis fechou forte para levar o bronze com 2:16.00.
Parcias de Thiago:
29.09, 1:02.72 (33.63), 1:37.08 (34.36), 2:12.27 (35.19).
De todos os oito finalistas, apenas Arthur Pedroso do Corinthians classificado em quarto lugar com 2:16.17 conseguiu melhorar sua marca anterior por um décimo.
50 livre feminino –
Etiene Medeiros baixou cinco centésimos dos 24.78 que fez nas eliminatórias para 24.73, o no no tempo do mundo em 2017, a 21a vez nadando a prova dos 50 livre abaixo dos 25 segundos.
Saiu bem, mas com velocidade de reação um pouco acima do seu normal (0.75), respirou duas vezes , uma nos 25 metros, outra nos 35 metros para fechar com boa chegada.
Foi a única na casa dos 24 segundos. Dividiu o pódio com Alessandra Marchioro da Unisanta em segundo com 25.10 e a gaúcha Graciele Herrmann do União com 25.17.
Na natação brasileira, apenas cinco nadadoras já nadaram abaixo dos 25 segundos para os 50 livre. Etiene puxa o carro com 21 vezes, seguida por Graciele Herrmann com nove, e outras três nadadoras apenas uma vez: Daynara de Paula, Flávia Delaroli e Lorrane Ferreira.
Foi o 12o título de Maria Lenk para Etiene, o terceiro consecutivo para a prova dos 50 livre.
50 livre masculino –
A prova que encheu a arquibancada, talvez o maior público de um campeonato nacional absoluto do país. Bruno Fratus venceu com o quarto tempo do mundo este ano com 21.70 seguido por Cesar Cielo 21.79 e Italo Duarte 22.12. Nas eliminatórias, Fratus havia sido 21.83 contra 21.87 de Cielo.
A marca de Fratus aparece como quarto tempo do mundo, de Cielo sexto. Os dois mesmo não alcançando a pontuação determinada por boletim da CBDA, deverão ser chamados e estarão na equipe que vai ao Mundial de Budapeste.
Foi o quarto título de Maria Lenk para Bruno Fratus, o terceiro consecutivo nos 50 livre, e nos três batendo Cesar Cielo. Este tem 17 títulos de Maria Lenk, sete deles na prova dos 50 livre.
Na prova, Cielo que saiu mal nos 100 livre, nos 50 borboleta, voltou a sair atrás. Fratus teve melhor reação, entrada na água e submerso.Cielo tomou a liderança a partir dos 15 metros, chegando a tomar a ponta, mas no final voltou a ceder para Fratus que fechou de forma perfeita.
Duas marcas expressivas nas eliminatórias, duas na final. As duas no padrão Top 10 da FINA e que incrementam a expectiva para o evento.
800 livre feminino –
Bi campeã do Maria Lenk nos 800 livre, fazendo a sua segunda vitória na competição e pela segunda vez alcança a segunda melhor marca da prova. Viviane Jungblut do União estava tão contente que mal conseguiu dar entrevista ao SporTV no final. Venceu com sua melhor marca pessoal 8:34.92, melhor que isso só os 8:32.96 de Joanna Maranhão, recorde brasileiro ainda da era dos trajes em 2009.
Poliana Okimoto da Unisanta chegou a ameaçar nos primeiros 200-300 metros, mas depois disso Viviane só fez abrir. Poliana chegou em tranquilo segundo lugar com 8:43.92 e Gabriela Cordeiro do União fechou muito bem para levar o bronze com 8:51.14.
Confira os parciais de Viviane:
1:01.98, 2:06.63, 3:11.33, 4:16.09, 5:20.90, 6:26.00, 7:31.40, 8:34.92
1500 livre masculino –
A expectativa era de recorde sul-americano, de um histórico sub 15, mas nada disso aconteceu. Nem perto.
Guilherme Costa da Unisanta não teve adversário, dominou no início ao fim, mas parece que atacou cedo demais. Passou muito forte, 27.36 e 56.71 para os primeiros 50 e 100 metros. Sentiu o meio da prova, caiu e chegou a nadar para 1:01.77, mas mesmo assim ainda conseguiu fechar forte para 58.52 e vencer com 15:06.35. É a segunda melhor marca da história da prova no continente.
Também quebrou o recorde de campeonato que era de Oussama Mellouli 15:08.22 quando nadou pelo Corinthians em 2011. Quebrou o recorde do complexo Maria Lenk que era do argentino Martin Naidich que era 15:10.24 desde 2013.
Só não quebrou o seu recorde sul-americano de 15:05.23 feitos num regional em Santos no mês passado.
Veja os parciais de Guilherme:
56.71, 1:56.58, 2:56.98, 3:57.49, 4:58.06, 5:58.78, 6:59.37, 8:00.07, 9:01.18, 10:02.48, 11:04.25, 12:05.26, 13:06.48, 14:08.05 e 15:06.35. A cada 500 metros, seus parciais foram: 4:58.06, 5:04.42, 5:03.87.
Quando bateu o recorde sul-americano de 15:05.23, seus parciais a cada 500 metros foram 5:00.05, 5:03.09 e 5:02.09.
Brandonn Pierry do Corinthians fez a sua segunda melhor marca pessoal chegando em segundo lugar com 15;12.06. O bronze para Diogo Villarinho do Minas baixando expressivamente sua melhor marca pessoal para 15:18.15. Seu melhor era 15:31.29 desde o Brasileiro Senior de Inverno de 2014.
Revezamento 4×100 medley feminino –
Vitória expressiva do Unisanta, do início ao fim, Andrea Berrino 1;02.16, Julia Sebastian 1:09.31, Daiene Dias 58.35 e Alessandra Marchioro 55.36 para 4:05.18. Pinheiros chegou em segundo com 4:05.83 e o Minas em terceiro com 4:09.54.
Revezamento 4×100 medley masculino –
Ainda mais fácil que o revezamento feminino, o Pinheiros venceu de ponta a ponta com 3:34.25 com parciais de 53.81 de Guilherme Guido, 59.50 de João Luiz Gomes Jr, 52.76 de Guilherme Rosolen e Gabriel Silva Santos fechando para 48.18.
Minas ficou em segundo lugar com 3:37.00 e a Unisanta em terceiro com 3:39.83.
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