400 livre masculino –
Primeira distribuição de medalhas do Mundial 2017 era para ser um revanche dos 400 livre do Rio 2016, foi um baile chinês. Sun Yang deu uma aula de natação e venceu de forma incontestável com 3:41.38, mais de dois segundos a frente do australiano Mack Horton, campeão olímpico e como ele mesmo gosta de dizer “nadador limpo”.
A resposta de Yang foi nadando em tempo que lhe daria o ouro nos Jogos do ano passado em estrategia mais arriscada e o tempo todo na frente. Horton demorou para atacar e quando o fez, era tarde demais, ficou em segundo 3:43.85. O bronze ficou para o italiano Gabrielle Detti com 3:43.93, levando os mesmos três nadadores do pódio olímpico apenas com a mudança da cor das medalhas para os dois primeiros.
O sul-coreano Tae Hwan Park ficou num decepcionante quarto lugar nadando para 3:44.38, exatamente o mesmo tempo que havia feito no Arena Pro Swim Series em Atlanta em abril.
100 borboleta semifinal feminino –
Sarah Sjoestroem nadou mais uma vez para 55, melhor que nas eliminatórias, agora 55.77 com parcial 25.77, a única a quebrar a barreira dos 26 na passagem. Nada na raia 4 amanhã e é a grande favorita para o tetra campeonato mundial dos 100 borboleta (2009, 2013, 2015), mas a volta da australiana Emma Mckeon foi melhor. Mckeon fez o segundo tempo 56.23, igualando o recorde nacional da Austrália de Jessica Schipper de 2009.
Ainda tivemos mais dois 56s, Kelsi Worrell dos Estados Unidos 56.74 e Rikako Ikee do Japão 56.89. Está muito claro que só tem duas medalhas em disputa, a prata e o bronze. O ouro é de Sjoestroem, resta saber com quanto ela vai levar.
Forte 100 borboleta para entrar na final, 57.64, e ainda tivemos três nadadoras de fora nadanbo abaixo do 58.
50 borboleta masculino semifinal –
Prova fortíssima, cinco nadadores na casa dos 22 segundos. Melhor tempo para o americano Caeleb Dressel com 22.76. Nicholas Santos ficou em segundo na sua série, terceiro no geral com 22.84. Henrique Martins foi o sexto com 23.13.
Para entrar na final, novo recorde mundial júnior para Andrii Khlopstov da ucrânia com 23.31 superando o chinês Li Zhuhao 23.39 do Campeonato Chinês de 2015.
O húngaro Laszlo Cseh, medalhista de bronze nesta prova no último Mundial, ficou em 11o lugar com 23.51. Cseh diz que os 50 borboleta era apenas para entrar na competição. Diz que a prova ajuda a lhe preparar para os seus maiores objetivos, 100 e 200 borboleta. Para a imprensa húngara chegou a citar que o 50 borboleta fez falta no Rio 2016 quando sentiu e não conseguiu competir bem na Olimpíada. Esta é a sua oitava participação em Campeonatos Mundiais, e medalhou em todas as sete anteriores, um recorde absoluto.
Novo recorde da Ásia para Joseph Schooling com 22.93 quebrando a barreira dos 23 segundos pela primeira vez. A marca anterior foi na eliminatória com 23.05.
400 livre feminino –
Recorde de campeonato nas eliminatórias 3:59.06, novo recorde na final 3:58.34. O recorde mundial não foi quebrado, nem ameaçado. Os parciais de Katie Ledecky não se aproximaram em nenhum momento da sua performance olímpica no ano passado com 3:56.46.
Uma vitória tranquila, pouco mais de três segundos sobre a compatriota Leah Smith, vice campeão com 4:01.54. O bronze sobrou para a jovem chinesa Li Bingjie de 15 anos de idade com 4:03.25. Nenhuma das três medalhistas fez a sua melhor marca pessoal.
Parciais de Katie Ledecky:
57.71, 1:57.74, 2:58.40 e 3:58.34.
100 peito masculino –
Os 100 peito mais fortes da história da natação. É a primeira vez que temos uma prova com resultados nas eliminatórias e agora nas semifinais mais fortes do que os alcançados no Mundial turbinado de 2009. Depois de uma eliminatória onde 17 atletas nadaram abaixo da barreira do minuto, agora para chegar na final, 59.24 foi o oitavo lugar.
Os brasileiros nadaram bem, mas não o suficiente. Felipe Lima foi o 10o 59.48 e João Luiz Gomes Júnior o 11o com 59.56.
Ambos passaram mais fortes do que pela manhã. Felipe passou 27.52 e voltou 31.96. João passou 27.70 e voltou 31.86. Todos os nadadores que passaram a final voltaram melhor que os brasileiros.
Adam Peaty foi o melhor da semifinal, em novo 57, agora recorde de campeonato com 57.75 superando os 58.18 do Mundial de Kazan. Recorde das Américas para Kevin Cordes e seus 58.64, segundo tempo da semifinal.
A oitava vaga para a final ficou com o russo Kirill Prigoda marcando 59.24.
200 medley feminino –
Pela manhã, apenas Katinka Hosszu quebrou a barreira do 2:10. Na semifinal, foram seis nadadoras. A Dama de Ferro baixou ainda mais para 2:07.14 com parciais de 27.59, 32.38, 37.19 e 29.98.
Joanna Maranhão ficou em 10o lugar, sua melhor colocação em Mundiais marcando 2:11.24, novo recorde sul-americano quebrando a sua própria marca de 2009 de 2:12.12. Nos parciais de Joanna:
28.34, 33.14, 39.01 e 30.75.
O peito segue sendo o problema de Joanna. O resto da prova foi perfeito. E o tempo seria o suficiente para ser final nos Mundiais de 2013 e 2015. Este está com um nível muito mais forte.
Revezamento 4×100 livre masculino –
Uma prova história e emblemática, um vice campeonato que vai ser lembrado para sempre como uma das melhores atuações da natação brasileira. O Brasil foi prata ameaçando durante todo tempo a equipe americana.
Estados Unidos venceram mais uma vez, já eram os favoritos absolutos, e embora com toda tradição não levavam o ouro nesta prova desde Roma 2009. Em 2011, foram surprendidos pelos quatro nadadores de 47 da Austrália e ainda perderam para a França. Em Barcelona, nova derrota, a mesma França, ficaram com a prata. E no último Mundial, um erro de estrategia deixou a equipe de fora da final, nova vitória da França.
Na prova de hoje, os americanos dominaram, do início ao fim. Líderes desde as primeiras braçadas e o nado submerso fantástico de Caeleb Dressel .
Os parciais do time americano:
Caeleb Dressell 47.26
Townley Haas 47.46
Blake Pieroni 48.09
Nathan Adrian 47.25
O Brasil subiu ao pódio na prova que não fazia desde 1994. Gabriel Santos passou com 22.95 e entregou em terceiro com 48.30. Marcelo Chierighini fez o melhor parcial de 50 metros (21.91) e o melhor parcial intermediário da prova (46.85), Brasil era e ficou segundo até o fim. Cesar Cielo passou 22.94 e voltou para 48.01. Bruno Fratus já tinha a prata assegurada, mas nadou em busca do ouro e chegou a ameaçar o time americano. Vitória dos Estados Unidos com 3:10.06, Brasil em segundo 3:10.34, Hungria aproveitando duas desclassificações pulou do quinto para o bronze com novo recorde nacional 3:11.99. Foi a primeira medalha húngara neste Mundial, entre todos os esportes, e quebrou uma marca feita nas eliminatórias de 3:13.28.
As desclassificações foram da Austrália na saída do quarto nadador, Alexandre Graham -0,09 e na Itália na saída do segundo Ivano Vendrame -0,04.
Revezamento 4×100 livre feminino –
Para fechar o dia, os Estados Unidos confirmaram o favoritismo e venceram o revezamento 4×100 livre feminino, mas o destaque foi para o tempo de abertura da sueca Sarah Sjoestroem marcando 51.71, a primeira mulher da história a quebrar a barreira dos 52 segundos.
Sarah passou com 24.83 e voltou com 26.88 quebrando a marca de Cate Campbell de 52.06 do ano passado.
Na prova de revezamento, Estados Unidos ouro 3:31.72, prata Austrália 3:32.01 e Holanda bronze 3:32.64.
Nos parciais do time campeão:
Mallory Comerford 52.59
Kelsi Worrell 53.16
Katie Ledecky 53.83
Simone Manuel 52.14
Entre todos os outros parciais, o melhor ficou para a holandesa Ranomi Kromowidjojo que fechou o revezamento da sua equipe para 51.98.
Andrii Govorov, da Ucrânia, é o favorito!!!
Ops…Kamikaze
Coach. Caeleb Dressel está voando!!! Cravou 47.20 na abertura do reveza e fez o melhor tempo dos 50 borbo ( 22.76 ). De olho nele!!!
Coach, esta prova dos 50 fly promete. Nicholas, Dressel e Gorovov estão na briga. Vai ser na batida de mão. O garoto de Singapura, Joseph Schooling, Campeão Olímpico dos 100, é o azarão. Ele é camikaze…rsrs…Ben Proud tb tem chances.
Coach, vc não acha que o parcial de 46.85 credencia o Chierighini para brigar por medalha na prova individual? Se descontarmos o RT , ele pode fazer um tempaço entre 47.3 e 47.4, brigando pelo ouro com Caeleb Dressel e Cameron McEvoy. Marcelo já bateu na trave em Barcelona 2013, Kazan 2015 e no Rio 2016. Ele ganhou o bronze no Pan de Toronto 2015, mas tá na hora de subir ao pódio em competições expressivas. Budapeste pode ser o Mundial dele. #euacredito
Coach se enganou no rev 4×100 masculino. A Hungria não precisou da desclassificação para subir no pódio, ela realmente ficou em 3° na frente da Austrália
Coach, o Brett Hawke tinha atleta nos 3 revesamentos top-3, isso ja aconteceu antes?
Caro Coach, só existe um erro na reportagem, o revezamento masculino da Hungria ficou em terceiro por puro merecimento dos atletas e não por desclassificações (reveja o vídeos da prova), perderam apenas para os Estados Unidos e Brasil. Grato.