100 peito masculino –
Nem a saída fraca, nem a chegada deslizada, conseguem deixar a prova de Adam Peaty lenta. O britânico se sagrou bi campeão mundial da prova vencendo com 57.47, novo recorde de campeonato e com parcial de 26.50, mais rápido do que o parcial do seu próprio recorde mundial (26.61). Peaty não tomou conhecimento dos adversários e cumpriu o que prometeu: “não vou defender meus títulos, vou atacar”.
Assim o fez, do início ao fim e terminou com a segunda melhor marca dos 100 peito na história. Melhor que isso só o seu recorde mundial da Olimpíada no ano passado com 57.13.
Peaty nadou pela sétima vez abaixo dos 58 segundos, a terceira este ano e agora tem as 10 melhores marcas da história.
Adam Peaty ouro, prata para o americano Kevin Cordes com 58.79 depois de ter nadado para recorde das Américas na semifinal com 58.64. O bronze saiu da raia 8, o russo Kirill Prigoda surpreendeu todo mundo e mandou um 59.05, melhor marca pessoal e novo recorde nacional da Rússia quebrando a sua própria marca de 59.24.
Foi a terceira vez que tivemos um bi campeão nos 100 peito em Mundiais. E Peaty foi premiado pelo primeiro, o húngaro Norbert Rosza campeão mundial dos 100 peito em 1991 e 1994. O outro bi campeão mundial foi o americano Brendan Hansen em 2003 e 2005.

100 borboleta feminino –
Sarah Sjoestroem fez história ao se sagrar a primeira tetra campeã mundial da natação feminina. Entre os homens, temos Michael Phelps com cinco títulos nos 200 borboleta, as mulheres agora tem a sueca como a única a conquistar o ouro na mesma prova em quatro edições da competição. Sjoestroem venceu os 100 borboleta pela primeira vez em Roma 2009, voltou a vencer em Barcelona 2013, o tri em Kazan 2015 e hoje o tetra campeonato.

Veja os tempos dos títulos de Sjoestroem:
Roma 2009 – 56.06
Barcelona 2013 – 56.53
Kazan 2015 – 55.64 recorde mundial
Budapeste 2017 – 55.53 recorde de campeonato

Na prova, Sjoestroem saiu forte, 25.67, 34 centésimos abaixo do parcial do recorde mundial. Na volta, cansou um pouco e deslizou na chegada. Perdeu o recorde mundial por cinco centésimos mas fez o segundo melhor tempo da história da prova.

Emma McKeon da Austrália chegou em segundo lugar quebrando o recorde nacional (56.23) que ela dividia com Jessicah Schipper com 56.18, tempo que também é novo recorde da Oceania. Em terceiro lugar, a americana Kelsi Worrell também fez a sua melhor marca pessoal 56.37.

Sarah Sjoestroem agora domina as dez melhores marcas da história nos 100 metros nado borboleta.

100 costas masculino semifinal –
Guilherme Guido conseguiu a sua primeira final em Mundiais ao nadar para 53.71, um centésimo a menos do que havia feito na eliminatória. Guido melhorou a passagem com 25.85, saiu muito bem, mas não teve um bom submerso após a virada. Cansou um pouco no final e voltou com 27.86. Ficou com o sétimo tempo na classificação.

Guido nadava a sua segunda semifinal de 100 costas em Mundiais. Na primeira vez, terminou em 14o lugar em Kazan 2015. Amanhã nada a primeira final da sua carreira.

O melhor das eliminatórias também foi o melhor da semifinal. O chinês Jiayu Xu está passeando na água e marcou 52.44 com parciais de 25.01 e 27.43. Ryan Murphy, atual campeão olímpico e recordista mundial que havia nadado fraco nas eliminatórias, agora forçou mais ficando em segundo com 52.95. Ainda tivemos o outro americano, Matt Greevers nadando para 52.97, o top 3 e únicos a quebrar a barreira dos 53 segundos.

Tivemos um empate na nona colocação e um desempate foi disputado entre o chinês Li Guangyuan e o russo Kliment Kolesnikov. A vitória ficou para o russo com 53.38 contra 53.70 de Guangyuan. Na prova, os dois haviam empatado com 53.84. O tempo de Kolesnikov é novo recorde mundial júnior superando o seu próprio tempo no Campeonato Europeu Júnior há algumas semanas com 53.65.

100 peito feminino semifinal –
A russa Yulia Efimova quebrou o recorde nacional de seu país e ficou a um centésimo do recorde mundial de Ruta Meilutyte de 1:04.35 desde 2013. Efimova passou com 30.67 contra os 29.97 do recorde que permanece em vigor. Na volta, Efimova 33.69 contra 34.38 de Meilutyte.
Tivemos nova melhor marca pessoal também para a americana Lilly King com 1:04.53. Ruta Meilutyte que não havia competido internacionalmente desde os Jogos do Rio no ano passado, ficou em terceiro lugar com 1:05.06. Para entrar na final, Sarah Vasey da Grã-Bretanha fez 1:06.81.

50 borboleta masculino –
Medalha de ouro para Ben Proud da Grã-Bretanha, prata para o Brasil com Nicholas Santos e bronze para o ucraniana Andrii Govorov. Prova é de 50 metros, pouco mais de 22 segundos, mas cheia de detalhes, alternância de liderança, e momentos distintos.
A saída foi do americano Caeleb Dressel, balizado com o melhor tempo, sai na frente, mas com o brasileiro Nicholas Santos ao seu lado. Na altura dos 25 metros, Nicholas está na ponta, mas todos muito próximos. Os 10-15 metros finais uma queda de frequência de quase todos na prova. Nicholas começa a ficar mais curto, nadar mais para baixo e aparece um nadador que não estava no grupo da frente. É o britânico Ben Proud, que cresce incrivelmente nas braçadas finais mantendo a técnica longa e chega com 22.75, novo recorde nacional de seu país, quatro centésimos a frente de Nicholas. O ucraniano Andrii Govorov toca em terceiro com 22.84.
O outro brasileiro, Henrique Martins, a pior saída, mas eficiente na parte nadada em sexto, 23.14.
Foi a primeira vez que um britânico se sagrou campeão mundial nesta prova. A primeira medalha em Mundiais para Ben Proud que este ano trocou de treinador. Deixou John Rudd, técnico de Ruta Meilutyte e está treinando com James Gibson, o técnico de Florent Manaudou na conquista do ouro em Londres 2012.

100 costas feminino semifinal –
A canadense Kylie Masse foi medalha de bronze no ano passado no Rio 2016. Este ano, parece ser a grande candidata ao ouro. Venceu com 58.18 a semifinal, novo recorde nacional de seu país, recorde das Américas e apenas seis centésimos acima do recorde mundial da britânica Gemma Spofforth com 58.12.
A australiana Emily Seebohm com 58.85 foi o outro 58 da prova tendo feito grande prova, principalmente um primeiro 50 metros muito fácil. Para entrar na final, 59.82 tempo da britânica Kathleen Dawson.

200 livre masculino semifinal –
Dois britânicos na ponta, Duncan Scott 1:45.16 e James Guy 1:45.18, mas Sun Yang brincou de nadar para 1:45.24. O chinês passou 52.53 e voltou 52.71. Está sobrando na piscina. Tae Hwan Park da Coreia do Sul ficou com a oitava vaga de 1:46.28. Ficou de fora da final o australiano Mack Horton, 11o lugar com 1:46.81. Não teremos nenhum nadador da Austrália no top 8 de amanhã.

200 medley feminino –
A festa húngara do dia! Katinka Hosszu deu o seu show para seu povo com um sólido 2:07.00. Saiu da semifinal dos 100 costas que aconteceu 20 minutos antes para focar numa melhor marca na prova. Não saiu o recorde mundial, ficou até distante, 88 centésimos, mas foi absoluta, do início ao fim. Teve o melhor parcial de borboleta 27.07, o melhor de costas 31.99, o melhor de peito 37.33, mas o final não foi tão especial, 30.61. O suficiente para o ouro deixando a japonesa Yui Ohashi em segundo com 2:07.91, esta fazendo a prova de sua vida. Nadando na raia 8, seu melhor era 2:09.96 e com 2:07.91 chegou próximo do recorde nacional de seu país de 2:07.44. O bronze para a estreante no time americano, Madisyn Cox 2:09.71. Surpresa foi ver a medalhista de prata olímpica, a britânica Siobhan Marie-O’Connor, chegando em último lugar com 2:10.41. Última pois a canadense Sydney Prickrem nadou apenas os primeiros 50 metros de borboleta, tomou água, engasgou e decidiu parar. Saiu ali mesmo, rapidinho deixando a piscina. A Federação Canadense demorou para anunciar o real motivo, mas foi apenas uma má sorte para uma nadadora que é a atual recordista nacional de seu país.

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário