200 livre feminino –
Katie Ledecky sofreu a sua primeira derrota em Campeonatos Mundiais depois de 13 provas. A americana nadou mais lento do que na semifinal (1:54.69) e acabou na segunda colocação empatada com a australiana Emma McKeon com 1:55.18. Na sua frente, a italiana Federica Pellegrini que fez história conquistando seu sétimo pódio consecutivo na mesma prova marcando 1:54.73.
A prova teve alternância de liderança e o final de prova da italiana com um 28.82 que desiquilibrou com quase um segundo de diferença no parcial das adversárias. Confira os parciais das três primeiras colocadas:
Pellegrini 27.22, 56.41 (29.19), 1:25.91 (29.50), 1:54.73 (28.82)
Ledecky 27.22, 56.09 (28.87), 1:25.43 (29.34), 1:55.18 (29.75)
McKeon 26.75, 55.83 (29.08), 1:25.42 (29.59), 1:55.18 (29.76)
Pellegrini conquistou o seu terceiro Mundial nos 200 livre, mas foi podio pelo sétimo campeonato consecutivo confira:
2005 – 2o 1:58.73
2007 – 3o 1:56.97
2009 – 1o 1:52.98 recorde mundial
2011 – 1o 1:55.58
2013 – 2o 1:55.14
2015 – 2o 1:55.32
2017 – 1o 1:54.73
100 livre masculino semifinal –
Marcelo Chierighini entrou com a oitava vaga para a final com 48.31. Acertou a saída, forçou o parcial passou com 22.73, o segundo mais forte parcial de toda a prova, e voltou com 25.58, para 48.31. É seu melhor tempo este ano, e dois décimos acima da sua melhor marca de 48.11.
Comparado com a eliminatória, Chierighini melhorou 48 centésimos no parcial, mas apenas 15 centésimos no tempo total. Na final, vai encarar cinco nadadores na casa dos 47 segundos. O melhor da semifinal foi o francês Mehdy Metella que fez a sua melhor marca principal com 47.65, um centésimo a frente do americano Caeleb Dressel.
O outro brasileiro na prova foi o estreante em Mundiais Gabriel Santos, ficou em 14o lugar com 48.72 com parciais de 23.10 e 25.62.
Este é o quarto Mundial na carreira de Chierighini e a terceira final consecutiva nos 100 livre. Nos outros dois:
2013 – 6o
2015 – 5o
50 costas feminino semifinal –
Uma prova perfeita para Etiene Medeiros, velocidade de reação, saída, subida do submerso, prova nadada e chegada. Mandou 27.18, melhor marca pessoal, novo recorde brasileiro e sul-americano, novo recorde das Américas e terceira melhor marca da história. Uma prova e tanto.
Porém, não foi fácil. A atual campeã mundial Yanhui Fu ficou em segundo com apenas um centésimo atrás numa chegada ainda melhor que a brasileira.
Para entrar na final, 27.60, ou seja, apenas 42 centésimos separando o primeiro do oitavo tempo das semifinais.
A argentina Andrea Berrino que atua pelo Unisanta nos campeonatos nacionais, voltou a quebrar a barreira dos 28 segundos. Depois de fazer 27.96 nas eliminatórias em novo recorde nacional de seu país, mandou 27.80 terminando em 12o lugar e novo recorde argentino.
Em cinco participações em Campeonatos Mundiais, Etiene Medeiros chega a sua terceira final na prova dos 50 metros nado costas.
200 borboleta masculino –
Chad Le Clos melhorou incrivelmente a sua técnica com o novo treinador, mas sofreu no final de prova. Mesmo assim, venceu com 1:53.33 apenas 39 centésimos a frente do húngaro Laszlo Cseh devolvendo a derrota do Mundial de Kazan.
Le Clos teve a prova sempre em seu domínio, mas caindo demais no final. Seus parciais:
24.56, 53.21 (28.65), 1:23.30 (30.09), 1:53.33 (30.03).
Laszlo Cseh completou seu oitavo pódio em oito Campeonatos Mundiais, feito inédito nos Mundiais de Esportes Aquáticos.
No total, são 13 medalhas, 2 ouros, 6 pratas e 5 bronzes, subindo ao pódio desde a sua estréia no Mundial de Barcelona em 2003.
O bronze sobrou para Daiya Seto do Japão com 1:54.21. O medalhista de bronze olímpico Tamas Kenderesi ficou em quarto lugar com 1:54.73 e o medalhista de prata do Rio 2016, Masato Sakai em sexto lugar com 1:55.04.
Esta foi a segunda vez que Chad Le Clos se sagra campeão mundial dos 200 borboleta repetindo a conquista de Barcelona 2013.
50 peito masculino –
Adam Peaty voltou a fazer história, não bateu o recorde mundial, mas quebrou a barreira dos 26 segundos mais uma vez com 25.99. O Brasil subiu ao pódio com novo recorde das Américas para João Luiz Gomes Jr. marcando 26.52 se tornando no segundo melhor nadador da história da prova. O sul-africano Cameron van der Burgh ficou em terceiro lugar com 26.60 e Felipe Lima na quarta posição com 26.78.
Na largada, Peaty não saiu tão bem como na semifinal, mas bem melhor que nas saídas dos 100 peito. Felipe Lima junto com van der Burgh foram os melhores na saída. João Gomes Jr. saiu bem do bloco, mas não encaixou a filipina ficando um pouco para trás. Mesmo assim, cresceu de produção num ritmo alucinante e ganhando espaço. Nos metros finais, apenas João e Peaty conseguiram se manter eficientes no mesmo padrão de nado. Foi o que fez a diferença.
Peaty se tornou no segundo bi campeão mundial da prova dos 50 peito, mas o primeiro de forma consecutiva. O Brasil subiu ao pódio pela terceira vez em Budapeste, a terceira prata. Na prova dos 50 peito em Mundiais, o Brasil ainda tem mais um ouro com Felipe França em 2011 e com o mesmo França uma prata em 2009.
200 borboleta feminino semifinal –
Prova totalmente indefinida onde pouco mais de 1 segundo e meio separam a primeira da oitava classificada. O melhor tempo das semifinais ficou para a alemã Franziska Hentke com 2:06.29 seguida pela chinesa Yilin Zhou 2:06.63 e Mireia Belmonte da Espanha 2:06.71. Katinka Hosszu descansou uma hora depois de ficar em sétimo lugar nos 200 livre para entrar com o sexto lugar na final com 2:07.37. O oitavo tempo da semifinal foi da coreana An Sehyeon 2:07.82.
200 medley masculino semifinal –
O americano Chase Kalisz quebrou a barreira do 1:56 pela primeira vez na carreira com 1:55.88 e classificou com o melhor tempo para a final. Sempre nadando o segundo parcial da prova melhor, Kalisz fez um parcial muito bom de peito (32.38) e o melhor de crawl (28.11) para assegurar a raia 4 na final de amanhã. Kosuke Hagino nadou em série diferente e nadou para 1:56.04, segundo tempo.
A oitava vaga para a final de amanhã foi com novo recorde mundial júnior de Haiyang Qin da China de 17 anos marcando 1:57.81. O recorde já era dele com 1:59.01 da eliminatória. Qin, entretanto, já tem 1:57.54 em competição realizada em seu país que não houve o procedimento padrão para a quebra de recorde mundial, por isso, sua marca anterior não será considerada pela FINA.
800 livre masculino –
Novo recorde italiano e europeu para Gabriele Detti com 7:40.77 batendo a marca anterior que pertencia ao compatriota Gregorio Paltrinieri com 7:40.81 do Mundial de Kazan.
Detti chegou a liderar o início da prova, depois caiu para a terceira posição, mas fechou melhor e nos últimos 100 metros nadou para 57.72 vencendo com quase um segundo de vantagem sobre o polonês Wojciech Wojdak prata com 7:41.73 e o outro italiano Gregorio Paltrinieri em terceiro com 7:42.44.
O chinês Sun Yang, que defendia o tri campeonato mundial da prova, chegou em quinto lugar 7:48.87 e bastante abalado chorou copiosamente abraçado ao jornalista da TV chinesa.
Foi a primeira vez que um nadador italiano vence a prova dos 800 livre em Mundiais, o segundo pódio consecutivo. Em 2015, em Kazan, Paltrinieri havia sido prata.
Revezamento 4×100 medley misto –
Para fechar o dia, mais um recorde mundial. Este destroçando a marca feita pela manhã pela equipe dos Estados Unidos em quase dois segundos. O time americano assim como cinco dos oito finalistas abriu com um homem e Matt Greevers, a exemplo do que Ryan Murphy fez nas eliminatórias, nadou melhor do que havia feito na final dos 100 costas na etapa de ontem. Com o tempo de Greevers na abertura do revezamento (52.32) ele teria vencido a prova do chinês Jiayu Xu (52.44).
Time americano depois de abrir na frente, caiu bastante com Lilly King e seu parcial de 1:0415, mas recuperou muito com Caeleb Dressel no borboleta de 49.92. Simone Manuel, campeã olímpica dos 100 livre, fechou com 52.17.
Novo recorde mundial com 3:38.56 superando a marca da eliminatória de 3:40.28.
Austrália chegou em segundo lugar com novo recorde da Oceania marcando 3:41.21 e um empate na terceira posição entre Canadá e China com 3:41.25.
Entre os parciais da prova, os melhores de cada sexo:
Melhor costas entre os homens 52.32 de Greevers, das muheres Georgia Davies da Grã-Bretanha com 59.98
Melhor peito entre os homens Adam Peaty da Grã-Bretanha 57.12, das mulheres Lilly King dos Estados Unidos 1:04.15
Melhor borboleta entre os homens Caeleb Dressel dos Estados Unidos 49.92, das mulheres Penny Oleksiak do Canadá 56.18.
Melhor parcial de crawl entre os homens Yuri Kisil do Canadá 47.71, das mulheres Simone Manuel dos Estados Unidos 52.17.
Melhor parcial feminino de costas foi da Masse 58.22