E seguem as emoções deste sensacional Campeonato Mundial em Budapeste.
200 medley masculino –
Chase Kalisz manteve o domínio americano na prova que se mantém desde 2003. Michael Phelps venceu em 2003, 2005, 2007, Ryan Lochte 2009, 2011, 2013 e 2015, e agora começa a era Chase Kaliz. Voltando a nadar a sua melhor marca pessoal 1:55.56 deixou os medalhistas de prata e bronze do Rio 2016, Kosuke Hagino do Japão em segundo e o chinês Shun Wang em terceiro respectivamente com 1:56.01 e 1:56.28.
Kalisz nada sempre o segundo parcial da prova melhor que seus adversários e Hagino não abriu diferença suficiente contra o americano. Confira os parciais dos dois primeiros:
Kalisz 25.27, 54.46 (29.19), 1:27.09 (32.63), 1:55.56 (28.47)
Hagino 24.62, 53.76 (29.14), 1:27.83 (34.07), 1:56.01 (28.18).
Esta é a primeira medalha de ouro de Kalisz em Mundiais, havia sido bronze nos 400 medley de Kazan em 2015. Hagino repetiu a prata alcançada em 2013 perdendo na final para Ryan Lochte.
100 livre feminino semifinal –
Pela manhã, nas eliminatórias, nenhum 52, na semifinal foram quatro. O melhor deles para a sueca Sarah Sjoestroem, a mais rápida nos primeiros 50 metros com 25.27 e marcando 52.44. Simone Manuel dos Estados Unidos ficou com o segundo tempo 52.69 e a melhor volta da prova 27.02 batendo o recorde das Américas. Pernille Blume, campeã olímpica dos 50 livre no Rio 2016, voltou a baixar tempo e quebrar o recorde nacional da Dinamarca. Agora ficou em quarto lugar nadando pela primeira vez abaixo da barreira com 52.99.
A oitava vaga para a final dos 100 livre ficou para australiana Emma McKeon com 53.20. Comparado com o último Mundial, Kazan 2015, foi uma melhora de sete décimos no tempo de passagem da semifinal para a final.
100 livre masculino –
Os americanos não venciam os 100 livre em Mundiais desde 2001, e não faziam dobradinha desde 1978. Fizeram os dois. Caeleb Dressel, mais uma vez abusando da sua saída, a melhor do mundo na atualidade, tomou a frente, fez o melhor parcial e teve a melhor volta, 22.31 e 24.86 para 47.17, novo recorde americano.
Comemorou o seu primeiro título Mundial com dobradinha, Nathan Adrian em segundo com 47.87 e o francês Mehdy Metella em terceiro com 47.89.
Cameron McEvoy foi o quarto colocado, e o quarto 47, 47.92. O brasileiro Marcelo Chierighini repetiu a mesma colocação do Mundial de Kazan, 5o lugar com 48.11 empatado com o britânico Duncan Scott. É a melhor marca pessoal de Chierighini, mas a terceira vez que ele nada para este tempo. Ele já havia feito 48.11 na final do Maria Lenk 2013 e na semifinal dos 100 livre do Mundial de Barcelona em 2013.
Nos parciais de Chierighini em Budapesteconfira todas as três provas de:
Eliminatórias 23.21, 25.25, 48.46
Semifinais 22.73, 25.58,, 48.31
Final 22.95, 25.16, 48.11
50 costas feminino –
O primeiro título mundial da natação feminina do Brasil veio com o ouro de Etiene Medeiros e a prova (quase) perfeita de 27.14, novo recorde das Américas. Etiene tem sido a pioneira em inúmeras situações dentro da natação feminina do Brasil. Hoje, subiu ao degrau mais alto em sua carreira ao vencer por apenas um centésimo a chinesa Yanhui Fu.
Na parte técnica, Fu teve melhor reação do que Etiene 0,57 contra 0,59, entretanto no início de nado, Etiene já estava um pouco a frente e assim se manteve até o final. Na chegada, Etiene se projetou um pouco antes, uma leve deslizada e a chinesa finalizou melhor. Etiene tocou 27.14, Fu 27.15.
A briga das duas vinha sendo bem acirrada desde as eliminatórias. Fu abriu a competição com o melhor tempo 27.21 enquanto Etiene nadou para 27.65 empatada com a bielo-russa Aliaksandra Herasimenia. A brasileira caiu na mesma série da chinesa na semifinal e ao lado dela venceu com 27.18 contra 27.19, em final bem parecido com a prova de hoje onde a chinesa consegue minimizar a distância em chegada mais precisa, mas sem bater o tempo de Etiene.
Pódio da prova, Etiene ouro 27.14, Fu da China para 27.15 e Aliaksandra Herasimenia de Belarus bronze 27.23.
O nível da prova foi fortíssimo com três recordes continentais batidos. O das Américas por Etiene, o recorde europeu igualado por Aliaksandra Herasimenia com 27.23 e o recorde da Oceania com o quarto lugar de Emily Seebohm da Austrália com 27.37.
200 peito masculino semifinal –
Novo recorde de campeonato e europeu para Anton Chupkov da Rússia e uma prova muito bem nadada, uma divisão incrível. O russo abriu com 29.58, 1:02.82 (33.24), 1:35.27 (32.45) e 2:07.14 (31.87). O recorde de campeonato era o recorde europeu de Daniel Gyurta com 2:07.23 do Mundial de 2013.
Ainda tivemos mais três nadadores na casa dos 2:07, pela ordem: Ippei Watanabe do Japão 2:07.44, Ross Murdoch da Grã-Bretanha 2:07.72 e Yasuhiro Koseki do Japão 2:07.80.
A oitava vaga para a final ficou com o americano Nic Fink marcando 2:08.80. O campeão olímpico Dmitriy Balandin do Cazaquistão ficou em 13o lugar com 2:09.69.
200 borboleta feminino –
Mireia Belmonte se sagrou na terceira espanhola campeã mundial ao vencer a prova com 2:05.26 em prova disputadíssima e só decidida no final. Antes de Belmonte, Martin Lopez Zubero e Nina Zhivaneskaya já havia conquistado ouro em Mundiais.
Belmonte, diferente de Zubero, que nasceu nos Estados Unidos, e Zhivaneskaya, que nasceu na Rússia, é nascida, criada e treinada na Espanha. Seu forte é sempre o final e conseguiu garantir o ouro com um belo segundo parcial de prova. Veja os parciais da espanhola:
28.61, 1:00.55 (31.94), 1:32.81 (32.26), 2:05.26 (32.45).
O pódio foi Belmonte ouro com 2:05.26, a alemã Franziska Hentke em segundo 2:05.39 e Katinka Hosszu em terceiro com 2:06.02.
Mireia Belmonte ficou de fora do Mundial de 2015, lesionada, mas venceu esta prova nos Jogos Olímpicos do Rio no ano passado. No Mundial de 2013, em Barcelona, havia sido prata atrás da chinesa Zige Liu.
200 peito feminino semifinal –
Yulia Efimova da Rússia está sobrando nesta prova. É alerta puro de recorde mundial depois de passar os primeiros 100 metros com 1:10.55 e voltar com 1:10.94 para 2:21.49, melhor tempo das semifinais.
A americana Bethany Galat ficou em segundo com 2:21.86. Lilly King, a outra americana, campeã dos 100 peito, entrou com o oitavo tempo 2:23.81. A atual recordista mundial da prova, Rikke Pedersen da Dinamarca ficou em 11o lugar com 2:24.51.
200 costas masculino semifinal –
Leonardo de Deus nadou melhor que nas eliminatórias, quebrou o 1:58 e terminou em 11o lugar com 1:57.89. Seus parciais foram 27.55, 57.50 (29.95), 1:27.88 (30.38) e 1:57.89 (30.01).
Na briga pelas vagas da final, o oitavo tempo foi 1:56.11 do lituana Danas Rapsys. Tivemos três nadadores na casa do 1:54 pela ordem: Jiayu Xu da China 1:54.79, Ryan Murphy dos Estados Unidos 1:54.93 e Evgeny Rylov da Rússia 1:54.96. O outro russo, o jovem Kliment Kolesnikov entrou com o quarto tempo 1:55.15, novo recorde mundial júnior superando a sua marca de 1:55.49 feita no Campeoanto Russo deste ano em abril.
Resultado bastante decepcionante para o atual campeão mundial da prova, Mitchell Larkin que terminou em 15o lugar com 1:59.10.
Revezamento 4×200 livre feminino –
Vitória americana garantida com o melhor parcial da prova para Katie Ledecky fechando com 1:54.02. As americanas, com exceção de Leah Smith, que abriu em segundo, sempre estiveram na frente. Veja os parciais:
Leah Smith 1:55.97
Mallory Comerford 1:56.92
Melanie Margalis 1:56.48
Katie Ledecky 1:54.02
O pódio Estados Unidos campeão 7:43.39, China em segundo 7:44.96 e Austrália em terceiro com 7:48.51.
Parabéns pelos seus comentários. Sempre aprendo muito com você.
Recorde do Caeleb é apenas americano, recorde das Américas é do Cielo
Coach Alex Pussieldi, se o Marcelo Chierighini tivesse repetido o parcial dos primeiros 50 metros da semifinal (22.73), teria feito 47.89 e pego a medalha de bronze… ele realmente está batendo na trave…