100 livre feminino –
A surpresa do dia com a vitória da americana Simone Manuel estabelecendo novo recorde das Américas em final surpreendente batendo a favorita Sarah Sjoestroem da Suécia com 52.27 contra 52.31 da sueca. Esta, tinha a liderança nos primeiros 50 metros com 24.75, mas voltou muito mal com 27.56, bloqueando demais e chegando completamente dura sem eficiência. Desesperada, chegou a respirar dentro da faixa vermelha em total perda de técnica.
A dinamarquesa Pernille Blume, campeã olímpica dos 50 livre, nunca tinha subido ao pódio em Campeonatos Mundiais em provas individuais, levou o bronze com 52.69, terceira vez que bate o recorde nacional de seu país depois de 53.13 nas eliminatórias e 52.99 na semifinal.
Os Estados Unidos não venciam uma prova de 100 metros nado livre feminino em Mundiais desde 1998 com Jennifer Thompson. Ontem, no masculino a quebra de tabu foi desde 2001 com Anthony Ervin.
A medalha de ouro de Simone Manuel foi a 9a dourada da equipe americana neste Mundial já superando a performance do Mundial de Kazan e a medalha de número 200 de ouro dos americanos em Mundiais desde 1973.
200 costas masculino –
A primeira das três vitórias russas do dia veio com uma bela prova de Evgeny Rylov estabelecendo novo recorde europeu para a prova em ritmo muito forte desde o princípio vencendo com 1:53.61. Bronze no Mundial de Kazan e nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, Rylov quebrou a sua marca nacional de :53.81 feita no Campeonato Russo deste ano por dois décimos nos seguintes parciais:
26.37, 54.50 (28.13), 1:23.78 (29.28), 1:53.61 (29.83).
Ryan Murphy, americano campeão olímpico ficou em segundo lugar com 1:54.21. Murphy deixou Rylov abrir muito e até tirou boa diferença no final, mas não o suficiente. O bronze ficou para outro americano, Jacob Pebley com 1:55.06.
O russo Kliment Kolesnikov ficou na quarta colocação quebrando a sua própria marca de recorde mundial júnior com 1:55.14. O seu recorde anterior era 1:55.15 feito na semifinal.
Os russos não ganhavam uma medalha de ouro individual masculina em Campeonatos Mundiais desde a era Alex Popov em 2003. Na prova dos 200 costas, a última vitória russa foi em 1994 com Vladimir Selkov.
200 costas feminino semifinal –
Emily Seebohm comemorou a melhor marca dos 50 costas ontem, novo recorde da Oceania. Hoje, a australiana comemorou ainda mais igualar o seu recorde continental nos 200 costas com o melhor tempo da semifinal com 2:05.81. A prova foi muito forte, talvez uma das mais fortes até agora. Para entrar na final de amanhã, a oitava classificada Hilary Caldwell fez 2:07.64. No Rio 2016, 2:07.54 foi medalha de bronze.
Katinka Hosszu entrou com o sétimo tempo para a sua quarta final neste Mundial com 2:07.51.
50 livre masculino semifinal –
Caeleb Dressel fez a sua primeira prova da tarde quebrando o recorde americano e fazendo o melhor tempo da semfinal com 21.29. Os brasileiros Bruno Fratus e Cesar Cielo garantiram suas vagas para a final com Fratus fazendo o terceiro tempo 21.60 empatado com o britânico Ben Proud e Cielo em oitavo com 21.77.
Fratus havia nadado melhor pela manhã com 21.51, agora não saiu tão bem, mas recuperou durante a prova. Foi a 12a vez que nada na casa dos 21 segundos neste ano. É sua terceira final de Mundial nesta prova com o melhor resultado na última edição quando foi bronze com 21.55.
Cesar Cielo, diferente de Fratus, nadou melhor em tempo na semifinal do que na eliminatória quando havia feito 21.99. Cielo fez 21.77, mas chegou errado, deslizando e tirando a cabeça d’água. Saiu bem e estava bem na prova, mas sentiu o final. Ficou satisfeito com o resultado e a classificação para a sua quinta final de 50 metros nado livre, novo recordista isolado neste quesito. Antes dividia a honra com o sul-africano Roland Schoeman com quatro finais.
200 peito feminino –
A vitória era esperada, o recorde mundial também, veio a primeira, a segunda não. Yulia Efimova se sagrou bi campeã mundial dos 200 peito, repetindo o título de 2013 com expressivos 2:19.64. Nadando no seu jeito progressivo, não conseguiu fechar para uma prova que parecia ter os 2:19.11 de Rikke Pedersen de 2013 pertos de serem quebrados.
Parciais de Efimova:
32.76, 1:08.49 (35.73), 1:43.67 (35.18), 2:19.64 (35.97).
A americana Bethany Galat ficou com a medalha de prata na sua primeira Seleção Americana, no primeiro Mundial, melhor marca pessoal 2:21.77 em segundo lugar. O bronze sobrou para a chinesa Jinglin Shi também nadando para o seu melhor com 2:21.93. Shi tinha sido bronze no Mundial de 2015 e no Rio 2016.
A campeã e recordista mundial dos 100 peito, a americana Lilly King, terminou em quarto lugar com 2:22.11 depois de passar na frente nos primeiros 100 metros.
100 borboleta masculino semifinal –
Pouco menos de 30 minutos, foi o que Caeleb Dressel teve desde o recorde americano dos 50 livre para vencer a semifinal com melhor marca pessoal dos 100 borboleta com 50.07, agora a quarta melhor performance da prova. Com os 50.08 feitos na eliminatória, Dressel já tem duas das cinco melhores marcas. Melhor que isso só os tempos feitos por Michael Phelps e Milorad Cavic no Mundial turbinado de 2009. O recorde mundial de Phelps de 49.82 está em alerta ainda mais com a chegada errada de Dressel hoje. Nos seus parciais 23.26 e 26.81, 50.07 contra os 23.41 e 26.67 feitos na eliminatória, 50.08.
O brasileiro Henrique Martins ficou em 11o lugar fazendo sua melhor marca pessoal por um centésimo, 51.47 depois de passar bem 23.60 sentiu um pouco na volta, mas teve uma chegada muito ruim. A saída foi a sua melhor nesta competição, sua velocidade de reação melhorou bastante, mas ainda enfrenta dificuldades com a golfinhada inicial e o ângulo de entrada na água. A parte nadada dos primeiros 50 metros perfeita, já o submerso da saída da virada nem tanto. A chegada acabou sendo a pior parte da prova e comprometeu um resultado melhor.
Para entrar na final A, 51.31 do australiano Grant Irvine.
O atual bi campeão mundial da prova, Chad Le Clos, ficou em 12o lugar com 51.48.
50 borboleta feminino semifinal –
Das 16 semifinalistas, 14 nadaram na casa dos 25 segundos. A melhor foi a sueca Sarah Sjoestroem atual recordista mundial marcando 25.30. A oitava vaga para a final ficou com a egípcia Farida Osman quebrando o recorde da África com 25.73, a marca já era sua com 25.74 feito na eliminatória.
Mais uma decepção com a japonesa Rikako Ikee que veio para ser a estrela da natação feminina do Japão inscrita em quatro provas individuais: 50 e 100 livre, 50 e 100 borboleta, sem conseguir nenhuma final.
200 peito masculino –
Uma aula de natação do russo Anton Chupkov 2:06.96, a terceira vez que hino nacional de seu país foi executada na noite de finais de hoje. Venceu com novo recorde de campeonato e europeu superando os 2:07.14 que eram dele mesmo feitos na semifinal. E voltou a fazer uma bela prova, bem dividida, crescendo e com um final fulminante.
Seus parciais:
29.65, 1:02.31 (32.66), 1:34.97 (32.66), 2:06.96 (31.99).
Dois japoneses subiram juntos ao pódio, Yasuhiro Koseki em segundo lugar com 2:07.29 e Ippei Watanabe em terceiro com 2:07.47.
Foi a primeira vez na história que um russo vence os 200 peito no Campeonato Mundial. Em Kazan, Chupkov então com apenas 18 anos de idade havia ficado em oitavo lugar. No ano passado, no Rio 2016 foi medalhista de bronze.
Revezamento 4×200 livre masculino –
A briga estava entre Estados Unidos e Rússia até o último nadador. Foi quando entrou na água James Guy, campeão mundial dos 200 livre em Kazan 2015 e um tanto frustrado para o quinto lugar na mesma prova em Budapeste. O dia de hoje foi diferente para Guy. Primeiro nos 100 borboleta, onde quebrou o recorde britânico da prova duas vezes: 51.16 nas eliminatórias e 50.67 na semifinal classificando com o segundo tempo para a final de amanhã.
No revezamento, quando pulou na água, a Grã-Bretanha estava em terceiro lugar poucos centésimos atrás da Rússia, mas mais de um segundo atrás do time americano que liderava. Com um parcial de 1:43.80, o terceiro melhor da história, passou a frente e deu a Grã-Bretanha o bi campeonato mundial da prova com 7:01.70. A Rússia chegou em segundo lugar com 7:02.68 e os Estados Unidos completaram o pódio com 7:03.18.
Parciais do time campeão:
Stephen Milne 1:47.25
Nicolas Grainger 1:46.05
Duncan Scott 1:44.60
James Guy 1:43.80
Melhor parcial de abertura do revezamneto para o russo Mikhail Dovgalyuk com 1:46.00. Melhor parcial intermediário para Scott da Grã-Bretanha e o melhor final para Guy.
Lotte Friis se aposentou, o mesmo para o Verschuren. Mie Nielsen tirou um break e Jeanette Ottesen está grávida.
Coach, você sabe me dizer porque as dinamarquesas Mie Nielsen, a Janette Ottesen e a Lotte Friis não estão no mundial? E também o holandes Sebastian Vershuren?