Análise das últimas provas do Mundial 2017 que vai deixar muita saudade.
50 peito feminino –
Na Guerra Fria da natação feminina, a americana Lilly Link venceu o último capítulo e sai de Budapeste como a grande vitoriosa do nado. Levou com 29.40, novo recorde mundial superando os 29.48 de Ruta Meilutyte de 2013. A russa Yulia Efimova fez a sua melhor saída na competição para chegar em segundo lugar com 29.57. E o pódio foi o mesmo dos 100 peito com Katie Meili dos Estados Unidos levando o bronze. Na prova dos 100 peito, também vencida por King com recorde mundial, Meili foi segunda e Efimova terceira.
As americanas não venciam os 50 peito em Mundiais desde 2011 com Jessica Hardy, no mesmo ano que Efimova subiu ao pódio pela primeira vez nesta prova. A russa completou quatro Mundiais consecutivos no pódio dos 50 peito.
400 medley masculino –
Vitória incontestável, uma das mais fáceis da competição para o americano Chase Kalisz levar com 4:05.90, novo recorde de campeonato derrugbando a marca de Michael Phelps 4:06.22 de 2007.
Kalisz, normalmente bem conservardor no borboleta, desta vez esteve sempre entre os primeiros e já a partir de costas tinha a liderança. No peito, seu melhor nado, conseguiu mais uma vez um grande parcial 1:07.67.
Veja os parciais de sua vitória:
55.93, 1:59.58 (1:03.65), 3:07.25 (1:07.67), 4:05.90 (58.65).
Alegria dos húngaros com a medalha de prata de David Verraszto mesmo não fazendo sua melhor marca pessoal, mas se recuperando de não ter nem pego final no Rio 2016. Foi prata com 4:08.38 e o japonês Daiya Seto que lutava pelo tri acabou com a medalha de bronze com 4:09.14.
O brasileiro Brandonn Almeida terminou em sétimo lugar com 4:13.00 melhorando um pouco em relação ao que havia feito nas eliminatórias ficando pouco mais de meio segundo acima de seu melhor.
Os parciais de Brandonn:
57.49, 2:00.80 (1:03.31), 3:14.53 (1:13.73), 4:13.00 (58.47).
Os americanos voltaram a ganhar os 400 medley. A última vez havia sido com Ryan Lochte em 2011, mesmo ano que o nadador americano levou também os 200 medley. O mesmo nadador vencer as duas provas de medley (200 e 400), não aconteceu em 2013 e 2015, mas acontece com Chase Kalisz nadando seu segundo Mundial e saindo de Budapeste com duas medalhas de ouro.
50 livre feminino –
A sueca Sarah Sjoestroem não teve a melhor saída, mas recuperou na prova nadada e sem respirar levou a sua terceira medalha de ouro da competição, a quarta no total, vencendo com 23.69, apenas dois centésimos acima do recorde mundial batido no dia anterior.
Ranomi Kromowidjojo da Holanda foi medalha de prata quebrando a barreira dos 24 segundos pela primeira vez na carreira com 23.95 e a americana Simone Manuel, também derrubando a barreira pela primeira vez, em novo recorde das Américas com 23.97.
Sarah havia sido prata nesta prova no último Mundial e este foi seu 9o sub 24 na prova dos 50 metros nado livre. A sueca agora tem três das cinco melhores marcas da prova.
50 costas masculino –
O “au revoir” de Camille Lacourt não poderia ser melhor. O gigante francês de 1,98 de altura se despediu das piscinas fazendo de forma triunfal na conquista do tri campeonato mundial dos 50 costas. Campeão em 2013 com 24.42, em 2015 com 24.23, leva o tri em Budapeste com 24.35.
A prata ficou para o baixinho japonês Junya Koga com 24.51 e outro gigante, Matt Greevers dos Estados Unidos levou o bronze com 24.56.
Os três já haviam estado no pódio desta prova em Mundiais anteriores. Lacourt, além dos três títulos Mundiais, foi prata em 2011. Koga foi prata no Mundial de Roma em 2009. E Greevers, completou seu terceiro Mundial no pódio nesta prova, duas pratas e seu primeiro bronze.
400 medley feminino –
A Duna Arena veio abaixo pela segunda vitória da Hungria no Mundial, a segunda com Katinka Hosszu marcando 4:29.33, novo recorde de campeonato. O recorde anterior, era dela mesmo, 4:30.31 do Mundial de Roma em 2009. Seu primeiro título Mundial, e agora comemorado como tetra campeonato ao vencer consecutivamente em 2013 com 4:30.41, em 2015 com 4:30.49 e agora com 4:29.33.
Seus parciais da vitória:
1:01.16, 2:08.74 (1:07.58), 3:27.01 (1:18.27), 4:29.33 (1:02.32).
Mireia Belmonte da Espanha foi prata com 4:32.17 e a canadense Sydney Pickrem, a mesma que saiu correndo da piscina nos 200 medley após tomar água, ficou em terceiro lugar 4:32.88.
1500 metros nado livre –
O ucraniano Mykhailo Romanchuk até tentou, mas o italiano Gregorio Paltrinieri é, indiscutivelmente, o melhor nadador de 1500 do mundo na atualidade. Dominou a prova e venceu com 14:35.85 se sagrando bi campeão mundial da distância.
Bronze em 2013 com 14:45.37, Paltrinieri conquistou seu primeiro título em Kazan 2015 com 14:39.67 e agora 14:35.85.
Seu melhor segue o recorde europeu de 14:34.04 feito nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 quando conquistou a medalha de ouro.
A prata muito comemorada, e a maior melhora na prova, foi do ucraniano Mykhailo Romanchuk, vice campeão com 14:37.14. Sua melhor marca pessoal havia sido o tempo da eliminatória com 14:44.11. No Rio 2016, Romanchuk nem chegou na final, foi 15o, no Mundial de 2015 foi 7o colocado com 15:09.77.
Bronze ficou para o australiano Mack Horton com 14:47.70.
Revezamento 4×100 medley feminino –
Foi o 11o e último recorde mundial da competição. Time americano venceu com facilidade, quase dois segundos de vantagem sobre a Rússia, vice campeã, que surpreendeu batendo o recorde europeu da prova.
Estados Unidos venceu com 3:51.55 batendo a marca que já era americana de 3:52.05 desde os Jogos Olímpicos de Londrs 2012.
O time americano teve:
Kathleen Baker 58.54
Lilly King 1:04.48
Kelsi Worrell 56.30
Simone Manuel 52.23
A Rússia ficou em segundo lugar com o recorde europeu de 3:53.38 e destaque para o parcial de peito de Yulia Efimova com 1:04.03, o melhor da prova. A Austrália levou o bronze com 3:54.29.
A Suécia ficou em quinto lugar, mas teve o melhor parcial de borboleta com Sarah Sjoestroem nadando para 55.03.
Revezamento 4×100 medley masculino –
Fechando o Mundial tivemos uma prova com apenas uma alternância de liderança, quando Adam Peaty nadou o parcial de peito da Grã-Bretanha, tirando o time do sétimo para o primeiro lugar marcando 56.91. No mais, Estados Unidos na frente. Desde o início com Matt Greevers abrindo de costas 52.26, mais uma vez fazendo melhor tempo do que o vencedor da prova dos 100 costas.
Estados Unidos ouro 3:27.91, prata para a Grã-Bretanha 3:28.95 e Rússia em terceiro 3:29.76. Brasil ficou em quinto com 3:31.53, nosso melhor tempo da era pós-trajes e melhor colocação em Mundiais desde o quarto lugar do recorde sul-americano alcançado no Mundial de Roma 2009.
Parciais do time brasileiro:
Guilherme Guido 53.53
João Luiz Gomes Jr. 58.80
Henrique Martins 51.12
Marcelo Chierighini 48.08
O Japão ficou em quarto lugar na prova com 3:30.19 estabelecendo novo recorde da Ásia.
Nos parciais da prova destacamos os melhores em cada estilo:
Melhor costas Matt Greevers dos Estados Unidos 52.26
Melhor peito Adam Peaty da Grã-Bretanha 56.91
Melhor borboleta Caeleb Dressel dos Estados Unidos 49.76
Melhor crawl Vladimir Morozov 46.69
Morozov 46´69 no revezamento e na prova dos 100m livres 48´99.
O Kozma fez a mesma coisa. 48´89 na prova e 46´72 no revezamento.
Marcelo 48´11 na prova e 46´85 no revezamento.
Pessoal tem que trabalhar melhor a cabeça para nadar as provas individuais. Acredito que até 1 segundo seja movimentação/impulso. Mais que isso é cabeça.