15 de janeiro, há exatos 20 anos, Ian Thorpe vencia os 400 metros nado livre no Campeonato Mundial de 1998 em Perth, se tornando no mais jovem campeão mundial da história.

Nascido em 13 de outubro de 1982, Thorpe tinha apenas 15 anos, três meses e dois dias ao tocar em primeiro lugar e vencer a prova com 3:46.29, apenas 15 centésimos de vantagem sobre Grant Hackett em uma das duas dobradinhas australianas naquele Mundial. A outra veio com Susie O’Neil e Petria Thomas nos 200 borboleta.

Thorpe já havia ganho uma medalha no Mundial ao fechar o revezamento 4×200 metros nado livre em performance que deu o ouro a Austrália e novo recorde de campeonato.

Naquela época, os 400 metros nado livre em Mundiais tinha final A e B. Thorpe foi o segundo melhor tempo nas eliminatórias com 3:51.42 enquanto o italiano Emiliano Brembila que nadou na mesma série fez o melhor tempo 3:50.61.

Thorpe chegou ao Mundial com o quarto melhor tempo da temporada. O italiano Brembila era o melhor tempo do mundo e se repetisse os 3:45 que havia feito no ano anterior no Campeonato Europeu teria vencido a prova. Acabou em quarto lugar com 3:48.60.

Também estava na final o campeão olímpico dos 400 metros nado livre em Atlanta 1996, o neo-zelandês Danyon Loader que terminou em oitavo lugar com 3:52.26.

Uma prova vencida numa estratégia impressionante de Thorpe. Virou até a metade da prova na terceira posição, tomou o segundo lugar a partir dos 250 metros, mas estava muito atrás de Grant Hackett.

Foi no último parcial de prova, Thorpe colocou aquela pernada incrível e conseguiu passar seu companheiro apenas no toque da chegada. Estava ali o primeiro título individual da carreira do australiano que viria a se tornar no melhor nadador de seu país na história. O mais jovem campeão mundial de todos os tempos.

O brasileiro Luiz Lima foi o nosso representante entre os 41 nadadores de 32 países na prova. Luiz ficou em 14o nas eliminatórias com 3:55.81 e na final B melhorou para 3:52.97 terminando em 10o lugar atrás apenas do sul-africano Ryk Neethling.

Veja esta fantástica e histórica prova:

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