Este espaço comemorou o aumento do limite do número de provas por atleta aprovado em Assembleia Geral da CBDA. Se você ler o artigo publicado a seguir (link), traz em detalhes que estamos apenas nos aproximando do que é feito lá fora nos principais países da natação mundial.
Também foi celebrado por nós a volta dos Campeonatos Nacionais de Inverno. Depois de dois anos de hiato, o Brasileiro Infantil volta com números recordes e mais de 600 atletas participantes.
Estes dois fatores, combinados com a revisão dos índices de participação, temos um problema a resolver. A previsão de duração das etapas das eliminatórias do Campeonato Brasileiro Infantil de Inverno, em Santos, de 23 a 26 de maio, e do Sudeste Mirim e Petiz, em Guaratinguetá, de 18 a 19 de maio, requer uma revisão de como se faz competição de natação no Brasil.
Analisando as inscrições por atleta dos 636 nadadores que estarão em Santos, um total de 134 deles tiraram proveito da nova regulamentação, isso é mais de 20% do total. São 68 que irão nadar cinco provas, 35 que nadarão seis provas, 22 que estão em sete provas e 9 que nadarão o máximo de oito provas. É um número bem expressivo, e uma tendência de que treinadores e atletas vão tirar proveito da nova regulamentação.
A CBDA vai ter de buscar alternativa no sentido de viabilizar não só estes dois eventos, mas, ao que tudo indica, o procedimento de logística nas competições no país. Nosso sistema é muito formal, metódico e lento. Essa sempre foi uma de minhas preocupações. O que se vê com a implantação da nova regra é a necessidade de uma adaptação de todos.
O programa horário nunca foi nossa especialidade. Nunca divulgado, muito menos cumprido. Se queremos fazer uma natação de nível internacional, nos padrões internacionais, vamos precisar cumprir esta tarefa de logística e viabilidade dos eventos.
É um desafio, para todos. CBDA, arbitragem, atletas e treinadores, vão precisar se ajustar aos novos procedimentos, que pelo que se vê deverão ser aplicados imediatamente. É um problema que temos a frente, pode até ser visto como um problema bom, muitos atletas, competição cheia, mas é um problema.
Com relação ao brasileiro infantil, essa nova conduta de reduzir os tempos (índices) de participação, além de permitir que os atletas nadem maior número de provas, pode transformar nossa natação, mas alguns detalhes precisam ser acertados, como por exemplo: Aquecimento, com divisão de sexo, ou faixa etária ou ainda em clubes que possuam duas piscinas. esse é um ponto a ser debatido. Outro detalhe: as provas de longa distância (800 e 1500), devem ser reprogramadas, se possível em horários (etapas) diferentes, sob o risco de se tornarem um martírio para o público. Mais uma sugestão: Acabar com eliminatórias e transformar a competição toda em final direta, já que agora os atletas podem nadar até duas provas por etapa. Evoluir e experimentar para cada dia mais nos tornarmos maiores e melhores.
Em cima desses pontos muito bem colocados, sugiro um outro. As competições regionais mirim e petiz acontecem às sextas e sábados, obrigando muitas vezes viagens já na quinta feira. Como essas categorias tem forte envolvimento dos pais, além de se perder aulas em dois dias, os pais perdem trabalho. Muitas vezes isso se torna impeditivo e atletas deixam de participar de etapas. Se a CBDA usar o domingo esse problema pode ser dirimido.