Regras são regras, e o Brasil levou a medalha de ouro do revezamento 4×100 metros nado livre masculino no terceiro dia do Pan Pacífico após a desclassificação da equipe americana. O Team USA ganhou a prova, porém colocou na papeleta do revezamento uma equipe diferente da que nadou a prova. A troca foi nas posições de Blake Pieroni inscrito para nadar em segundo e Zachary Apple apontado para ser o terceiro. Apple nadou em segundo e Pieroni em terceiro. Com a desclassificação, o Brasil ganhou o seu primeiro ouro no Pan Pacífico.
Momentos antes, Vinicius Lanza havia sido medalha de bronze nos 100 metros borboleta. Confira como foi o terceiro dia de competição prova a prova:
400 metros nado livre feminino –
Que Katie Ledecky iria ganhar, todo mundo sabia. Que ela iria ameaçar ou bater o recorde mundial também, a novidade foi a australiana Ariarne Titmus entrar no clube sub 4 minutos.
Ledecky venceuc om 3:58.50 pouco mais de um segundo a frente de Titmus, 3:59.66, novo recorde australiano e da Oceania. Distante das duas, Leah Smith dos Estados Unidos e o bronze com 4:04.23.
Parciais de Ledecky comparados com Titmus:
Ledecky 27.61, 57.14, 1:57.01, 2:57.85, 3:58.50
Titmus 27.57, 57.47, 1:58.31, 2:28.69, 3:59.66
400 metros nado livre masculino –
Dobradinha australiana na prova, Jack McLoughlin e Mack Horton deixando o americano Zane Grothe mais de um segundo atrás. McLoughlin venceu 3:44.20, apenas 11 centésimos a frente de Horton que fez um final muito forte. Os últimos 50 metros de Horton foram 27.01 contra 27.78 de McLoughlin.
Fernando Scheffer teminou na sétima colocação com 3:50.55. Parciais do brasileiro: 26.26, 55.16, 1:54.45, 2:52.74, 3:50.55.
100 metros borboleta feminino –
Rikako Ikee já havia quebrado o recorde de Campeonato nas eliminatórias com 56.90, agora voltou a fazê-lo e de forma ainda mais impressionante com novo recorde japonês e apenas um centésimo do recorde da chinesa Zige Liu. Ikee fez 56.08 com parcial de 25.89, a única abaixo dos 26 segundos nos primeiros 50 metros. Pódio completo na casa dos 56 segundos, Kelsi Dahlia dos Estados Unidos em segundo 56.44 e Emma McKeon da Austrália 56.54
100 metros borboleta masculino –
Com Caeleb Dressel sendo o único na casa dos 50 segundos e novo recorde de campeonato 50.75, o Brasil ganhou a sua terceira medalha na competição com Vinicius Lanza chegando em terceiro lugar com 51.44. O tempo foi apenas dois centésimos acima do seu melhor feito no Troféu Brasil. Nos parciais de hoje, 23.97 e 27.47.
Na frente de Lanza, Dressel 50.75 e Jack Conger 51.32. Os dois garantiram assim as vagas para o Mundial de Gwangju do próximo ano.
O melhor de Dressel este ano foi o 50.50 feito na seletiva americana, tempo número um do mundo em 2018.
Na final B, Leonardo de Deus ficou em 14o lugar com 53.19 com parciais de 24.99 e 28.20. Nas eliminatórias ele havia nadado para 53.14 com parciais de 24.89 e 28.25.
200 metros medley feminino –
Novo recorde de campeonato e tempo número um do mundo para a japonesa Yui Ohashi com 2:08.16. Ela já havia quebrado a marca da competição nas eliminatórias com 2:09.86. Na sua vitória, líder desde o início sem nunca ser ameaçada: 27.73, 1:00.54, 1:37.77 e 2:08.16.
A canadense Sydney Pickrem ficou em segundo com 2:09.07 e Miho Teramura do Japão em terceiro com 2:09.86.
200 metros medley masculino –
Campeão dos 400 metros medley, o americano Chase Kalisz não teve dificuldades de levar os 200 metros. Como nos 400, assumiu a ponta no peito para não perder mais. Venceu com 1:55.40, melhor tempo do mundo em 2018 superando a sua marca de 1:55.73 que lhe deu a vitória na seletiva americana. Seus parciais 25.44, 54.58, 1:27.18, 1:55.40.
Mitchell Larkin da Austrália foi prata com 1:56.21 e Kosuke Hagino bronze pelo Japão com 1:56.66.
Leonardo Santos do Brasil ficou em sétimo lugar nadando para a sua melhor marca pessoal 1:58.83. Seu melhor era os 1:59.66 feitos no Troféu Brasil. Parciais de Leo 25.19, 54.90, 1:29.89, 1:58.83. Já havia feito seu melhor nos 400, agora nos 200 medley.
Na final B, Brandonn Almeida ficou em 12o lugar com 2:01.34. Parciais de Brandonn 26.51, 56.69, 1:32.07 e 2:01.34. Nas eliminatórias, um pouquinho melhor 2:01.20.
Revezamento 4×100 metros nado livre feminino –
Mais uma vitória australiana em revezamento. Depois de nadar os primeiros 200 metros atrás, a equipe passou a frente e venceu com novo recorde de campeonato. A equipe marcou 3:31.58 contra 3:33.45 dos Estados Unidos.
Parciais das duas equipes:
Austrália
Emily Seebohm 54.56
Shayna Jack 53.10
Emma McKeon 52.56
Cate Campbell 51.36
Estados Unidos
Mallory Comerford 53.48
Margo Geer 53.59
Kelsi Dahlia 53.59
Simone Manuel 52.79
O Canadá levou o bronze com 3:34.07 com destaque para o parcial de Taylor Ruck 52.85.
Revezamento 4×100 metros nado livre masculino –
A prova do dia. Na controvérsia, principalmente. Brasil e Estados Unidos fizeram uma disputa acirrada, mas sempre com os americanos a frente. No final, Estados Unidos ouro e Brasil prata. Entretanto, minutos depois da prova, depois da premiação, a equipe americana foi desclassificada. Zachary Apple estava escalado para ser o terceiro nadador na piscina, Blake Pieroni, o segundo. Nadaram ao contrário. A arbitragem acertadamente desclassificou a equipe americana e o Brasil foi considerado campeão. As medalhas já foram recolhidas, nova premiação está marcada para amanhã no início da última etapa e a direção da CBDA solicitou inclusive que seja tocado o hino nacional brasileiro.
Comparando os parciais das duas equipes:
Estados Unidos desclassificado
Caeleb Dressel 48.76
Zachary Apple 47.92
Blake Pieroni 47.72
Nathan Adrian 47.27
Estados Unidos
3:11.47 (desclassificado)
Brasil campeão
Gabriel Santos 48.93
Marcelo Chierighini 47.62
Marco Antonio Ferreira Jr. 48.53
Pedro Spajari 46.94
Brasil 3:12.02
Em terceiro lugar chegou a Austrália com 3:12.53 com Jack Cartwright abrindo em primeiro com 48.56.
Pedro Spajari teve o melhor parcial da prova com os 46.94 que comparados aos tempos que aconteceram no Europeu tem o melhor parcial do mundo em 2018.
Link para os resultados completos:
http://swim.seiko.co.jp/en/2018/S80701/eng_index.htm
Chierighini Ta merecendo nadar pra 47 na prova! O Brasil tem total condições de ter 2 nadadores pra 47 no rev e 2 pra 46
Vejo 2 nomes consolidados nesse revezamento . Chieriguini e Spajari. Gabriel Santos em um nível bem próximo. Se Fratus estivesse no Pan Pacs o ouro era com ou sem desclassificação dos EUA. Na torcida por Marco Ferreira Júnior, tem futuro Estamos evoluindo. Temos que trabalhar para que nadadores mantenham suas marcas dentro e fora dos campeonatos nacionais e não se intimidem com outros times. Perspectivas são muito boas.. nomes que não estão nesse reveza vão lutar pra estar dentro. Breno Correia, Fratus, Lucas Peixoto, João de Lucca, André Souza. Vamooo