Duas novas marcas continentais e alguns outros bons resultados, mas nenhum índice alcançado no primeiro dia de competição do Troféu José Finkel na piscina do Pinheiros, em São Paulo. Confira como foi a etapa de abertura da seletiva para o Mundial de Piscina Curta:
400 metros nado livre feminino –
A competição começou com uma boa surpresa. Maria Paula Heitmann do Minas venceu seu primeiro título absoluto levando os 400 metros nado livre quebrando a barreira dos 4:10 pela primeira vez. Venceu com 4:06.92 batendo a recordista brasileira e sul-americana da prova, Viviane Jungblut do União que ficou na segunda colocação com 4:07.73.
Prova equilibrada no início, as oito finalistas nadando os primeiros 100 metros para 1:00, com Maria Paula tomando a ponta na metade passando com 2:03.23 e voltando com 2:03.59.
Fora da briga pelo ouro, entre Maria Paula e Viviane, a briga pelo bronze teve Gabrielle Roncatto do Unisanta e Sabrina Todão do SESI-SP. Melhor para Gabrielle que marcou 4:08.69 apenas dois centésimos a frente de Sabrina. Uma melhora incrível para a nadadora do SESI que chegou nesta competição sem marcas feita na piscina curta. Foram apenas as quatro que conseguiram quebrar a barreira dos 4:10.
Maria Paula Heitmann 4:06.92
Índice para o Mundial 4:02.23
Este tempo no último Mundial Windsor 2016 ficaria em 15o lugar
Nossa melhor nadadora na prova em 2016 foi Viviane Jungblut 4:09.38 em 18o lugar
400 metros nado livre masculino –
Belíssima prova, novo recorde sul-americano e os dois primeiros colocados nadando abaixo do antigo recorde continental.
A vitória foi de Fernando Scheffer do Minas 3:40.87 deixando Breno Correia do Pinheiros em segundo com 3:41.65 e Luiz Altamir do Pinheiros em terceiro com 3:43.68.
O recorde sul-americano era do venezuelano Cristian Quintero com 3:41.67 feitos no Mundial de Doha em 2014. O recorde brasileiro era de Leonardo de Deus do Finkel de 2016 com 3:41.75.
Com o recorde, Scheffer agora detém os recordes sul-americanos dos 200 e 400 metros nado livre na longa e os 400 metros nado livre na curta.
Na prova, Luiz Altamir, seguindo sua característica, saiu na frente e conseguiu colocar mais de um segundo de vantagem sobre os adversários. Apenas a partir dos 350 metros foi que Scheffer passou a liderança enquanto na altura dos 375 era Breno que passava Altamir.
Veja os parciais dos três primeiros colocados:
Scheffer 53.79, 1:50.22, 2:46.16, 3:40.87
Breno 53.37, 1:50.23, 2:47.21, 3:41.65
Altamir 52.39, 1:48.61, 2:45.69, 3:43.68
Fernando Scheffer 3:40.87
Índice para o Mundial 3:38.70
Este tempo no últlimo Mundial Windsor 2016 ficaria em 8o lugar
Nosso melhor nadador na prova em 2016 foi Lucas Kanieski 20o lugar 3:45.38
100 metros nado borboleta feminino –
Daiene Dias do Flamengo teve uma vitória e tanto. Ficou próximo do índice, apenas 23 centésimos, mas se contabilizarmos que chegou a São Paulo ontem as 9 da manhã depois de uma viagem de 28 horas e sete horas de fuso horário retornando do Mundial Militar na Rússia, o resultado foi espetacular.
Daiene nadou para 56.91 com parcial de 27.19 e volta de 29.72. Muito próximo do seu mlehor de 56.83 feitos no Finkel de 2016. Boa prova também para Giovanna Diamante do Pinheiros em segundo lugar com 57.29, ela que também enfrentou a longa viagem retornando do Mundial Militar.
O pódio foi completado por Daynara de Paula do SESI-SP com 57.58.
Daiene Dias 56.91
Índice da prova 56.68
Este tempo no último Mundial Windsor 2016 ficaria em 5o lugar
Melhor resultado do Brasil no Mundial foi Daiene Dias 8a colocada com 57.56
100 metros borboleta masculino –
Bela prova e equilibrada, até os últimos 25 metros, somente ali Vinicius Lanza do Minas conseguiu bater Nicholas Santos da Unisanta no submerso. Lanza venceu 50.17 com Nicholas em segundo com 50.67. Primeira medalha de Brasileiro Absoluto para Gustavo Gonçalves Santos do Pinheiros chegando na terceira colocação com 51.05.
Nos parciais, Nicholas na frente 23.55 contra 23.58 de Lanza nos primeiros 50 metros, volta de Lanza 26.59 contra 27.12 de Nicholas. Detalhe que os últimos 25 metros de Lanza foram melhores do que o terceiro parcial por 59 centésimos!
Estes 50.17 de Lanza é a terceira melhor marca da era pós-trajes nos 100 borboleta na América do Sul. Melhor que isso só Marco Antonio Macedo que em 2014 fez 50.03 no Mundial de Doha e 50.06 no Finkel de Guaratinguetá.
Vinicius Lanza 50.17
Índice da prova 49.84
Este tempo no último Mundial Windsor 2016 ficaria em 6o lugar
Não tivemos nadador brasileiro nesta prova no último Mundial
100 metros peito feminino –
Segundo recorde sul-americano do dia, agora Jhennifer Conceição Alves do Pinheiros com um final de prova mais intenso e uma frequência mais alta marcando 1:05.69 batendo a antiga recordista e companheira de clube e treino Carolyne Gomes Mazzo, prata com 1:05.89.
No parcial, Mazzo na frente, 30.62, Jhennifer um segundo atrás, na altura dos 25 metros, Jhennifer apenas 24 centésimos atrás, no final, dois décimos a frente.
O recorde sul-americano era de Mazzo 1:05.86 feitos no mês passado em um Regional nesta mesma piscina do Pinheiros.
Dobradinha do Pinheiros, bronze para Julia Sebastian da Unisanta 1:06.29.
Jhennifer Conceição 1:05.69
Índice da prova 1:04.19
Este tempo no último Mundial Windsor 2016 ficaria em 15o lugar
Não tivemos nadadora brasileira nesta prova no último Mundial
100 metros peito masculino –
Ninguém fez o índice na final, e os 56.93 feitos por Diego Candido Prado do Pinheiros nas eliminatórias não valem. Prado depois de fazer a prova da sua vida pela manhã, ficou em quinto na final piorando para 58.03.
Deu Felipe Lima do Minas 57.12 com João Luiz Gomes Júnior do Pinheiros em segundo 57.39 e Felipe França do Unisanta em terceiro com 57.40. O trio que ficou com os três primeiros lugares do Troféu Brasil e que vem se revezando em troca de posição na grande maioria das competições de peito no país pelo menos há seis anos.
Nos parciais, França o mais rápido nos primeiros 25 metros com 12.00 e nos primeiros 50 metros com 26.71. Nos 75 metros era João Gomes na liderança para Felipe Lima assumir a ponta somente nas últimas braçadas.
A maior melhora da prova ficou fora do pódio, mas muito perto dele. Foi Caio Pumputis que aos 19 anos bateu o recorde brasileiro de categoria Júnior II com 57.57. A antiga marca era de Pedro Cardona de 2014 com 58.88. Já nas eliminatórias Pumputis baixou para 58.20 e agora 57.57 na final. Com este bom tempo nos 100 peito, boas expectativas para o que ele vai fazer nos 200 peito.
Felipe Lima 57.12
Índice da prova 57.00
Este tempo no último Mundial Windsor 2016 ficaria em 7o lugar
Melhor brasileiro no último Mundial Felipe França em 4o lugar 57.05
Revezamento 4×100 metros nado livre feminino –
Recorde de campeonato para a equipe do Pinheiros vencedora com 3:36.43 em disputa equilibrada com o SESI-SP a cada parcial.
Etiene Medeiros abriu para o SESI-SP com o melhor parcial de abertura com 53.75 com Lorrane Ferreira do Pinheiros entregando em segundo com 54.97. O Pinheiros tomou a ponta com Larissa Oliveira. O SESI voltou a tomar a ponta com Daynara de Paula passando Natália de Luccas, mas no final Manuella Lyrio fechou melhor contra Clarissa Rodrigues. Ouro para o Pinheiros 3:36.43, prata para o SESI-SP 3:37.06 e bronze para o Minas 3:39.32
O recorde de campeonato era da equipe do SESI do Finkel de 2016 com 3:36.56.
Confira os parciais das duas primeiras equipes da prova:
Pinheiros
Lorrane Ferreira 54.97
Larissa Oliveira 52.65
Natália de Luccas 54.18
Manuella Lyrio 54.52
SESI
Etiene Medeiros 53.75
Sabrina Todão 53.95
Daynara de Paula 54.12
Clarissa Rodrigues 55.24
Revezamento 4×100 metros nado livre masculino –
Para fechar, mais uma vitória do Pinheiros e novo recorde de campeonato. O time de Marcelo Chierighini, Cesar Cielo, Pedro Spajari e Gabriel Santos nadou o tempo todo na frente para 3:06.82 batendo a marca do Minas de 2014 com 3:08.24.
Pinheiros campeão 3:06.82, Minas em segundo num distante segundo lugar 3:11.27 batendo a Unisanta no final 3:11.44.
Parciais do Pinheiros:
Marcelo Chierighini 47.32
Cesar Cielo 446.92
Pedro Spajari 46.31
Gabriel Santos 46.46
Pontuação parcial ao final do primeiro dia:
1o Pinheiros 665 pontos
2o Minas Tênis Clube 524 pontos
3o Unisanta 218 pontos
4o SESI-SP 167 pontos
5o Flamengo 154 pontos
6o Corinthians 136 pontos
7o Curitibano 83 pontos
8o União 60 pontos
9o Fluminense 19 pontos
10o Indaiatubana 12 pontos
Quadro de medalhas do primeiro dia:
1o Minas 6 medalhas 4 ouros, 1 prata, 1 bronze
2o Pinheiros 9 medalhas, 3 ouros, 4 pratas, 2 bronzes
3o Flamengo 1 medalha, 1 ouro
4o Unisanta 5 medalhas, 1 prata, 4 bronzes
5o SESI-SP 2 medalhas, 1 prata, 1 bronze
6o União 1 medalha, 1 prata
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