4 de setembro de 1972, Mark Spitz não pensava em outra coisa. Queria o fim dos Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha, e o início da sua aposentadoria. Já eram seis medalhas de ouro, a última conquistada no dia anterior, os 100 metros nado livre que ele venceu com novo recorde mundial de 51.22.
Para o revezamento, os americanos pouparam os quatro nadadores para a final. Nas eliminatórias, a equipe com Mitch Ivey, John Hencken, Gary Hall e David Fairbank fez o melhor tempo e ganhou a raia quatro para a série final.
O time americano tinha Mike Stamm, vice campeão dos 100 costas, Tom Bruce terceiro colocado nos 100 metros peito, Mark Spitz campeão e recordista mundial dos 100 borboleta e Jerry Heinderich, vice campeão dos 100 livre perdendo apenas para Spitz.
Spitz tinha 22 anos de idade, na época, uma boa idade para aposentadoria do esporte. Ele mesmo declara que nadava e a cada braçada pensava falta pouco, apenas mais alguns metros…
Na prova, o time americano saiu atrás, o alemão Roland Matthes dominava o estilo. Já a partir do peito os americanos na frente. Spitz colocou mais vantagem e no final vitória por quase quatro segundos de diferença sobre a Alemanha O Brasil nadou a final e terminou em quinto lugar com a equipe formada por Rômulo Arantes Filho, José Sylvio Fiolo, Sérgio Waismann e José Roberto Aranha.
Spitz chegou ao recorde de sete medalhas de ouro em uma única Olimpíada. O recorde anterior era do esgrimista italiano Nedo Nadi com cinco ouros desde 1920 e igualado pelo corredor Paavo Nurmi em 1924. O mundo olímpico esperou por 36 anos até Michael Phelps quebrar o recorde de Spitz nos Jogos Olímpicos de Beijing em 2008.
4 de setembro de 1972, foi a última vez que Spitz competiu internacionalmente. Ele tentou voltar para os Jogos de 1992, numa ação mais de marketing que qualquer outra coisa, mas não funcionou. A universidade de odontologia que começaria naquele ano nunca aconteceu. Spitz assinou seus primeiros contratos profissionais e virou palestrante, profissão que detém até hoje rodando o mundo contando um pouco de sua carreira.
Havia planos para uma entrevista coletiva no dia seguinte a conquista do seu sétimo ouro em Munique. Devidamente cancelada e Spitz, que é judeu, foi retirado as pressas pelo serviço secreto americano que lhe enviou de volta para os Estados Unidos. Por duas semanas, um serviço de guarda costas foi instalado em sua residência. Era o homem mais visado do mundo por aqueles tumultuados dias.
Coach, corrige aí… Paavo Nurmi ganhou 5 ouros em Paris 1924.
não sei se v. notou, mas o Brasil passou com Arantes. Fiolo e Weissman sempre em 8o…Aranha saiu bem atrás do Japão (5o) e acabamos em 5o…há algum registro do parcial do Aranha?