Quarto da série, o terceiro masculino, conhecendo os nossos representantes para os Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018:
LUCAS MARTINS COSTA PEIXOTO, nascido em Porto Alegre 05/09/2000, 1,81cm e 73 kg.
Do Sul, formado, criado, revelado e consagrado na equipe do Grêmio Náutico União. Peixoto começou a nadar nas escolinhas do clube e teve em Mauricio Bocatelli, o seu primeiro treinador. Em 2013, fazia o seu primeiro Campeonato Brasileiro, Troféu Ruben Dinard, Brasileiro Infantil de Inverno na piscina do Corinthians e mesmo parando nas eliminatórias, melhorou todos os seus tempos.
Com 27.88 nos 50 metros nado livre, 1:01.50 nos 100 metros e 2:2:16.82 nos 200 metros, modestas colocações para a estreia em campeonatos nacionais. Nos 50 ficou em 18o, nos 100 em 12o e em 14o nos 200 livre. Voltaria a competir no Brasileiro Infantil de Verão em Vitória, no Espírito Santo. Os tempos, novamente baixou todos, mas as classificações todas pioraram. A melhor foi um 19o lugar nos 200 livre com 2:16.23.
Foi nos 200 metros nado livre a primeira final em Brasileiro. Aconteceu no ano seguinte, no Brasileiro Infantil de Inverno, na piscina do Clube Português do Recife, Peixoto foi 8o colocado nos 200 metros nado livre Infantil II marcando 2:07.38, mais de oito segundos distante do primeiro colocado.
A tal piscina do Português em Recife, parece que tem uma memória importante na carreira de Peixoto. Foi lá que no ano seguinte, 2015, ele voltava para disputar o Brasileiro Juvenil de Inverno. Na primeira prova, os 200 livre, que haviam lhe dado vaga na final do ano anterior, desclassificado. Mexeu na saída. Ele mesmo reconhece “muito nervoso”.
Motivado e impactado pela desclassificação, Peixoto voltou para as outras duas provas e conseguiu o que nunca havia feito. Foi bronze nos 100 metros nado livre com 53.96 e venceu os 50 livre com 24.49.
Desde então, brilhar nos campeonatos nacionais virou rotina. No Brasileiro Juvenil de Verão de 2015, em João Pessoa, na Paraíba, quatro ouros: 23.74 nos 50 livre, 51.62 nos 100 livre, 1:54.79 nos 200 livre e 4:04.67 nos 400. Repetiu tudo no Brasileiro Juvenil de 2016, no Curitibano, em Curitiba. Venceu 23.62 nos 50 livre, 50.77 nos 100, 1:51.65 nos 200 e 400 livre com 4:02.18.
Em 2017, o primeiro grande desafio de Peixoto, era o Mundial Júnior, em Indianápolis. No ano anterior, sua estreia em Seleções Brasileiras. Foi ao Chipre, Multinations, e venceu os 100 livre, foi bronze nos 200 e terminou em quarto nos 400 livre. Foi ao Mundial Escolar em meio a uma tentativa de golpe de estado na Turquia, foi campeão dos 100 e 200 livre, quinto colocado nos 400 livre. Mas nada disso, comparável ao Mundial.
Lá, chegou as finais dos 100 livre e do revezamento 4×100 metros nado livre. Nadou duas vezes para 49, quebrando a barreira dos 50 pela primeira vez na carreira. Porém, as duas na hora errada. Fez 49.79 na semifinal, piorou para 50.12 terminou em oitavo, mas ficou em sétimo com a desclassificação do americano Matthew Willenbring por doping. No revezamento, fez 49.81 abrindo nas eliminatórias, mas piorou na final, 50.21.
Não foi só ele que sentiu a final. O Brasil com Lucas Peixoto (49.81), Breno Correia (48.98), Luiz Gustavo Borges (49.62) e Rodolfo Moreira (50.43) surpreendeu todo mundo, inclusive eles próprios, e classificou com o primeiro tempo para a final com 3:18.84.
Nadar na raia 4 acabou sendo muita coisa para nossa equipe. Três dos quatro pioraram suas marcas, Peixoto (50.21), Correia (49.05), Borges (49.97) e Moreira (50.39). O Brasil terminou em sexto lugar com 3:19.62.
O mesmo revezamento 4×100 metros nado livre é uma das principais provas de Peixoto nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires. “Desta vez, vai ser diferente” diz ele. Reconhece que a ansiedade, a expectativa e o fato de classificar com o primeiro tempo para a final pesou. “Faltou experiência, mas a gente tem de errar para aprender” diz Peixoto que ainda destaca o revezamento 4×100 livre misto como outra boa prova para o Brasil.
Nas provas individuais, Peixoto vai nadar os 50, 100 e 200 metros nado livre. Ele vai estar acompanhado pelo seu treinador Ken Sorgi. Os dois estão juntos desde 2015. Como segundo melhor índice técnico da equipe, foi agraciado para ter seu técnico na Seleção.
Lucas Peixoto é determinado e decidido. Perguntado se tem alguma preferência na posição do tão esperado revezamento, não titubeia para dizer que prefere abrir. E desta vez, ele garante, vai ser diferente.
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