17 de outubro de 1968, em três dias vamos celebrar 50 anos da natação dos Jogos Olímpicos do México. A piscina do Alberca Olimpica 68 Francisco Márquez esteve lotada todos os nove dias de competição com mais de 4 mil pessoas. Era a Olimpíada onde tivemos um aumento significativo no número de provas, de 18 disputadas em 1964 para 29. Entravam no programa os 200 metros nos quatro estilos e mais os 800 metros nado livre para as mulheres.

Domínio absoluto americano vencendo 52 das 87 medalhas disputadas. Os americanos já haviam dominado em 1964, mas agora venceram 21 das 29 provas, foi ainda mais impressionante. No total, 21 ouros, 15 pratas e 16 bronzes. A Austrália ficou num distante segundo lugar com apenas oito medalhas, três de ouro.

Presença de 468 nadadores, sendo 264 homens e 204 mulheres de 51 países diferentes. Um total de 11 países subiram ao pódio na competição, seis deles ganharam pelo menos uma medalha de ouro.

A jovem Liana Vicens de Porto Rico, com apenas 11 anos de idade foi a mais nova participante da competição. O alemão Horst-Ganter Gregor com 30 anos, o mais veterano.

Competição forte, quatro recordes mundiais e 19 recordes olímpicos. A maior surpresa o histórico ouro mexicano com Felipe Muñoz com 2:28.7. Aliás, 1968 foi a última Olimpíada onde os tempos eram apurados até os décimos de segundo. A partir de 1972, em Munique, os centésimos entraram nos controles.

Os americanos Charlie Hickcox e Debbie Meyer com três medalhas de ouro foram os maiores medalhistas. Meyer, a primeira da história a vencer dos 200 aos 800 metros nado livre.

O jovem Mark Spitz, então com 18 anos de idade, ficou longe de todas as expectativas pré-competição. Para quem esperava sair carregado de ouro, a prata nos 100 borboleta e o bronze nos 100 metros nado livre, mais dois ouros nos revezamentos só serviram de motivação para o sucesso que ele foi na Olimpíada seguinte. O pior de tudo foi o oitavo lugar na final dos 200 metros borboleta.

Para o Brasil, os Jogos de 1968 nos deixaram a sensação do “quase”. Por um décimo de segundo José Sylvio Fiolo, então com 18 anos, ficou na quarta colocação dos 100 metros peito.

Fiolo, treinado por Roberto Pável, havia classificado com o sexto tempo nas eliminatórias com 1:09.5, depois fez a quarta marca nas semifinais com 1:08.6. Na final, baixou ainda mais cinco décimos, ficando a um décimo do bronze e a quatro da medalha de ouro.

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