Uma pequena história do Sul-Americano de Natação

Vamos para a 44a edição do Campeonato Sul-Americano dos Esportes Aquáticos. Na verdade, a conta 44 é para a natação. Nos registros da CONSANAT, será o 43o dos saltos ornamentais, o 20o da natação artística, o 13o do polo aquático e o 10o das águas abertas.

O primeiro Sul-Americano aconteceu em Santiago, no Chile, em 1929. Na época, apenas três países participaram do evento, Brasil, Argentina e Chile. Competição apenas para os homens e somente quatro provas: 100 e 400 metros nado livre, 100 metros costas e 100 metros peito. O evento marcou a fundação da CONSANAT, Confederação Sul-Americana de Natação.

Demorou mais cinco anos, em 1934, para termos a segunda edição, em Buenos Aire, na Argentina. Ainda exclusivo para os homens, mas agora ganhando a presença de Perú e Uruguai, com cinco seleções participantes.

Foi na terceira edição, Sul-Americano de 1935, no Rio de Janeiro, a primeira vez que as mulheres entraram na competição. No programa, seis provas, 100, 200 e 400 metros nado livre, 100 metros costas, 200 metros peito e o revezamento 4×100 metros nado livre.

Na disputa feminina deste Sul-Americano de 1935, a presença de duas das mais destacadas nadadoras do continente na época. A argentina Jeanette Campbell que no ano seguinte seria medalhista de prata nos 100 metros nado livre nos Jogos Olímpicos de Berlim e Maria Lenk que se tornaria recordista mundial dos 200 e 400 metros peito quatro anos depois.

O Equador se somou ao campeonato na edição seguinte em 1937 e até sediou a competição pela primeira vez em 1939. Tivemos um hiato de disputas entre 1941 até 1946 por conta da Segunda Grande Guerra Mundial.

O formato atual de disputa bi-anual começou em 1966 exatamente em Lima, no Perú. Esta é a quinta vez que a cidade peruana recebe a competição. A primeira foi em 1938 quando o Equador, com apenas quatro nadadores, conquistou o título da competição.