Está completando 68 anos hoje o maior nadador da história do México. Felipe Muñoz Kapamas, campeão olímpico dos 200 metros peito nos Jogos de 1968, única medalha olímpica do seu país.

“El Tibio”, como era conhecido, ganhou o apelido na expressão que em espanhol quer dizer nem frio, nem quente. Seu pai é natural de Aguascalientes, e a mãe da cidade Rio Frio.

Muñoz fez a alegria dos mexicanos, um dos três ouros conquistados na campanha da Olimpíada em casa de 68. Já nas eliminatórias ele se destacava ao fazer o melhor tempo de classificação com 2:31.1. No dia seguinte, a grande final no Centro Acuático Francisco Marquez completamente lotada. Até então, eram 10 dias de Jogos e nenhum ouro para o México.

Aquele 22 de outubro de 1968, quando Muñoz tinha apenas 17 anos, jamais será esquecido. Para delírio das arquibancadas lotadas, ele venceu os 200 metros peito marcando 2:28.7 deixando o soviético Vladimir Kosinsky em segundo com 2:29.2.

Na prova, Muñoz virou em quarto nos primeiros 100 metros, se aproximando dos líderes após a virada.

Depois dos Jogos de 68, Muñoz voltou a Olimpíada em 1972, em Munique, quando foi o porta bandeira de seu país no desfile de abertura. Na competição, terminou em quinto lugar nos 200 peito.

Na sua carreira, ele ainda foi prata nos 200 peito e bronze nos 200 medley nos Jogos Pan Americanos de 1971 e bronze nos 200 metros peito na Universíades de 1973.

Aposentado das piscinas, não se afastou do esporte. Trabalhou como comentarista de natação na TV mexicana, e exerceu inúmeros cargos diretivos no Governo Mexicano e no Comitê Olímpico Nacional. Foi o chefe da delegação olímpica do México nos Jogos de 1996, 2000 e 2004. Ficou por 12 anos como Presidente do Comitê Olímpico do México e em 2012 se tornou deputado do Congresso Mexicano. Em 1991, foi induzido no International Swimming Hall of Fame, na Flórida, Estados Unidos.

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