A meia temporada de Maria Eduarda Sumida na Universidade de Louisville tinha tudo para ser histórica. Recém chegada para a equipe treinada pelo brasileiro Arthur Albiero em janeiro, Sumida com poucas semanas de treino conseguiu belas marcas e se tornou na única brasileira classificada para o NCAA Divisão I deste ano. Fazia um bom tempo que não tínhamos uma nadadora classificada em prova individual.
Sumida quebrou o recorde brasileiro das 400 jardas medley que pertencia a Joanna Maranhão em marca que lhe deu o 5o lugar no NCAA de 2005. A marca de 4:08.87 foi alcançada numa competição “última chance”, uma semana depois da Conferência. E foi este 4:08.87 que lhe carimbou o passaporte para estar no NCAA em Austin, no Texas.
Lá, enquanto a equipe de Louisville alcançava o melhor resultado de sua história, 4o lugar geral na competição, Sumida não melhorou suas marcas, não repetiu, nem chegou perto.
Nos 200 medley, nadou para 2:01.38 contra os 1:59.01 que havia feito na Conferência. Nos 200 borboleta, fez 2:00.98 contra os 1:59.15 da Conferência. E o mais longe ainda foi os 400 medley, nadou para 4:21.97.
No conceito da natação universitária americana, “o time” sempre é evidenciado. Mesmo longe de suas marcas, e mesmo que muito longe delas, Sumida fez parte do grupo e assim foi celebrada. Como “freshman” e apenas alguns meses de treinamento, sua participação foi destacada pelo técnico Albiero e sempre confortada pelas colegas de equipe.
Analisando o contexto, Sumida teve uma oportunidade muito grande em seu início de carreira na natação universitária americana, mas sentiu o fato de não ter tido férias na temporada 2018/2019. Afim de se apresentar nas melhores condições em janeiro/fevereiro, não teve qualquer descanso.
O processo de polimento, repolimento e NCAA, combinado com o pouco tempo de trabalho e a falta de descanso nas temporadas foi o motivo encontrado para a dupla Albiero e Sumida encarar o mau resultado do final de semana.
Arthur Albiero tem sido um mestre no trabalho com seus atletas. Ele consegue resgatar nadadores, transformar bons em ótimos e não é a toa que tem três nadadores americanos na Seleção que vai ao Mundial de Gwangju. Para Maria Eduarda Sumida, Albiero tem grandes expectativas. E os resultados antes do NCAA nem eram esperados.
O treinador e sua atleta estarão no Troféu Brasil em abril, no Rio de Janeiro.
Minha hipótese que ela tivesse nadado pesada com foco no Maria Lenk então estava furada.